A Internet, o Amor e o Cachorro Abandonado


Estou a caça de uma conexão de Internet decente, a principal operadora ADSL dessas bandas não tem uma porta disponível no meu prédio, o que me deixa como alternativa assinar com um provedor rádio, ou continuar brigando com meu modem 3G. Como os comentários sobre a Internet via rádio não foram lá muito animadores, por ora, o 3G está ganhando! Descobri que há uma opção “hermana”, vou ver se descubro como isso funcionaria...

E então, chegamos ao Amor e o Cachorro Abandonado... adoro a língua portuguesa! Quem foi abandonado? O amor, o cachorro, os dois?! Vai saber... Mas de qualquer forma, o Cachorro teve um final feliz!

Pois é, comecei a semana fazendo uma boa ação, um “Momento Green(peace)” como eu costumo dizer. Onde trabalho há dois vira-latas "oficiais", todos os dias ao chegar eu os vejo pelo estacionamento ou pelas áreas abertas da firma, no final todos cuidam deles, é o Romeu e a “Namorada do Romeu” estão lá todos os dias, e não raro vejo as pessoas chegando com sacolinhas e mimos e logo, sem cerimônia alguma, vejo os dois passando,  todos faceiros. Mas eis que ontem, haviam um terceiro elemento por lá, é um filhotão ainda, deve ter lá seus 3 ou 4 meses eu diria... Eu adoro cachorros, e ainda mais por estar longe dos meus, me cortou o coração ver o cachorrinho andando para lá e para cá, magrelo que só!

Ao primeiro contato amistoso lá vinha ele e se sentava sobre nossos pés. Se eu estivesse morando em uma casa, ele teria vindo comigo ontem. Ainda assim, fazendo um lobby aqui outro acolá, um colega se animou a levá-lo para sua casa. Como eu sai mais tarde (já de noite), vi que o cachorro ainda vagava por lá – então pensei que meu colega tinha desistido.

Hoje, conversando, fiquei sabendo que ele não tinha encontrado o cachorro na hora que saiu, por isso não tinha levado... só que estava sem carro e não sabia como faria para levá-lo. E foi ai, que garanti mais alguns bônus-hora no céu e prontamente fui levar o “Bones” na nova casa dele.... Devidamente acomodado em uma caixa e, ainda que meio desconfiado, ele foi quietinho... vez por outra olhava para nós. A casa é grande e ele vai ter comida e abrigo! Fiquei feliz... amanhã vou levar um pacotão de ração para ele... Vida longa e próspera ao "Bones"!

E isso me levou a uma terceira reflexão... às vezes a gente cuida de algo, mas infelizmente não será possível, vivermos esse algo... nossa “missão” é mesmo só a de cuidar temporariamente.  Okay, em português, a gente é um padeiro né, fazer o que... prepara, amassa, assa, e quando tá pronto outro vem e come! kkk (Uma reflexão muito profunda, eu diria!).

Mas não raro é bom cuidar, falando nisso... no último episódio, eu comentava sobre uma mensagem, que não sabia se devia enviar ou não... pois é, enviei! Nenhuma resposta voltou... não posso dizer que estou surpreso ou decepcionado... Talvez isso seja o que eu esperava que acontecesse mesmo, esse roteiro já é conhecido para mim, eu sei que a resposta virá, as outras sempre vieram. Mas confesso que me chateia perceber que nem mesmo como amigo, eu mereci um pouco mais de atenção e consideração... 

Enfim, "faz parte"... importante é que eu fiz o que achava certo, o que ele fizer com esse  carinho e consideração, é problema dele! E vamos que vamos... a vida segue se ajustando... pegando o ritmo! Tem sido bom, estou feliz... ainda que não esteja virando piruetas pela rua, estou feliz e bem... e, agora é esperar.. quem sabe uma hora dessas eu não acho um “Gato Abandonado” por ai.... kkk

E na saideira, eu deixo uma foto do "Bones"

"...
I always thought that I would be alone

Afraid to dream that anyone was ever gonna see

The love inside of me - but how could I have knownA trick of fate would bring us together

A trick of fate would alter our lives

We had to wait it seemed like forever
But never say never to a trick of fate
..." (TRICK OR FATE, Valerie Pinkston)
Inté!

Reabilitação


Em geral, ao capturar um animal silvestre, ele deve permanecer um tempo em um centro de reabilitação, para que ele novamente possa aprender a se virar sozinho na natureza e a livre. De certa forma, eu acho que estou nesse período de reabilitação, justiça seja feita, eu nunca tive problemas na minha casa, nunca me senti preso ou deixei de fazer coisas por que estava lá, mas agora, eu tenho uma "liberdade" diferente...

