O Amor, a Plantinha e Eu

Eu e o amor, são duas palavras que geralmente não aparecem na mesma frase, isso é um fato! Não que eu seja "ressentido" com isso ou que esteja reclamando, mas é um fato... vou fazer o quê?! Até acredito que já tenha amado um bocado na minha vida, mas não raro foi um amor platônico, silencioso, cortez. Por quê?! Bom, vai saber... juro que gostaria de saber onde "errei", no geral, muitas vezes foram problemas de timing - infelizmente eu tenho um péssimo timing, ou sou cagado mesmo (se eu chegar em um jantar, é aquela velha história... se tiver talher, a comida acabou. Se tiver comida, não tem talher).

Mas enfim, eu também nunca fui santo, e sempre duvidei do amor. Sempre olhei com desconfiança para aqueles que apaixonados, faziam grandes cenas de ciúmes, faziam pedidos de casamento e por ai vai. Mas confesso que sempre tive curiosidade em saber o que levava uma pessoa a escolher outra para supostamente passar o resto de sua vida, ou então, viver junto enquanto quiserem. Seria o tempo?! Depois de um determinando número de meses já se podia pensar em algo mais sério?! Haveria um sinal divino?! Um sino talvez? Olhando para trás hoje, acredito que meu ceticismo me levou a não perceber "aproximações" sinceras de pessoas que passaram pela minha vida, paciência... não adianta ser vidente do passado.

Mas a vida é caprichosa, e eis que um dia eu paguei a minha língua e descobri que tinha um coração! Foi o meu momento Grinch [kkk]..

Um belo dia eu percebi que havia algo mais "ali"... e a partir de então, uma nova gama de cores se apresentou para mim, e surgiu uma nova série de dúvidas... como manter um relacionamento? Como fazê-lo dar certo? Ou então, porque as vezes as coisas não dão certo, mesmo quando há "condições favoráveis".

Dia desses eu formulei uma teoria, bom... como eu cheguei nela é uma outra história, mas em resumo ela diz que só está apto a amar, quem é capaz de cuidar de uma planta! Você já cuidou de uma planta?! Se você for capaz cuidar de uma planta, provavelmente também será capaz de amar... ou então, deve entender um bocado sobre o amor.

Muitas vezes machucados por experiências prévias infrutiferas, não raro encontramos um certo descompasso entre os envolvidos, enquanto alguns observam apenas mais uma oporturnidade de conhecer alguém (ou uma boa cama), outros materializam no outro todos os seus sonhos e anseios. O que não raro leva a demonstrações enraivecidas de ciúmes, submissão e certo grau de dependência, sendo que o principal efeito colateral observado após algum tempo é a chamada "dor de cotovelo". Timidez, baixa auto-estima, medo e preconceito, também são fatores citados como contribuintes para o desenvolvimento de tal quadro, contudo, a falta de experiência em outros relacionamentos não pode ser desprezada.

E é assim que chegamos a plantinha...

Eu comprei uma plantinha para cuidar! Como eu sou moço sério, comprei uma planta de ficar dentro de casa e mais do que rápido acomodei-a no meu quarto... ela chegou meio tímida, sabe como é casamento arranjado [kkk], mas logo começou a crescer. Me desdobrei em cuidados, ragava dia sim, dia não... cuidava para não tomar muito sol, muito frio, para tomar sol. Mas foi ai que um belo dia ela morreu...

Acredite ou não, a causa mortis foi excesso de cuidados, um descuido acabou permitindo que a planta recebesse mais água do que devia e por essa razão, ela acabou morrendo. Afogada! Como eu sou brasileiro e não desisto nunca, eu substitui a plantinha - o que revela uma nuance na minha teoria que não tinha previsto!

É bem verdade que ela teve uns dias meio murchinha no início, mas hoje encontra-se em franco desenvolvimento, inclusive eu já tive que mudá-la para um vaso maior. Engraçado que nesse período, por várias vezes eu acabei negligenciando sistematicamente a pobre da planta... viajei, esqueci ela no jardim, a pobre tomou chuva, sol e nem me lembro quando foi a última vez que coloquei água. Mas ela está lá, cada dia maior...

