The Game

Ele é hetero e tem namorada, você também é hetero [ainda que meio querendo desertar, é verdade], mas a tempo não tem namorada, está "avulso" - ou seja, quem chegar primeiro leva o grande prêmio ;-)

Provavelmente ele já desconfiou de você, ainda que meio constragido e inquieto, ele já te alfinetou sobre essa questão em uma conversa,
touché!!! Na dúvida, In dubio pro reo, apesar do golpe certeiro que ele lhe desferiu, você, sempre atento, desviou-se com elegância e discrição - disfarçando, é claro, para que ele não percebesse a dor que você sentia na boca do estomâgo. Felizmente ninguém mais conversa tête-a-tête nos dias de hoje, se não fosse o escudo do mensageiro instantaneo você teria entregue o jogo, provavelmente cego pelos olhos cor de esmeralda que ele tem. Estudam-se mutuamente, movimentos calculados, o tempo passa, a amizade cresce e as conversas espicham.

Poderiam passar uma tarde inteira conversando, como já fizeram mais de uma vez, sob os mais variados assuntos, não raro fazem brincadeiras simulando dialogos típicos de casal, "não me deixe!", "você não me ama mais", não expressões constantes nas brincadeiras.

Ele talvez não saiba o quer, você já sabe onde aquilo poderia terminar e mesmo que negue com veemência, a mera possibilidade o deixa com um sorriso de canto de boca na face, mas você sabe que não pode [ou será que pode?!]

Na eterna dúvida, o jogo avança, em um dia o ponto é seu, no outro é dele - jogo prossegue. No último round, ele deixa escapar em um comentário sobre um fato que estava em um recado deixado por uma terceira pessoa no teu Orkut, curioso é que não há recados dele naquele período. Você o confronta, ele sorri, ponto seu!

Até quando?!
Only God knows! afinal ninguém lembrou de ler as regras desse estranho jogo.

---

Quarta-feira vai ser de frio, a neblina e o chuvisco denunciam que o astro-rei estará de folga amanhã, mas como diria Fernando Pessoa na pele de Alberto Caeiro:

Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é.


A música nada tem a ver post, mas, talvez, tenha tudo a ver com a semana... ou não! ehehe ;-)
Abração!!!

Adriana Calcanhoto - Cariocas


Feliz Semana Nova!

Não estamos aqui apenas para viver
e sobreviver por muito tempo...
Estamos aqui para conhecer a
vida em suas múltiplas dimensões,
em sua riqueza e variedade.
E quando um homem vive
multidimensionalmente,
explora todas as possibilidades;
não recua diante de qualquer desafio -
aceita, encara e mostra-se à altura.
A vida então se torna chama.
E floresce.

(BHAGWAN SHREE RAJNEESH)


Bom, aproveitando que a semana é meio esquisita por conta do feriado e dos meus horários [mais esquisitos ainda], a minha To Do List só tem um item, Tentar dominar o mundo!". Após muitas coisas pensantes na minha cabeça, tive umas idéias que pretendo colocar no papel essa semana.

Fiz algumas aquisições para a "batcaverna" do Latinha, que agora passa a contar com uma rede sem fio, como nada é perfeito, depois da viagem, meu lap top desabilitou todos os recursos wireless e por isso eu continuo pendurado no cabo azul igual a um caranguejo [porque nada pode ser simples, né?!]. Se nada funcionar, vou partir para um exorcismo radical.

Visitas em dia e já deixei um post "engatilhado" para essa semana... agora só me resta voltar para o "laboratório do Dexter" e tentar tomar pé da situação...

Terminado de esvaziar minha mochila achei um cartão da Irmã, tinha bilhete agradecendo a visita e uma frase que achei bacana... divido-a com vocês...

"Nenhum de nós é tão feliz
quanto todos nós juntos!"

Abraços e que venha a semana!!!
(Inté)

Tenho fases como a Lua

Esse é um daqueles posts em que eu não sei muito bem como vai começar, e por tabela, não tenho a menor idéia de como ele vai terminar. Na verdade até sentei algumas vezes para começar a escrever mas no fim não saiu nada, por isso, por favor mantenham os cintos afivelados e respeitem o aviso de não fumar! ;-)

Viajar é sempre muito bom, eu adoro! Em geral, para mim, viajar está relacionado a encontrar pessoas queridas e ter momentos agradáveis, mesmo quando é a trabalho [e eu sei que vou levar alguns puxões de orelha], há o bônus de ter sempre um ombro amigo para chorar as pitangas. Esses tempos tenho viajado bem menos, em grande parte até por uma vontade minha... chega um momento em que a gente precisa "pertencer" a algum lugar e nesses últimos tempos percebi que esse estava meio perdido nessa brincadeira, hora de voltar ao básico, não tem sido fácil mas aos poucos as coisas tem voltado ao seu lugar. É bem verdade também, que como eu não sou sócio de nenhuma empresa de ônibus ou companhia áerea haja "disposição" para viajar, né.

