Um "Presente" Precioso

Essa semana eu virei oficialmente, Tio! Pois é, agora posso ser considerado um genuíno Tio Sukita, é o que temos para o momento! :-)

Não estavamos todos na mesma cidade, assim foi aquele furdunço familiar: ansiedade, ligações, mensagens, sms´s, conferência pelo Skype, até que as primeiras fotos começaram a surgir, foi um dia e tanto, em que ninguém conseguia fazer nada direito. Como eu tenho um ótimo timing, justo no referido dia, eu estava alocado para trabalhar com uma equipe totalmente diferente da minha, daria um treinamento para eles! Assim, tive que me virar em uns 5!

Esse é o primeiro bebê da minha família, então ele foi muito esperado e curtido, foi uma sensação muito estranha ao olhar aquelas fotos e ver aquela pessoa pequenina, que é na verdade um pedacinho de nós. Dentre as fotos, as primeiras, uma me chamou mais a atenção, é uma foto fechada, onde se vê apenas a mão da mãe, momentos após o parto e aquela minuscula mão, segurando apenas o dedão daquela mão... apenas isso, uma foto simples, descuidada até certo ponto, provavelmente pela emoção, mas que dizia muito!

Acho que foi a foto que mais me emocionou neste dia, na hora, me ocorreu que dar a mão ou segurar a mão de alguém, talvez seja um dos gestos mais simples e encantadores que existam... principalmente porque é feito quase que de maneira instintiva, sem muito pensar. Simplesmente o fazemos... Ao olhar aquela foto, de repente me dei conta que passado e futuro se encontraram nesse "presente"... Mais do que a mão daquela mãe, ali estava um pouquinho da mão de todos nós, e ainda mais, foi um pouco da mão de todos os que vieram antes de nós, nossos avó, os pais e bisavós que já partiram, enfim, todos aqueles que já se foram, de certa forma se encontraram ali, naquele exato momento... naquele aperto de mão.

Aquela pequenina mão, por sua vez, segura mais que um dedo, na verdade se apega ao reencontro de quem volta ao seu clã depois de uma longa viagem, aquele que reencontra aos seus... aquele que está em família! Espero que de alguma forma, ele nunca se esqueça desse momento, da sensação de segurança que aquela pequena mão demonstrava...

Até o dia de hoje, nunca havia me dado conta que apesar de sermos o futuro, também somos um pedacinho do passado... Me lembrei de todos os que se foram e tive a certeza que em algum lugar, também havia uma grande festa acontecendo...

Hoje, de certa forma, me senti uma peça desse grande quebra-cabeça que é a vida!

Meus olhos quase transpiraram por diversas vezes ao longo do dia... mas aguentei firme, até ir para casa, devo confessar... Acho que ao longo dos anos, nos preocupamos muitas vezes em Recomeçar... mas às vezes é importante testemunharmos aqueles que na verdade vão Começar!

Pequenas Vitórias

Não sei, tenho a sensação que conforme vamos ficando mais velhos, desenvolvemos a competência para entender as coisas sob uma ótima mais ampla, compreender o que realmente importa, o problema é que tudo isso acontece enquanto "ficamos mais velho", ou seja, como dizemos na Firma... "é ter que trocar o pneu do carro, com o carro andando!" :P

Teve uma época em que eu queria lutar grandes batalhas, dominar o mundo, acho que até me preparei para isso, sempre me senti meio que um daqueles navegadores, se jogando ao mar aberto em busca de algo que nem se sabe o que é... Fico imaginando o que levaria um Tuga a deixar seu país (Portugal, no caso), a família, a sua vida e se lançar no Atlântico, sem garantias de voltar, muito menos de chegar... Com certeza alguns não tiveram escolha, mas dentre todos, também consigo imaginar que tiveram aqueles que foram de bom grado, talvez algum antepassado da Bisavó Maria, que me deixou de presente esse "gene da inquietação".

Aos poucos, fui entendendo que o único grande descobrimento que eu precisava realizar, era o meu próprio, que por si só já se constituía em uma grande oceano, cheio de perigos, incertezas, uma ou outra região de calmaria, mas quase sempre agitado... Espero que isso seja o que chamam de crescer, ou envelhecer! Nessa brincadeira, acabei percebendo a importância das pequenas vitórias, dos pequenos gestos... De repente, nos damos conta que uma vitória, seja ela grande ou pequena, será apenas uma vitória quando não temos com quem partilhá-la, com quem celebrá-la... Que a melhor comemoração, é na verdade sentir-se acolhido entre os braços de quem queremos bem, e se possível, ficar assim, quietinho... por um bom tempo!