Moral da história?! Não sei se teoria funciona, kkkk.

Mas pelo visto além de não entender muito de amor eu também seria um péssimo jardineiro. Entretanto achei interessante a idéia de que "muito amor" também pode ser fatal para um relacionamento... assim como a planta que morreu por excesso de água, querer muito uma coisa pode ter um efeito inversamente proporcional. Na ânsia de não perder, ou de não fazer as coisas da maneira correta, por vezes acabamos sufocando (ou afogando) aquilo que ainda é frágil e está se fortalecendo.

Por outro lado, as vezes não precisamos (ou devemos) fazer nada para que um sentimento nasça e floreça. Basta termos paciência para deixar a natureza agir, a vida segue seu rumo e tudo ao seu tempo é resolvido, a grande lição que fica, é aprender ter paciência para deixar que a vida faça seu trabalho - como diria minha avó, tudo com tempo, tem tempo!

Por fim, às vezes olho para ela (a planta) e fico querendo entender porque ela não quis meu carinho e atenção... será que ela não gostou de mim?! Tem dias que acho que sim, tem dias que entendo que ela gostou e talvez tenha "pegado" o que precisou naquele momento... quem sabe essa foi a beleza da nossa relação. Pode ser que um dia ela venha a me retribuir a água e o carinho na forma de uma sombra para me abrigar do sol em um dia quente... ou quem sabe um dia ela vai matar a minha fome com um de seus frutos...Pode ser também... que sigamos caminhos diferentes e nunca mais eu a veja, e ela se transforme em uma mesa ou cadeira que irá dar suporte a um outro alguém.

Entretanto, mesmo que esse alguém nunca venha a saber, eu e a plantinha saberemos que um dia estivemos "próximos" e que fizemos parte da vida um do outro.

Hoje, a cada dia que passo pela plantinha, eu confesso que fico intrigado... ela continua crescendo, bonita, forte, "verde". Mas a questão é por que?! Por quem?!

Enfim... de volta a prancheta! Por que amanhã terei uma noite cheia... porque vou tentar dominar o mundo!!! kkk (Momento Pinky and the Brain)

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Feriado à vista! Como eu sou "meio esquisito"... eu vou trabalhar, kkkk.
Afinal... dominar o mundo dá um trabalho....

Abraços a todos, ótimo feriado! ;-)
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Ecdise

Exoesqueleto! Não sei porque, mas umas das poucas coisas que eu nunca esqueci das aulas de Biologia no colegial, foi sobre o bendido do exoesqueleto dos artrópodes, aliás, na verdade o que me chamou a atenção foi a Ecdise, ou muda para os íntimos. A capacidade de mudar de exoesqueleto é uma estratégia evolutiva de muitos animais, permitindo que esses mudem de forma e se adaptem a novos ambientes.

Ao longo dos anos eu vim trocando de peles, [me descobrindo e] me adaptando a novos ambientes, a novas situações e sentimentos. Nessa brincadeira toda, fui criando um "exoesqueleto" que me protegeu em muitas situações novas e que me manteve seguro - pelo menos em um primeiro momento. O problema é que agora as mudas tornaram-se constantes, e de tempos em tempos, é necessário romper com essas proteções e por conta disso acabo exposto.

Talvez esteja na hora de uma nova ecdise para mim, hora de romper com algumas coisas que me protegiam e me arriscar "no novo".... minha pele parece que não me servir mais... a grande questão é que a cada mudança tenho ido por novos caminhos, novas sensações, enfim.. todo um mundo novo.

Eu havia decidido que ficaria quieto por um tempo, mas, vez por outro um pensamento me escapa e toda uma gama de cores e inquietações se apresenta... So, what to do!?