Eu até que adoraria compartilhar com vocês os detalhes tórridos e picantes das minhas noites de sexo selvagem pela cidade de Brasília, mas, antes de tudo elas precisariam ter acontecido! [ehehe] Mas também não foi por isso que eu viajei, até penso que preciso usar de um pouco mais de malícia, contudo o objetivo era ver e curtir a Irmã, e foi isso que eu fiz. Posso afirmar a vocês que a viagem foi muito boa, me diverti horrores e como a muito tempo não fazia. Como não poderia ser diferente, muito café, comida e bebida, além de longas conversas, com muita risada e planos.

Detalhes sórdidos da viagem:
  • Ana Hickmann viajou no mesmo vôo que eu, apesar de mais baixa do que eu imaginava, ela realmente tem um belo par de pernas e é muito bonita.
  • Constatação. Se o "Papa Feio" passasse por aquele vôo, eu não ia morrer sozinho! E provavelmente ia sobrar só a Ana Hickmann, o coroão dela [que precisaria de uma inspeção mais detalhada] e uma aeromoça gatinha que derrubou gelo em mim [ela não era assim um espetáculo, mas era bonita, tinha um cabelo estilo chanel e um jeito de andar muito bonito].
  • Não houveram comissários nos vôos :-(
    Nem para remédio, todas as tripulações eram de menininhas.
  • A mocinha da locadora de veiculos acho que foi com a minha cara, ela me deu um descontão :-)
  • Tomei uma encarada de um mocinho, vendedor em uma loja que fui comprar um presente para a Irmã 1, que quase perdi o rebolado [e esqueci a senha do cartão!], só por Deus [hum, melhor tirar Deus dessa história, ehehehe. (Oz, será que o "lasanha power" ainda tá valendo?)]
  • E por último, porém não menos importante ... Crèpe au Chocolat [1, 2] na Asa Norte é tudo de bom!!! (Ah! também me acabei nos docinhos portugueses, rapaz... que coisa boa, hein!!! hummmmm...)
Além de umas coisas atrasadas, eu ainda to meio moído da viagem, se eu fosse uma pessoa de classe diria que é o jetlag, mas tenho que confessar que a culpa é do bendito colchonete da casa da minha irmã, que dureza! Mas em um Momento Scarlet O´Hara, eu fiz um juramento que na próxima vez eu vou direto comprar um colchão decente para mim.

No último post, eu estava a falar do passado, presente e futuro. Fato é que não dá para perder tempo com o passado, a cada dia aumenta certeza que já foi, não me pertence mais. Futuro? Bom, eu não to conseguindo dar conta direito do presente, por isso, fiz uns ajustes de curso e deixei para decidir depois.

O presente tem me interessado mais, por diversas razões. Transição, acho que essa é a palavra, eu estou em uma fase de mudanças. A única coisa que posso dizer é que a cada dia fica mais claro que não adianta remar contra a maré. No momento certo, aparecerá alguém, creio que cabe a mim estar atento e pronto para aproveitar "essa onda", por ora, me cabe terminar as coisas que comecei, e que diga-se de passagem tenho levado aos trancos e barrancos e aproveitar o dia.

Quem conhece Brasilia, com certeza já ouviu falar da Feira da Torre, é um lugar muito bacana onde você encontra de tudo!!! Inclusive tem homem bonito por lá [hauhaua], mas falando sério, tem um banca que eu gostei desde a primeira vez que vi, ela vende camisetas e outros artigos com poemas e poesias estampados. E foi lá que eu vi algo que parecia um daqueles "recados", me esperando em uma esquina dessa banquinha estava Cecília Meireles, e será com esse recado que vou terminar esse post.

A partir de amanhã ponho as visitas em dia. Enfim, estou devidamente atualizado, ehehehe.


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
Fases de vir para rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua.
Tenho outras de ser sozinha.

(CECÍLIA MEIRELES)


E não é que cheguei ao fim, post meio esquisito eu diria, mas enfim... atualizado!
Grande fim de semana e um abraço grande!

