Mas enfim, eu também nunca fui santo, e sempre duvidei do amor. Sempre olhei com desconfiança para aqueles que apaixonados, faziam grandes cenas de ciúmes, faziam pedidos de casamento e por ai vai. Mas confesso que sempre tive curiosidade em saber o que levava uma pessoa a escolher outra para supostamente passar o resto de sua vida, ou então, viver junto enquanto quiserem. Seria o tempo?! Depois de um determinando número de meses já se podia pensar em algo mais sério?! Haveria um sinal divino?! Um sino talvez? Olhando para trás hoje, acredito que meu ceticismo me levou a não perceber "aproximações" sinceras de pessoas que passaram pela minha vida, paciência... não adianta ser vidente do passado.
Mas a vida é caprichosa, e eis que um dia eu paguei a minha língua e descobri que tinha um coração! Foi o meu momento Grinch [kkk]..
Um belo dia eu percebi que havia algo mais "ali"... e a partir de então, uma nova gama de cores se apresentou para mim, e surgiu uma nova série de dúvidas... como manter um relacionamento? Como fazê-lo dar certo? Ou então, porque as vezes as coisas não dão certo, mesmo quando há "condições favoráveis".
Dia desses eu formulei uma teoria, bom... como eu cheguei nela é uma outra história, mas em resumo ela diz que só está apto a amar, quem é capaz de cuidar de uma planta! Você já cuidou de uma planta?! Se você for capaz cuidar de uma planta, provavelmente também será capaz de amar... ou então, deve entender um bocado sobre o amor.
E é assim que chegamos a plantinha...
Eu comprei uma plantinha para cuidar! Como eu sou moço sério, comprei uma planta de ficar dentro de casa e mais do que rápido acomodei-a no meu quarto... ela chegou meio tímida, sabe como é casamento arranjado [kkk], mas logo começou a crescer. Me desdobrei em cuidados, ragava dia sim, dia não... cuidava para não tomar muito sol, muito frio, para tomar sol. Mas foi ai que um belo dia ela morreu...
Acredite ou não, a causa mortis foi excesso de cuidados, um descuido acabou permitindo que a planta recebesse mais água do que devia e por essa razão, ela acabou morrendo. Afogada! Como eu sou brasileiro e não desisto nunca, eu substitui a plantinha - o que revela uma nuance na minha teoria que não tinha previsto!
É bem verdade que ela teve uns dias meio murchinha no início, mas hoje encontra-se em franco desenvolvimento, inclusive eu já tive que mudá-la para um vaso maior. Engraçado que nesse período, por várias vezes eu acabei negligenciando sistematicamente a pobre da planta... viajei, esqueci ela no jardim, a pobre tomou chuva, sol e nem me lembro quando foi a última vez que coloquei água. Mas ela está lá, cada dia maior...
Mas pelo visto além de não entender muito de amor eu também seria um péssimo jardineiro. Entretanto achei interessante a idéia de que "muito amor" também pode ser fatal para um relacionamento... assim como a planta que morreu por excesso de água, querer muito uma coisa pode ter um efeito inversamente proporcional. Na ânsia de não perder, ou de não fazer as coisas da maneira correta, por vezes acabamos sufocando (ou afogando) aquilo que ainda é frágil e está se fortalecendo.
Entretanto, mesmo que esse alguém nunca venha a saber, eu e a plantinha saberemos que um dia estivemos "próximos" e que fizemos parte da vida um do outro.
Hoje, a cada dia que passo pela plantinha, eu confesso que fico intrigado... ela continua crescendo, bonita, forte, "verde". Mas a questão é por que?! Por quem?!
Enfim... de volta a prancheta! Por que amanhã terei uma noite cheia... porque vou tentar dominar o mundo!!! kkk (Momento Pinky and the Brain)
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Feriado à vista! Como eu sou "meio esquisito"... eu vou trabalhar, kkkk.
Afinal... dominar o mundo dá um trabalho....
Abraços a todos, ótimo feriado! ;-)
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