Essa semana me peguei feliz e celebrando uma pequena vitória, nada "exótico" ou extraordinário, e nem foi "a guerra" ainda, mas foi apenas um momento daqueles que nos deixa com um sorriso no rosto e serve para a gente pensar nas coisas que importam, e principalmente nos alertam para o que precisamos melhorar, ou trabalhar. As vezes me sinto como um "greyhound", aqueles cachorros galgos, que participam de provas onde tentam a todo custo capturar um coelhinho que corre em sua frente. Fico imaginando o que aconteceria se um dia, o dog mais rápido pegasse o coelho,  ele ganhou ou perdeu?! Provavelmente partilharíamos da mesma cara de "e agora, Jose?!".

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Okay, esses "pensamentos soltos" eu comecei a escrever essa semana, no final de um dia, não deveria ser um texto "pesado", mas ao lê-lo novamente me pareceu que andei forçando  o grafite sobre o papel... Preciso pensar nisso!

Tenho um causo para contar, senta que lá vem a história...

Teve uma vez, em um Baile, que foi uma tragédia grega na minha vida! Foi um dia que eu quis pagar uma de descolado, essa história tem alguns anos já, o pessoal mais antigo deve se lembrar da Tarada da Écharpe (link para o post). 

Resumindo uma longa história... depois de uma confusão em um baile, onde eu ia ficar alguém e acabei ficando sem ninguém, uma amiga do meu primo encarnou o Pepe Le Beau, e começou a me "caçar" pelo salão do Baile. Para me safar eu grudei na minha irmã e nunca dancei tanto em um baile como aquele, mas o ponto alto da festa, foi quando ela me sacou e écharpe e começou a me "laçar" na festa! Hora de bater em retirada! 

Essa semana eu aceitei um convite para ir jantar com um amigo, quase sempre jantamos pelo menos uma vez por semana juntos, então, no restaurante, conversa vai, conversa vem, uma pessoa vem cumprimentá-lo, quando ela se vira... tchan tchan tchan, chuta quem era?! Quem? Quem? Pois é, a própria!!!  A diaba da garota tá morando na mesma cidade que eu e como se não bastasse, é a vizinha do meu amigo... Ay Caramba!

Depois dos tradicionais, "mas não acredito que você conhece...", cada um foi para sua mesa, ela estava em uma mesa cheia de mocinhas casadoiras! Medo define meu sentimento, creio que vou mandar blindar meu carro [ahuahuahuhaua]. Dizem que quando os santos querem nos castigar, eles atendem aos nossos pedidos, mas isso também já é sacanagem, nzé?! E a vida não tá fácil pra ninguém! :P

Espero que todos estejam bem, grande semana!

That´s all folks!

PS. Eu não queria ser um greyhound... 



Enfim, It had to be you...

E tudo caminha para que hoje seja um dia de "detalhes"... 

Não foi exatamente um "ótimo" dia, para ser sincero acho que terei que considerá-lo "perdido", tendo em vista um trabalho, que sobre a mesa, me encara enquanto escrevo esse post. Mas, ainda conto com um "lampejo" de inspiração nesse final da tarde, para me debruçar sobre ele... Coragem! Hoje, contrariando tudo o que eu sempre faço, estou usando o que eu chamo de "Filosofia do Bombeiro", salvando quem vai morrer primeiro! 

Em minha defesa, vale dizer que não esqueci de nada não... apenas estou abusando da arte de enrolar um pouco. Mas nos detalhes, talvez esteja sendo um bom dia, almocei com uma amiga, que fez um risoto matador, que eu comi em quantidades absurdas! Talvez deva culpá-la pela baixa produtividade do dia.. :P

Ao chegar na Firma, parei na guarita e o Guardinha me falou que o Romeu está melhorando, provavelmente ele vai ficar com alguma sequela, precisava de cuidados e alguém que fizesse fisioterapia nele... não dá para ganhar todas! Mas só de vê-lo andando novamente, ainda que manquitola, mas sem dor, já me deixou feliz... Vou comprar alguma ração para ele e sexta-feira tenho que levá-lo ao veterinário novamente.

E naquele momento em que começava a pensar em um bom cafezinho, vem o tiro de misericórdia na minha terça-feira, encontrar esse vídeo... 


Duro segurar o pensamento, fiquei pensando naquele salão iluminado, todos arrumados, olhares, gestos contidos, risadas tímidas, seria uma bela noite... ehehe

Enfim, It had to be you...