(Inté)

Três Dimensões

Esse post também vai serguir a saga dos três, ainda não sei se estou a produzir uma trilogia, ou se fiquei doido de vez, mas enfim, só sei que minha vida meio que anda acontecendo "a três tempos".

Hoje: 18 de Abril, 14h46 (Horário de Brasília)

Cansaço! Minha semana foi puxada, prazos apertados, reuniões, avaliações, casa para cuidar, lasanha [muita lasanha, ehehe] e talvez um pouco que tensão pré-feriado ajudaram. Mas entre mortos e feridos todos chegaram a salvo, bem nem todos, mas...

A semana foi regida por um paradoxo, que acabou por inspirar esse post, lembrar o passado e ajustar o curso para o futuro, essa foi a palavra de ordem, ainda que eu estivesse a fim de fazer mesmo só o básico. Mas hoje é sexta-feira, todas as tramas começam a se desenrolar hoje, ou pelo menos ficam suspensas até a semana que vem. Estou animado, aproveitando o feriado de segunda-feira e por certa forma um tanto de falta de responsabilidade da minha pessoa, daqui a pouco junto meus trapinhos e vou cair na estrada.

Trabalharei até a noite, viajo na madrugada, apesar do horário inconveniente há um prêmio escondido nas nuvens, o nascer do sol, adoro! Nesses últimos anos viajar tem sido um refúgio, um momento só meu, onde posso organizar meus pensamentos, objetivos e sair um pouco da bolha em que acabo vivendo - rever grandes amigos, conhecer lugares, pessoas novas, quem sabe quantas outras possibilidades. Confesso que sempre fico a espreita, na expectativa que ainda vou encontrar "alguém" em uma dessas idas e vindas, mas por enquanto, tenho que me contentar com aqueles tiozinhos beberões, que só não bebem a gasolina do avião porque tá na asa e eles não tem canudo, ou então aqueles velhotinhos que dormem e a gente nunca sabe se ainda tá vivo, ou não, no meio da viagem [Não dá para ganhar todas, né?!].

Mas a semana foi boa, intensa, mas boa. Colocaria uma "estrelinha dourada" na agenda se não fosse dar muuuiiittaaa bandeira. ehehe ;-)

"O passado está morto.
O futuro é imaginário.
A felicidade só pode estar
no momento eterno ue é agora" (KEN KEYES JR.)


Futuro: adj. Que há de vir a ser. S. m. 1. O que há de suceder depois do presente

Enquanto isso, na sala de justiça... um convite é feito.


Na porta A, a possibilidade da segurança em um trabalho em um local bom, que a primeira vista não lhe é muito sedutor mas que poderia vir a render, ou garantir, um futuro "estável".Na porta B, um sonho, um desejo e a vontade de tentar dominar o mundo. Manter-se, ainda que temporáriamente sobre a proteção do que já é conhecido, para em breve tentar alçar voos mais altos, crença nas possibilidades futuras.

Estaria eu desistindo muito fácil dos meus sonhos se aceitasse a primeira possibilidade? Seria feliz? Ou será que com a segunda possibilidade eu não poderia ir muito mais longe, e é o jogo na selva de pedra é que dá o tempero aos nossos dias. Que mal haveria em adaptar alguns planos em prol de um futuro melhor? Traidor de mim mesmo? Será?? Nessas horas tenho receio de ser um stubborn e acabar igual ao senhorzinho que desce de carro na contra-mão, xingando os outros motoristas que estão "errados"?

Pensamento de última hora, por que nessas horas nunca tem "um alguém" nos meus planos, ficaria feliz em decidir entre o Moreno com "aquele sotaque" ou o "Branquinho de cabelo escuros" [hauahuhaua], enfim... am I a material boy?!Muitas perguntas, poucas respostas... a sorte foi lançada, a roleta gira alucinadamente.

"Não vá onde o caminho te levar,
mas sim aonde não existe caminho
e deixe um trilha
atrás de si." (EMERSON)


Passado: adj. 1. Decorrido, findo. 2. Que passou de tempo; velho.S. m. 1. O tempo passado. 2. O que se fez ou se disse anteriormente.