Posso passar o dia de cueca e camiseta! Ninguém vai me perguntar, por curiosidade ou cuidado, que horas eu cheguei ou sai, enfim, posso fazer o que quiser [kkk]... isso é bom! É claro... mas ao mesmo tempo, para mim, é estranho... Eu cresci em São Paulo, com todas aquelas neuras de sair e não saber se iria chegar, se foi sequestrado, se chegou bem ou teve algum problema, então sempre foi um hábito em casa a gente avisar por onde andava. Exagero?! Bom, eu também pensava, até o dia que eu cheguei na casa de uma amiga - as 16h00 - e encontrei ela e a mãe amarradas e dois caras assaltando a casa! Enquanto meus pais achavam que eu estava na faculdade, eu estava chegando em casa de camburão, após ter ficado um tempão amarrado com elas...

Enfim... cá estou experimentando um novo viver! Tentando criar uma rotina que seja minha, tentando criar regras para um mundo que seja meu, tem sido bacana, esse final de semana mesmo sai com alguns colegas para uns coposNo meio tempo, essa coisa de viver só, também é ótima para a gente revistar uns esqueletos no armário né?! Andei dando uma geral em alguns que por lá estavam meio empoeirados.

Nessa brincadeira, tem um que ainda não consegui jogar fora por completo, mas, como diz um amigo, estou tentando não cultivar rituais... é apenas um revisitar, como alguém que acha um livro com uma história que um dia a gente leu e curtiu muito. E por isso, o pensamento da semana ficou por conta de uma questão... Por que raios eu ainda me importo com algumas coisas?!

Enfim... esses dias são muito complicados para alguém que um dia me foi muito caro, são dias doloridos, pois um ano se completa da perda de uma pessoa de grande importante na vida dele... Há um tempo que não nos falamos, sem culpados, mas no início do mês eu lhe respondi um e-mail que estava alguns meses no limbo da minha caixa postal. Nenhuma resposta até o momento... queria tocar um "foda-se" bem sonoro, mas eu não consigo...

E não é porque sinto ou espero algo em troca... já tenho essa questão resolvida para mim, mas sei lá... queria vê-lo bem, talvez por imaginar a dor que ele deve estar passando, eu me preocupo... E fico rodando em círculos, se devo escrever, se devo tentar manifestar minha solidariedade de alguma forma ou, se devo simplesmente, me recolher ao lugar em que sempre tive em relação a ele, do lado de fora.
Enfim...

Ainda estou sem internet em casa, o que ainda vai me deixar louco! [kkk] Mas acho que semana que vem consigo resolver isso...

No mais, tempos de descobertas, de planos e de torcida pelos planos dos amigos...Esse final de semana eu tentei tirar o atraso e passar pelos blogues amigos, bom ver a vida fluindo... acho que a partir de agora as coisas começam a entrar nos eixos e a ganhar um ritmo mais interessante...

Hasta luego!

Hola! Qué tal?

Cá estou! Literalmente após um longo e tenebroso inverno!

Do último episódio para cá, muitas mudanças... Eu hoje tenho uma casinha, alguns móveis e, sabe com é, a primeira geladeira a gente nunca esquece. Mudei! Confesso que foi estranho sair de casa, enquanto me dirigia em direção à rodovia, com o carro cheio de caixas e de expectativas, foi impossível não lembrar do último episódio de Six Feet Under - vou deixar o vídeo no final do post.

Parece coisa de bebê chorão, dizer que sentiu sair de casa... na verdade pode até ser, mas sei lá, aquele sempre fora meu porto seguro. Ao longo dos anos e das trocentas viagens que eu fiz, no final, sempre voltava para lá... além do carinho da família, tinha os meus cachorros, as minhas coisas... Sempre fomos unidos, no melhor estilo mosqueteiros e, apesar de saber que isso não muda com a distância, eu confesso que senti...


Minha casa é meio como a casa dos Walkers em Brothers and Sisters, "apesar de tudo", no final sempre estávamos todos lá... vale a ressalva que minha mãe, não chega a ser uma Norah Walker, ela está mais para Lorelai Gilmore com certeza... Nessas horas é que percebemos o quão sortudos podemos ser...


E cá estou, em meu primeiro voo solo oficial... 


Estou morando a 300km da cidade que morava, o que é relativamente perto e me permitirá vez por outra recarregar as baterias. Uma cidade de 80 mil habitantes, fronteira com um país hermano, é agora meu novo lar, e assim tenho vivido entre novos sons e costumes. E o frio também, estou mais perto do Sul, o que me fez ir trabalhar em alguns dias com temperatura cravada nos 6 graus às 08h00 da manhã... Apesar de pequena,  a cidade até que oferece alguns recursos interessantes, como um mega centro comercial de fazer inveja a qualquer grande metrópole, bons restaurantes, ...


Ainda estou penando sem um conexão de internet em casa, mas isso está na lista de coisas a fazer para a próxima semana... Internet e TV a Cabo, porque estou sofrendo só com a tv aberta, sem falar que minha televisão agora fala espanhol kkk - Me sinto vivendo em uma novela mexicana! ;-)

E aos poucos estou me achando nesse novo mundo...  Agradeço aos comentários, e pela força, e assim que der, vou respondendo à todos vocês... 


Inté!