Enfim, deu vontade de sair dançando pela minha sala, mas acho melhor não, né?! ;-)

;-)

(Engraçado... fiquei imaginando que eu estaria de terno preto [como sempre], uma camisa azul bem clarinha, gravata lisa de preferência no mesmo tom da camisa [ou quem sabe mais escura], sapatos pretos envernizados (sou desses) e quem sabe um pouco de perfume estrategicamente colocado, caso alguém fosse procurar kkkk  Um Chanel (mais leve) ou um YSL (marcante), quem sabe...)  Definitivamente não comer risoto na hora do almoço! 

Uma do Romeu


Romeu é na verdade um dog que adotou a Firma onde eu trabalho, acredito que ele foi meu primeiro amigo, de verdade, quando eu cheguei aqui. Louco por cachorro, e ainda saudoso dos meus que ficaram na Capitar, nossa amizade estava fadada a acontecer!

Ele é aquele tipo de vira-lata que aceita o que a vida lhe oferece, em nada ele se parece com um cachorro de rua, muito pelo contrário, quem o vê passear faceiro pela "Firma", juraria que ele sempre foi nosso! Mas, reza a lenda que ele apareceu meio filhote por lá, foi ficando, o pessoal comeu a dar comida para ele, vários de nós tínhamos um pacote de ração no armário e assim ele ficou... Mais que isso, ele adotou aquele lugar como sendo dele! Acho engraçado vê-lo, quando alguns dos guardas sai da guarita para a ronda, "Romes" é o primeiro a sair na frente dele e acompanhá-lo, sem que ninguém precise falar nada. 
Às vezes ele sai sozinho e não foi uma nem duas vezes, que logo pela manhã, o via passar pelo corredor onde fica minha sala, como sempre deixo a porta aberta, era de praxe a paradinha dele, abanando o rabo! As faxineiras não gostavam muito, mas... 

Essa semana, estava viajando quando começo a receber mensagens no meu celular... Romeu havia sido atropelado! Notícias iniciais davam conta de que ele estava machucado e triste, viajando havia pouco o que eu pudesse fazer, e já era tarde! No outro dia, uma amiga que atualmente está em Salvador, me liga: Você está sabendo que o Romeu foi atropelado?! Pode contar comigo para as despesas, pois é, virei uma espécie de "pai adotivo" do Romeu!

Os meus estags desesperados tentavam se mobilizar para tentar fazer algo, mas sabe como é, tem que ter o danado do vil metal, então eu assumi as despesas (com a ajuda da amiga de Salvador) e assim Romeu foi parar em um veterinário! Confesso que não gostei do atendimento, mas enfim... eu estava longe. Quando voltei fui acompanhando e não via melhoras... Romes continuava deitado, quietinho...

Na sexta-feira eu não aguentei... e lá vou eu + estags + Romeu para um novo veterinário... Felizmente acho que dessa vez acertamos! Ele foi minuncioso, e diagnosticou que ele está com um nervo comprimido, por isso não coloca a patinha de trás no chão, e provavelmente sente muita dor, mas não há fraturas! O tratamento não é lá muito simples, mas estamos nos mobilizando para tratar do Romeu, esse final de semana mesmo eu fui levar comida para ele, e achei que ele estava mais "alegre"...

Queria poder fazer mais por ele... ontem quando parei o carro, ele veio manquitolando em 3 patas fazendo festa, mas tenho que aceitar que nem tudo pode ser como a gente quer na vida! Estou na torcida pelo Romeu, espero que ele se recupere plenamente ou que pelo menos possa viver sem dor,  e principalmente, ser o dog alegre que sempre foi. Final dessa semana, eu vou levá-lo para o retorno da consulta... 

No mais, eu devia estar trabalhando ao invés de dar uma de "Amigo dos Animais", mas quem resiste, né?! E assim, minha vida não está com grande acontecimentos, mas ando mexendo aqui, acolá, tentando arrumar um pedacinho aqui, outro alí, para ver se fim surge algo bacana.

Ando na correria por conta do final do ano que se aproxima, e tudo está meio "nebuloso", sei que terei algumas viagens ainda para fazer, mas não sei quando... queria fazer algo diferente no final do ano, mas não sei ainda exatamente o que... e assim as coisas vão indo... 

E, vamos que vamos, estou procurando ter paciência para deixar o tempo me trazer as respostas, os encontros, uns cafés, quem sabe...  ;-)

 Hasta breve!