De volta ao passado... por uma série de acontecimentos, lidos e vividos, essa foi uma semana de lembranças. Algumas boas, outras nem tanto assim, mas são lembranças... revisitei lugares, pessoas, sensações que já tinha esquecido, machucados que eu julgava estarem curados. Moral da história, não sei... mas tenho certeza que pelo menos fiz o que podia naqueles momentos e fica a certeza que nem sempre sou o culpado de tudo que sai errado. Chorei... não por alguém em específico, mas por todos... aqueles que já se foram e que fazem uma grande falta, pelos que passaram tão rápido que as vezes duvido que vieram, por todos que passaram ao léu porque não tive a sensibilidade para percebe-los [ou não quis], por tempos onde as coisas pareciam fáceis, pelo desejo de mudar, pela vontade de amar.

Mas esse choro não foi de tristeza, talvez tenha sido de agradecimento, de reconciliação com algumas memórias, afinal, quero crer que tudo isso tem me ajudado a ser um pouco melhor.

"... a tempestade veio se aproximando, céu tornando-se a cada momento mais negro e carregado. Tenho para mim que a chuva vem sempre para limpar, para harmonizar e talvez por isso não hesite em me jogar sob suas gotas geladas. Por mais forte que seja, no final tudo parece mais limpo, mais calmo, mais vivo - mas isso é só uma observação minha, não há nada para comprovar tal fato.

Da mesma forma, às vezes tenho certezas, tenho medo, e também não tenho nada.
Tenho apenas as cicatrizes que no meu corpo permitem não esquecer
das coisas e dos caminhos por onde passei.Algumas já cicatrizaram,
outras não e vez por outra sangram, e doem, como doem.

Mas a dor sempre passa, tal qual a tempestade ruidosa que nos encontra vez por outra,
ao final, ambas vão embora, serenas e silenciosas...


E é nesse silêncio que as memórias acabam repousando,
até serem novamente lavadas pela chuva, pelas lágrimas,
até estarem prontas para receberem uma bela moldura
e serem expostas na galeria de nosso passado."


Bom... lá se vai o post, é bem verdade que alguns acentos foram esquecidos [só não espero ter assassinado a língua], seja o que Deus quiser. E lá se vou eu, amanhã de manhã, quando olharem para algum avião, pensem que dentro dele pode estar um "Latinha Avoado" em mais uma de suas tantas viagens, por si e por esse mundão de meu Deus.

Vejo vocês em breve e um grande feriado. Abração!!!

Amanda Pecly - A La Claire Fontaine

(Inté)

1 Post, 3 Tempos

Tempo 1. Minha casa está uma mistura de "Aperte os cintos, o piloto sumiu" com "Esqueceram de mim", enquanto minha Mamy visita a Sister2, a casa fica sob nova direção, o que sem dúvida rende momentos hilários. Hoje mesmo o almoço estava sob responsabilidade deste que vos escreve, o prato principal foi lasanha, o problema é que me falta o olho clínico e sobrou um pouquinho... mesmo se toda a familia Corleone, de todos os filmes juntos, viesse para o almoço, acho que ainda iria sobrar um pouquinho [ehehe]. Mas fiz alguns acertos e nada foi disperdiçado e não vamos precisar comer lasanha pelo resto da semana, meus princípios morais me compelem a confessar que eu comprei a lasanha, tá!

Bom, a semana vai ser meio puxada. Mas já engomei meu "avental" e vamos conduzir este navio até o fim da semana [ehehee]. Na madrugada de sexta-feira para sábado, para aproveitar o feriado, eu vou encontrar a Mamy e a Sister2, para ela eu falei que não poderia ir, mas já está tudo acertado.

O fim de semana foi muito bom, ontem fui ao teatro e me acabei de rir com a peça do Marcelo Médici (Cada um com seus pobrema), vale a pena.

Cuide de seus PENSAMENTOS,
porque se tornam palavras;
Escolha sua PALAVRAS,
porque se tornam ações;

Tempo 2. Na verdade, O Homem que lia manuais, sou eu! Tenho esse hábito, li o manual do celular, do carro, o verso do cartão de embarque e por ai vai, eu entendo que isso é até uma coisa boa. O problema é que talvez isso tenha reflexos por outras coisas na minha vida, visto que diversas das situações porque passamos não há necessariamente um manual com golden rules sobre o que fazer. Se você não lê manuais, provavelmente é "o cara" que corre atrás do que quer e não vai deixar que um manual lhe diga o que fazer, é bem verdade que seguir os instintos aumenta as chances de um resultado inesperado, mas talvez seja dessas situações que resultem alguns dos melhores momentos de nossas vidas. Mas isso não é uma questão fechada... meditar eu irei. Quem sabe não consigo um audiência com o Gay Guru ;-)

É bem verdade que já escrevi e reescrevi sobre isso umas várias vezes, mas ainda não conseguir um post que achasse bom de verdade. Mas assim mesmo resolvi postar, quem sabe não vem mais alguma luz dos coleguinhas.