"Quando o amor acenar, siga-o,
ainda que por caminhos
íngrimes e acidentados.
Quando as asas do amor
envolverem você, renda-se a ele,
mesmo que a espada que traz
oculta possa lhe provocar dor.
E, quando o amor falar, acredite,
mesmo que sua voz possa destruir
os seus sonhos, como faz
ao jardim o vento norte."
(KAHLIL GIBRAN)


Eu ando pelo mundo!

Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!
(Esquadros, ADRIANA CALCANHOTO)

Não foi planejado e eu não nunca tinha pensado que gostaria tanto assim, mas fato é que viajar me faz muito bem! De fato, tudo começou por conta de trabalho, um curso na verdade, que me obrigou a começar a viajar todas as semanas, e foi assim que eu descobri como é legal estar "anônimo" em algum lugar por ai. Não que eu seja alguma espécie de celebridade, longe disso, mas como diria Vanessa Redgrave em Missão Impossível: "... in my profession, anonimity is like a warm blanket!", alguns diriam que é meio esquizofrênico, mas enfim... que pelo menos é divertido, a isso é.

Não pense que eu viajo só por diversão, na verdade é a união "da fome com a vontade de comer", como dizem por ai, mas além de ser um tempo para pensar, as viagens acabam sendo um momento de rever e estar com pessoas queridas. Além é claro da chance de conhecer lugares, ver novas cores!

Engraçado, que enquanto escrevia sobre as minhas viagens me deparei com um rosa rubra, que está sob a mesa, bela e cheio de viço... impossível não lembrar do Pequeno Princípe e suas andanças. Será que se eu fosse "mais criança", essa rosa falaria comigo?! Será ela tão orgulhosa e vaidosa como a do principezinho?! Que ela não me escute, mas até que poderia... como é bela!

Bom, minha viagem, ou viagens, foram bem menos poéticas que do que as do Princípe, mas também aprendi muitas coisas. Estive entre pessoas que gosto muito, bom vinho, bom papo e ainda por cima com direito uma "personal" máquina de café expresso, também tive a chance de revisitar uma cidade que aprendi a entender e a gostar ainda mais. Descobri ótimas "padocas" para tomar café e que tinham docinhos maravilhosos...

Infelizmente fiquei na vontade de tomar um Mojito, mas além de ser uma outra história, fica para a próxima!

De tudo, fica um pensamento recorrente nesses dias, que eu ainda preciso aprender a decifrar, vou deixar no fim da mensagem, okay! ;-)

No mais, ESTAMOS ATENDENDO! E prometo tentar voltar a ser mais assiduo, pelo menos 1 vez por semana quero ver se consigo postar! Uma grande semana a todos, que todos possam fazer dessa uma ótima semana e deixa eu me preparar, porque acho que vou pegar a estrada de novo em breve!!! [kkk]

Abração a todos!

"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos,
são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi dado.
Pois tudo aquilo que é realmente nosso,
nunca se vai para sempre..."


Vida de candidato...

Estou naquele momento de volta a estrada... então a semana promete:

  • 7 dias, 3 cidades, 2 estados diferentes, uma loucura;
  • Ônibus, avião, trens, carro, outra loucura;
  • Reuniões, reuniões, reuniões, mais uma tentativa de tentar dominar o mundo;
  • Um bom vinho, amigos, uma mesa, um jantar!
  • Outra cidade, velhos amigos, un bon Crèpe, outra tertúlia;
  • Uma cidade, um turista, um nativo, várias possibilidades;
  • Uma velha parceria, um novo encontro, novos projetos;
Então, se você passar por um cidadão perdido por ai, cara de menino criado pela avó, de óculos, mochila nas costas, puxando uma mala azul marinho - parecendo que acabou de sair da Convenção Internacional de Nanotecnológos (kkk), dá uma buzinada porque são grandes a chance de ser eu, indo ou vindo! ;-)

Na volta eu conto as novidades!
Boa Páscoa para vocês!

Inté!!!

A whole new month!

Why do we fall, sir?
So that we might learn to pick ourselves up.



Daqui a pouco eu estou de volta! ;-)
Abração a todos!