Augie Doggie & Doggie Daddy

É engraçado como em nossa vida podemos encontrar características "interessantes", uma das minhas... é viajar! Não que eu sonhasse em desbravar o mundo, ou coisa parecida, mas desde pequeno elas estão presentes na minha vida, fosse nas férias ou nas visitas ao meu avô.

Na época da facul, o campus onde eu estudava, era distante 40 km da cidade, o que pode ser interpretado como uma pequena viagem, apesar que para os padrões paulistanos, isso não é nada! Mas foram várias festas "rodoviárias" no fretado... ;-)

De qualquer forma, os estudos me levariam a outras viagens, durante um tempo, viajando semanalmente por mais de um ano, outro curso, praticamente me fez ter duas casas... e nada menos que mil quilômetros [kkk]. Mesmo quando eu achei que era tempo de sossegar, acabei na estrada, já que os amigos estavam, e ainda estão, distribuídos por esse mundão.

Hoje os tempos mudaram um pouco, tenho ficado mais preso por questões de trabalho, mas mesmo assim, sempre que possível, vira e mexe, é tempo de partir. E, é assim, que vou terminar essa semana na estrada... se as coisas se encaminharem conforme o planejado, os próximos meses podem me levar a um recomeço, e por consequência a novas viagens... E como eu dizia no começo, esse parece ser mesmo o "meu caminho"... andar por ai... gostava que fosse acompanhado, mas até o momento, além dos sonhos... só mesmo a companhia dos meus amigos imaginários. Mas, quem sabe...  ;-)

Augie Doggie & Doggie Daddy, ou Bob Pai & Bob Filho como eles ficaram conhecidos aqui no Brasil, é um desenho da Hanna-Barbera, que quando eu assistia, já era meio velho, por isso imagino que muita gente nem se lembre mais deles [kkk]. Mas eles também faziam parte da Turma do Zé Colmeia, alguém? Ninguém?! Enfim, me lembrei deles esses últimos dias... 

Essa viagem da semana que vem, me permitiria reencontrar alguns amigos, a quem há tempos venho devendo uma visita, mas também se apresentou como uma oportunidade de uma viagem no melhor estilo "Bob Pai & Bob Filho"... 

Amadurecer tem umas coisas interessantes, nos dá a capacidade de começar a ver coisas que não víamos e de retribuirmos coisas, que na época nem tínhamos noção que ganhávamos. Percebo que meu pai, que sempre foi ativo e determinado com as coisas, com o peso dos anos, começou a hesitar em alguns momentos e a destreza e agilidade de outrora já não é mais a mesma.

Enquanto começava a acertar detalhes e tudo mais, me passou a mente, que agora, não sou mais eu que vai viajar com ele, como tantas vezes fizemos. De fato, hoje é ele quem vai viajar comigo... e mesmo que sinta pelos amigos que não poder ver (dessa vez!), fico feliz por retribuir esse momento... 

E assim vamos nós, uma semana, três cidades... e seguuurraa peão! 

E, apesar do tempo eu não congelei... foi quase! Até ameaça de neve andou rolando por essas bandas, mas no fim, ficamos em uma geada "básica"... foi bacana, não fosse a voz de Pato Donald que eu fiquei por conta da minha garganta que #partiu

Inté!

23 de Julho

Véi, na boa, tá muito frio!!! Lá fora a temperatura está na casa dos 3 graus, nevou em uma cidade próxima, e tá frio bagarai... A maldição do Rudolph já me pegou novamente, mais uma vez eu estou igual a rena do nariz vermelho!

Visitas se foram, os dias foram muito bacanas e, em seu tempo, irão se transformar nos posts.

Mas hoje, é um daqueles dias em que a gente para por um minuto e de alguma forma precisa registrar, ainda que não saiba ao certo o que, nem porque, fato é que um ano se passou... e o melhor registro que eu encontrei foi a seguinte frase:

"Há um véu de silêncio entre nós.
Coisas não ditas que se pressentem. Não é um silêncio magoado ou ferido.
Apenas um receio de cruzar linhas por onde já fizemos equilibrismo.
Ambos sabemos que não vamos atravessá-las.
Mas os dois acarinhamos esse futuro que não tivemos, como memória intocável e pura".

Se eu não congelar, até o final da semana eu volto! ;-)

Inté.

Apenas Eu...



Alguns diriam que a cabeça é dura mesma, mas devo confessar que eu sempre gostei “da impossibilidade das coisas”, pessoalmente sempre observei que nossos pais não nos criam aceitando a possibilidade de desistir, ou mudar de opinião, eu mesmo já tive longas discussões “comigo mesmo” por conta disso, e sempre foi difícil aceitar que eu errei, ou então que eu mudei de ideia. Devo confessar que a coisa mais libertadora que fiz certa vez foi desistir de algo importante, quase no final. Para mim, foi algo quase como largar uma noiva na porta da igreja, mas era no campo profissional! ;-)

É bem verdade que levei alguns anos para me recuperar do baque e, não foi fácil aprender a lidar com as reverberações disso, pior que não foi pela reação dos outros, mas por conta das minhas próprias cobranças, pelos meus padrões que mesmo sem imaginar eu acabei me impondo em algum momento...

Eu não culpo só os pais, ainda que acredite que a maior parte deles tenha uma parcela de culpa, a verdade é que em alguns assuntos eu deveria ser um pouco mais esperto, mas..., confesso que eu também sempre gostei de jogar by the book. O que em linhas gerais é bom para minha profissão... mas na vida pessoal sempre me dá umas dores de cabeça.