Entenda suas AÇÕES,
porque se tornam hábitos;
Estude seu HÁBITOS,
porque se tornam seu caráter;


Tempo 3. Momento de rever posições... acho que faz algum tempo que estou esperando algum tipo de sinal, talvez esse fim de semana me tenha trazido o tal sinal [e não vale fazer piada com o sinal de trânsito, hein!!!]

Olha, uma borboleta!!! ;-)

Desenvolva seu CARÁTER,
porque ele torna-se o seu DESTINO
(PENSAMENTO JUDAÍCO)

Grande semana a todos!!! ;-)
(Essa semana vou colocar os comentários em dia, em função do abalo sofrido na força na última semana, eu acabei não fazendo nenhum comentário... sorry!).

“As flores não disputam por beleza ou perfume.
As flores se dão a liberdade de manifestar-se como de fato são.
E nesse jardim que é a vida, manifestando-se como são, expondo-se,
podem ser escolhidas ou relegadas a um canto,
e ainda assim continuam florindo.
...

Que possamos ser como as flores.
Oferecer aquilo de bom, aquilo de belo que temos,
porque é essa a nossa função no mundo.
Não estamos no mundo para serem aceitos,
para serem colhidos e guardados em um vaso na casa de alguém.
...

Ousemos servir, sendo o melhor daquilo que somos
Uma flor não almeja ser outra flor
Uma flor amarela não inveja a beleza de um botão azul.
Cada um tem sua individualidade, sua beleza, sua luz,
seu tempo de duração, seu tempo de exposição,
seu espaço para brilhar.
...

Não devemos buscar aceitação,
isso é extremamente sofrível.
Aceitem-se e transformem-se quando necessário para seu aprimoramento.
Estejamos abertos ao mundo, mas conscientes de nossa luz,
pois esse é o melhor caminho a seguir”

(Adaptação livre, ROWENA)

(Inté)

Sombra e Água Fresca

Eu tenho o costume de acreditar que o fim de semana é aquela "folga" que a gente ganha para poder se "reagrupar" e por ordem na casa. É o momento de dar água suspirada e reunir forças para as batalhas que ainda virão, de qualquer forma espero que todos possamos ao terminar o trabalho hoje dar aquela boa suspirada, confiantes de que fizemos o que estava em nosso alcance para alcançar tudo o que queriamos.

Já que estou em uma daquelas épocas de por que´s...


Adriana Calcanhoto - Oito anos

Abraço a todos. Grande fim de semana!!!

(Inté)

O Homem que lia manuais...

Bom, estou vivo! Aos poucos acho que a "Força" vai se reestabelecendo e meus poderes vão voltando, fato é que algumas coisas mudaram e talvez as muletas que eu [adorava] utilizar no meu dia-a-dia tenham se tornado um tanto quanto curtas. É meio piégas o que vou falar, mas eu sou uma pessoa que precisa de paixão para funcionar bem [okay, foi muito piégas dizer isso!], mas é verdade!

É a paixão pelo trabalho que me faz dormir tarde, levantar cedo [muito cedo], trabalhar fora de hora. Foi a paixão por um projeto que me motivou a viajar semanalmente durante vários anos e chegar a ter duas casas ao mesmo tempo em cidades diferentes, é a paixão pelos meus amigos que me motiva tentar ser uma pessoa melhor e assim as coisas vão caminhando. E por que não dizer, que foi essa mesma paixão, que me levou a uma cidade estranha para conhecer alguém.

Talvez o que eu sinta hoje, é a falta dessa paixão. Família e Trabalho vão bem, podem não estar exatamente um espetáculo, mas seria injusto reclamar. Amor é que anda meio confuso [meio?], durante muito tempo eu suspirei por antigas paixões, por castelos de areia que eu adorava construir, mas por conta de uma série de acontecimentos, muitos dos quais até estão registrados aqui, hoje tenho uma estranha sensação de vazio, não há um amor "real", nem ao menos um platônico, não há candidatos, não há ninguém. É grande a chance de somente agora eu conseguir ter a exata dimensão do que significa ser um "Homem de Lata".

Não mais me reconheço nos motivos que me levaram a criar esse blogue algum tempo atrás, a descrição que hoje ele ostenta, esconde na verdade o fato de que naquela época eu tinha alguém dentro do meu coração e que talvez estivesse procurando uma solução mágica para mantê-lo por perto. Precisei de um ano para entender isso e talvez foi por isso mesmo, que no post de 1 ano do bloguinho eu tenha reescrito essa descrição, que inclusive estou pensando em adotar daqui por diante [LEIA AQUI].

Ainda procuro um coração, mas as razões mudaram, eu mudei [espero!].

A falta de paixão para mim, pode ter um efeito devastador no meu julgamento sobre as coisas, da mesma forma que posso ver tudo azul com bolinhas da mesma cor quando estou motivado. Posso me tornar o mais cruel dos céticos e realista.

E talvez esse abalo na Força seja fruto dessa falta de paixão, acho que perdi a fé no amor [credo, que lê isso acha que vou me atirar da ponte, mas não é isso não, primeiro porque aqui não tem nenhuma Golden Gate e se jogar de viaduto, além de atrapalhar o trânsito não é nada glamuroso], mas não é nada tão trágico assim, só que me falta aquele "plus". Nessas horas parece que a mágica nunca mais vai acontecer, felizmente, eu nunca fui bom em previsões e advinhações então tudo isso deve ser apenas uma baita "dor de cotovelo crônica" e a mágica em breve voltará a acontecer. Como dizia aquele famoso poster do Arquivo X, I Want To Believe!

No mais, until now, so far, so good.
Não escrevi uma linha do meu projeto, mas..., como diz um colega... "o que é mais peido para quem já está cagado!". Muito fino da minha parte dizer isso para vocês, mas ainda conto com aquela reviravolta do mocinho nos momentos finais do filme, quando no último minuto ele vai sentar e salvar o planeta, bom... na verdade se eu conseguir salvar minha pele já vai estar bom... stand by.

Propostas Indecentes... um amigo me ligou, para reforçar um convite que ele tinha me feito no início do ano... ir com ele para Zooropa no mês que vem. Ele vai levar a mãe para conhecer alguns lugares e o miserável conseguiu uns preços imbatíveis, eles vão para Lisboa, Porto e Londres. Quem me dera, tirando o fato dele ser uma ótima companhia e mesmo que meus porquinhos não estivessem anoréxicos, se eu falar a palavra viagem perto do meu chefe ele vai me dar um tiro!!! Ainda nem consegui ir a São Paulo que eu já deveria ter voltado faz hora... mas enfim, vale o convite... [bem melhor do que outro convite que me fizeram outro dia, que eu prefiro nem comentar].

E assim caminha o Latinha... que venha a sexta-feira!!!




There is a pleasure in the pathless woods,
There is a rapture on the lonely shore,
There is society, where none intrudes,
By the deep Sea, and music in its roar:
I love not Man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne'er express, yet cannot all conceal.
(LORD BYRON, 1759-1824)
Há nas matas cerradas um prazer
Há nas encostas solitárias um arrebatamento,
Há sociedade, onde ninguém pode intrometer,
Pelo mar profundo, e música em seu lamento:
Eu não amo menos ao Homem, mas à Natureza mais,
Dessas nossas entrevistas, nas quais capturo
De tudo que eu possa ser, ou tenha sido tempos atrás,
Para me misturar ao Universo, e sentir puro
O que nunca posso expressar, ainda que não possa esconder
(tradução livre)
Hum, esqueci, mas outro dia explico o que tem haver O Homem que lia manuais...
(Inté)

Um dia não-bom

"É que por enquanto a metamorfose de mim em mim mesma não faz sentido.
É uma metamorfose em que eu perco tudo o que tinha, e o que sou.
E agora o que sou?
Sou: estar de pé diante de um susto. Sou: o que vi.
Não entendo e tenho medo de entender,
o material do mundo me assusta, com seus planetas e baratas."
(CLARICE LISPECTOR)

Então, o sol estava lá, as plantinhas estavam verdinhas, o céu azul de Brigadeiro, com direito a beija-flor vindo visitar as flores de Mamy no quintal... mas eu não estava. Não sei o que aconteceu, ou o que não aconteceu, mas ontem não foi um dia bom. Não houve nada de extraordinário, nem bom, nem ruim, também não foi um dia ruim... só não foi bom.

Meus "super poderes" não foram inicializados ontem, virei mortal...
Nem o café estava bom ontem [o pão de queijo tava divino, mas o café tava meio sem sabor eheheh], as vezes eu tenho isso, me lembra um poema da Clarice Lispector que vi uma vez [acho que já coloquei aqui no blog outras vezes], mas não estou deprê ou coisa do gênero, só estou normal. blép!!!