De qualquer forma, a verdade é que otimista, ou tolo, eu nunca fui bom em largar algo para trás... anos atrás, um grande e querido amigo, me disse que eu precisava aprender a desapegar! E isso meio que ficou martelando na minha cabeça... mas como faz?! Toca um foda-se e manda para geral?

A questão é que eu nunca fui o cara da geral... assim, vamos colocar ali na prateleira e vez por outra a gente tira um pó, olha, lembra e devolve...A verdade é que muitas vezes, para mim, as impossibilidades sempre pareceram mais interessantes que as possibilidades... pronto falei!

E esse foi um post meio sem pé, nem cabeça, e que para ser bem honesto eu tava pensando em outra coisa quando comecei a escrever, mas... ele apareceu. E apesar de não ser o Kevin, acho que hoje foi dia de falar sobre mim...  ;-)


Me multiplicando em sol
Tento uma canção pra você
Trago flores, girassóis
Não me importa mal me querer

O que vai em mim vem
de um desejo imenso de ser outra vez
Um barco, um azul
Outra vez, de tarde, morrer

Céu sem naves espaciais
Flores, só naturais
Só nóis dois e as coisas banais
Mais não, pra quê.
Para que o mundo
Segue o mundo 
Sem o mar
Sem amar

De que vale o som sideral
Ou uma rima mais genial
Se o amor está aqui, neste sal
Nesse encontro franco e frontal

Nesse barco longe do mundo
Toda a nossa vida e um segundo
Pra dizer ao mar que voltei
Que sou do mar, sou do mar, do mar.
CARTA AO MAR - Elis Regina [para ouvir]

Love is in the Air

E pelo jeito a primavera chegou por essas bandas, não sei porque, mas sempre tenho a sensação que é na primavera que as histórias de amor acontecem... pode ser porque no inverno, seja complicado enxergar o verdadeiro amor embaixo de tanto casaco, né?! Enfim, fato é que, pode ser alguma coisa na água, mas várias pessoas conhecidas estão falling in love.

Enquanto isso, na sala de justiça, lá estou eu... Still Fighting!!!
E, a luta contra o crime nunca acaba, é bem verdade que fez por outra gosto de fazer uns exercícios de futurologia e imaginar o desenrolar das coisas, tentar fazer um plano... obviamente, quase nunca funciona do jeito que eu imaginei, Graças ao bom Deus!!! A pouco mais de um ano, quando eu achava que estava preso em uma situação profissional que não me fazia feliz, nunca imaginaria que estaria "aqui", escrevendo esse texto, em um panorama completamente diferente e, inclusive já pensando que é hora de partir...

De certa forma, é isso que "me consola"... Mas há aquelas probabilidades que eu acerto, e essas as vezes me assustam, mas como eu disse para um amigo hoje ao telefone... Em último caso, pelo menos eu vou poder jogar minha dentadura nele no asilo! Já que ele anda querendo personificar esse lance do Forever Alone [kkkkk].

Talvez eu devesse seguir o conselho de uma pessoa amiga, que sempre me dizia:

 Para esquecer uma paixão Platônica, só mesmo uma trepada Homérica.

De qualquer forma, esse final de semana me sobraram mesmo, meus amigos imaginários, os demais estavam aproveitando algumas peculiaridades da vida à dois! 

E mais uma vez minha casa, e cama, serão invadidas pelas mulheres de mi vida... na falta de uma, e por uma coincidência, três amigas passar pela minha casa até o final da próxima semana. Confesso, que ainda estranho dividir minha cama, e uma "fronteira" não está de todo descartada, sim sou desses... Mas acho que vai ser legal, eu espero! [kkk]. Meus vizinhos não devem entender muita coisa, mas quem sou para explicar, garanto que a imaginação deles é bem mais divertida que a realidade! ;-)

Como bom anfitrião, tenho essa semana para me preparar e ajeitar tudo para a chegada delas... nessas horas me sinto meio como o Tatoo, da Ilha da Fantasia... O avião, o avião... [kkk]

Grande semana para todos! ;-)

A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre
por mais vontade que tenha de as 
infringir deslavadamente

(Machado de Assis, em “Dom Casmurro”)

Das coisas que eu quero...

E as vezes a gente quer tanto uma coisa, que somos capazes de tentar encontrá-la nos mais diferentes, e longínquos  lugares. Algum tempo, e muitas cabeçadas depois, não raro, nos damos conta de que ela sempre estivera ali, bem próximo de nós o tempo todo, bastaria ter tido os chamados "olhos de ver", mas talvez resida ai, um dos grandes desafios da vida! Saber ver!!!

Enquanto isso, no meio tempo, nos resta um sentimento de ausência, daqueles que não se sabe bem do que, nem por que, mas que apenas constata que em algum ponto, nos afastamos de alguma coisa...  Tem dias que me sinto meio como aquelas tartaruguinhas, que eclodem na areia da praia, e que confundem o brilho das luzes da cidade, com o do luar nas águas do mar, e assim acabam saindo em busca de algo que nunca irão encontrar.

Por esses dias, tenho me lembrado da frase de Camille Claudel que diz: "Il y a toujours quelque chose d'absent qui me tourmente", algo do tipo: Há sempre alguma coisa "ausente" que me atormenta.

E essa foi uma semana de ausências, algumas esperadas outras inesperadas, mais que isso, de se confrontar com os meus moinhos de vento...

Mas, apesar de tudo..., não poderia dizer que foi uma semana ruim! ;-)



Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
(DOM QUIXOTE, Eng. do Hawai)
Inté