Acho que é um pouco de carência... ando meio "gato macho", sabe aquele gato que vem e fica se roçando no meio das pernas da gente?! [E que a gente quer chutar!? hauahuhaua] Pois é, também tem disso...

Na verdade tem um bocado de coisas indefinidas que me cercam e isso meio que me desestabiliza, o que aliado a umas cobranças pessoais não ajudam muito a melhor o panorama. Ontem, não consegui me concentrar em nada... produção zero! Se me dessem duas tartarugas era capaz delas conseguirem me amarrar e fugir... terrível.

Enfim, hoje era um bom dia para sentar com uma boa dose de whisky cowboy [pior que eu gosto assim mesmo, sem gelo] e ficar olhando o mundo passar. Bom, espero que até amanhã o pó de pirlim-pim-pim caia de novo sobre mim e eu volte ao "meu" normal.
ehehehe

Abraços a todos.

"Mas tenho medo do que é novo
e tenho medo de viver o que não entendo -
quero sempre ter a garantia de pelo menos
estar pensando que entendo,
não sei me entregar à desorientação."
(CLARICE LISPECTOR)

Trilha Sonora: All Out of Love, AIR SUPPLY

See you...

O Amasso

"De fato não nos conheciamos, mas os papéis estavam definidos desde o primeiro momento. O vigoroso aperto de mão, de certa forma denunciava o que estava por vir. E foi assim que eu deitei, um pouco envergonhado é verdade, mas em certos momentos é necessário confiança - não dava mais para voltar atrás.

Ele perguntou se eu estava bem, confortável, e logo pude sentir suas mãos tocando minhas costas. Era a primeira vez que eu passava por aquilo e procurei relaxar, "apreciar a vista". Senti as mãos quentes percorrerem as minhas costas, seus dedos entre meus cabelos e o vigor dos movimentos por vezes beirava o limiar da dor. Me senti amassado...

Por alguns minutos esqueci completamente tudo o que estava ao meu redor. No fim, ele perguntou como eu estava, me perguntou se era realmente a primeira vez que eu fazia aquilo, porque eu tinha me saido bem. Agradeci o elogio, mas havia um último assunto a tratar e foi assim que peguei a carteira, separei algumas notas e paguei-o.

Tomado por um grande bem-estar, me despedi e ficou a promessa de um contato próximo..."


Bom, talvez eu não tenha sido muito claro, mas eu fui esse fim de semana no massagista. eheheh

Meu fim de semana foi tranquilo e de certa forma de convites inesperados, mas na verdade acabei aproveitando para sair um pouco e ver o movimento na rua, nada muito digno de registro. O ponto alto foi o massagista, como vocês puderam perceber [eehehe]

Uma nova semana começa e vou voltar aos meus planos para tentar dominar o mundo, espero que todos estejam bem e principalmente que possam fazer dessa uma grande semana.


"Geralmente se queremos
que as coisas mudem precisamos mudá-las e,
nem sempre,
queremos assumir esta
resposabilidade.
Se nada fizemos,
viveremos nas sombras das
frustrações e instatisfações,
esperando que alguma magia faça
as mudanças de que precisamos"
(FAY WELDON)

"A inspiração que vem de um
objetivo importante, de um projeto
extraordinário, faz as idéias brotarem,
a mente transcender as limitações e
a consciência se expandir
em todas as direções, revelando um
mundo novo e maravilhoso.
Forças, capacidades e talentos
criam vida, e você se descobre uma
pessoa muito melhor do que
jamais pensou ser."

(PATANJALI)
(Inté) ;-)

Café com Segredos

"Eram acima de tudo bons amigos. Se conheceram por conta de uma oportunidade de trabalho e quase que de imediato uma grande afinidade surgiu entre eles, se tornariam parceiros inseparáveis na tentativa de vencer os desafios impostos pelas tarefas a serem cumpridas, o que acabou por estreitar ainda mais os laços de amizade entre eles. Com o tempo, naturalmente a amizade extrapolou os muros da empresa, e Ele, que na verdade era de outra cidade, foi de certa forma adotado pelo Outro e sua família.

Parceiros de café, não foram poucas as vezes que não viram as horas passar enquanto conversavam naquele que se tornaria uma espécie de ritual, almoço e logo após sentar naquele charmoso café para colocar o papo em dia, de fato aquele local seria a única testemunha de vários momentos compartilhados entre eles, momentos de dor, alegria, angústia, felicidade.

O que não podiam imaginar é que dentre tantas afinidades que possuiam, havia também um segredo - que cada um tentava carregar ao seu modo. revelações viriam anos depois.

As revelações viriam anos depois, nesse meio tempo, é bem verdade que Ele teve vontade de dividir com o Outro o seu segredo, mas nunca o fez, talvez mais por vergonha do que medo ou qualquer outro sentimento, no fundo sabia que a amizade entre eles eram maior e mais forte do que isso, mas se expor sempre lhe foi uma delicada questão. Mas, por uma dessas ironias da vida, o segredo do Outro lhe seria revelado primeiro, um mal entendido ocorrido com um amigo em comum tiraria o véu que lhe cobria os olhos.

Mesmo assim Ele nada fez, guardou tal informação para si, como se aquele também fosse seu segredo.

Um bom tempo depois foi que e durante uma conversa por telefone Ele sentiu que já era hora e sem se importar com a impessoalidade do meio, revelou aquele que talvez seja o seu maior segredo. O Outro ouviu a cada palavra sem interromper, o silêncio do outro lado demonstrava a atenção com o que era dito, e quando Ele finalmente terminou, foi surpreendido. Era a vez do Outro mostrar-se por completo, Ele não esperava, em seu egoismo até havia esquecido do Outro, até então via somente o bom e velho amigo de sempre, mas eis que no final ambos sentiam-se mais leves e de certa forma ainda mais unidos.


Meses depois iriam se encontrar pessoalmente, não que fosse algo planejado, mas Ele tinha uma reunião de trabalho e o Outro se oferecera para hospedá-lo, como era de costume. O forte e longo abraço da chegada trouxe novamente aquele sentimento de fraternidade presente em todos esses anos, como de costume, enquanto o cheiro do café tomava conta da casa Ele e o Outro, cada um com sua caneca, se atualiza com as notícias: amigos, família, vida, emprego, viagens...


Foi somente após o almoço que teriam coragem para tocar no assunto, cada a um a seu tempo revelou sua jornada, seus medos e anseios. Ambos perceberam que mesmo sem nunca antes dizerem uma só palavra sobre tal questão, talvez o que tenha os unido foi justamente o apoio mútuo e a amizade sincera que fez com que cada um dele pudesse seguir seu caminho.


Aquela noite sairam juntos, acabaram em um badalado clube da cidade, dançaram, beberam, conversaram, trocaram confidências. Talvez fosse o clima do local, talvez a bebida, as revelações sussurradas ao pé do ouvido, ou então, quem sabe a conjunção dos planetas... mas foi uma noite estranha. A caixa de pandora fora aberta novamente, e Ele sentiu-se pouco a vontade, pois percebera que o Outro, a quem considerava um irmão até então, havia de súbito se tornado um Homem....


A madrugada já se fazia querer ir embora quando voltaram para casa, chegaram, juntos devoraram algumas sobras, enquanto conversavam à mesa. Os olhares trocados não pareciam mais tão fraternos como outrora, apesar de estarem acostumados a dividirem o quarto inclusive, mas naquele dia o último abraço foi diferente, Ele não sabia explicar...
mas foi.

O sol conferia um ar dourado ao quarto, quando Ele abriu os olhos pela primeira vez, olhou ao redor, aninhou-se na cama mais vez e ficou a pensar em tudo o que vivera. Não tardou até que a porta abrisse e o Outro o avisasse que o famoso café estava pronto e que o esperava para o desjejum. Ele deitou-se novamente, sorriu, em pensamento agradeceu por mais um dia e por nada ter acontecido, foi quando pulou da cama, vestiu-se e aproveitou mais um café com uma nova rodada de segredos.Muitas foram as risadas, vários planos foram traçados e muitas memórias revisitadas, trocaram músicas e quando finalmente Ele foi embora sentia-se alegre e bem disposto, como a muito não se sentia.

Sozinho, enquanto voltava para casa, considerou as possibilidades e para si tomou como acertada a decisão de nada fazer. Optara por manter não o "irmão" em sua vida, mas um Homem com quem sabia que poderia contar a qualquer momento, independentemente de qualquer coisa, no primeiro momento em que o viu, soube que o Outro seria um dos melhores homens que tinha conhecido até então e que não gostaria de arruinar isso com um namorico ou "one night stand", ao invés disso, preferia mantê-lo para sempre ao seu lado."



Abraços