Um Agosto

De repente me dei conta de que não vi Agosto passar...

Me lembro de ainda no final de julho estar lendo o texto do Caio Fernando Abreu, falando sobre Agosto passar, me lembro de ter pensado em fazer um post brincando com isso e, cá estamos!!! Agosto passou... ou me atropelou, não sei direito, devo confessar.

Foram tantas coisas, que não saberia dizer se o saldo foi positivo ou negativo, como diriam meus nobres amigos advogados, in dubio pro reo, ou seja, na dúvida favorecemos o réu, e nesse caso é com alegria que eu declaro que o mês foi de mais de bão!

Fiz algo que há tempos não fazia, viajar!!! Ainda não foi exatamente a viagem que precisava fazer, apesar de não ter feito tudo o que planejara, foi bom revisitar lugares e pessoas que são queridas. 

Retomei algo que a tempos estava parado!!! É bem verdade que vou sofrer um atraso nos planos originais, mas é algo temporário que tenho certeza que em breve eu consigo por em dia, mas foi bom reencontrar um norte, uma direção.

Me senti como a tempos não me sentia!!! E como diria Osvaldo Montenegro: E sem que a gente perceba, a gente se encontra... e tem sido bacana me encontrar, reencontrar, ...  ;-)

No mais, ando em um tempo meio estranho, de espera... de paciência... mas ao mesmo tempo de pressa, queria um bocado de coisas, e assim... vamos que vamos, porque como diz a música: "O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraido!".

Acho que não volto mais em Agosto... mas sabe né, a qualquer momento podemos interromper a nossa programação normal! ;-)

Inté.


Tirei a foto dessa plaquinha, na época em que a Feira da Torre (em Brasília), ainda acontecia embaixo da torre, apesar de ter ficado intrigado na ocasião, mal sabia que precisaria de alguns anos para poder me encontrar... (Viajar, é bom!!!)

The Believer

Acreditar em algo não é algo simples, carregar em si uma certeza que ninguém mais consegue visualizar, ou que na grande maioria das vezes nem nós mesmos somos capazes de explicar e por vezes julgamos que, apesar de nossa crença, aquilo é algo tão distante ou inviável, requer um enorme esforço, e por assim dizer... muita crença!

Mas não deveríamos desfazer de nossos instintos, de nossos desejos e das coisas que acreditamos, se aquela certeza existe em seu peito, por alguma razão ela está ali... é bem verdade que quase sempre iremos enfiar os pés pelas mãos, criar regras, se perder nelas, outras vezes, as coisas não sairão exatamente do jeito que pensamos – ainda bem né?!

Mas isso também deve ser o que se chamam de viver! As vezes me assusto ao perceber que “apesar de tudo”, eu apenas sobrevivi durante muitos anos da minha vida... não que isso me chateie, foram graças a esses anos que talvez hoje eu possa ser capaz de reconhecer algumas coisas ao olhar, ao senti-las. Também não digo com isso que foi fácil, nem que é um caminho a ser seguindo, de forma alguma... provavelmente foi o caminho mais pesado ou penoso, mas foi o melhor que eu pude, ou achei que podia, fazer naqueles momentos.

Uma vez eu vi em um centro espirita, uma plaquinha simples, impressa em papel A4 onde se podia ler: “Tudo Passa!”... Intrigante aquela plaquinha, entre tantas mensagens tão maravilhosas, aquela me marcou. Tempos depois eu viria a entender que passa mesmo! Basta acreditar, ter uma pitada em fé em alguma coisa, e seguir em frente... mesmo quando temos vontade de parar, de voltar ou sequer sabemos para onde estamos indo...

Minha única reclamação se posso chamar assim, é que os momentos bons sempre parecem passar mais rápido que os “não-bons”, mas talvez seja justamente por isso que eles sejam bons, não é?! [hehehe]

E se tudo passa, é sinal que algo novo começa, ou recomeça, e por isso não podemos esquecer-nos de estar prontos e atentos a esse delicioso convite que é a vida...  e sem que a gente perceba a gente se encontra!


E cá estou de volta... Latinha Reloaded!!!

Este deveria ser um PPA (Puta Post Acumulado), mas acho que terei que ir contando aos poucos, vale registrar que a viagem à Brasília foi super show e o regresso me reservava mais uma grata surpresa, mas nem só de momentos bons vive um Latinha e algumas questões surgiram para disputar a atenção, mas como eu disse, tudo passa!

E assim... vamos indo... e a gente vai se falando! ;-)

Daylight

Hoje eu estava dando uma olhada nas atualizações de uma rede social, como diriam os jornalistas, quando uma amiga publicou uma versão legendada da música Daylight do Marron5, não sei porque, pode ter sido algo que eu tenha comido [kkk], mas boom!
Foi quase como uma viagem no tempo...

Confesso que foram raras as menções a esse "Ele" aqui no blogue, por enquanto, mesmo que algum tempo já tenha passado, tudo ainda é muito recente e vivo... então...

Mas, uma viagem, que por coincidência é a mesma que farei depois de amanhã (sexta-feira), o traria até aqui... seu voo, em um horário de certa forma inconveniente, o obrigaria pernoitar na cidade e como um bom samaritano, eu me ofereci para ajudá-lo, ele passaria a noite na minha casa, onde seu carro ficaria até sua volta.

Fui encontrá-lo após o trabalho, posso descrever a roupa que Ele usava, e lá fomos para minha casa... passariamos a noite conversando, assunto nunca faltou entre nós. Daria tudo para senti-lo novamente junto ao meu peito, enquanto conversavamos... meu reino por mais um daqueles beijos, que tantas vezes me inebriaram... Ninguém dormiu aquela noite, para ser sincero, nem vi as horas passarem... e como nos contos de fada, temi pela chegada do novo dia. Não foi uma noite de [cof cof cof] amor... mas foi uma noite em que duas pessoas, se permitem conhecer, em que compartilham um momento.

A madrugada seria a testemunha do último abraço naquele aeroporto... 
Vi seu avião decolar, em um céu que parecia ter sido pintado a mão, fiquei vendo até que ele se misturasse as estrelas que saudavam o novo dia... e o aperto no coração, parecia tentar me alertar para o que viria.

Mas a verdade é que aquela sempre foi, e pelo jeito será, a minha noite especial, e infelizmente foi como diz a música:

Isso é muito difícil, porque sei que
Quando o sol chegar, eu vou embora
Este é o meu último olhar
Isso em breve será uma memória.

Uma bela memória...


Business & Pleasure

Primeira fase das andanças foi completada com sucesso!

Terminada algumas reuniões que eu tinha na sexta-feira, podemos dizer que a viagem realmente começou, e creio que a palavra de ordem foi... Envelhecer!

Interessante ver a ação do tempo, sobre as pessoas, sobre as relações, sobre a vida em geral... como eu disse no outro post, uma das missões da viagem era "levar" meu pai para passear,  o que incluía vistar algumas pessoas amigas de longa data e que há tempos não víamos pessoalmente. Para muitos, isso pode parecer meio chato, mas confesso que eu até gosto... desde sempre, eu converso com os amigos do meu pai, então hoje, que a maioria deles já são "senhorezinhos", acho interessante conversar com eles.

O primeiro amigo que visitamos, ainda em São Paulo, fazia muitos anos que eu não o via, só tinha notícias pelo pai... confesso que fiquei surpreso ao reencontrá-lo... a visão que eu guardava dele, provavelmente de algum almoço em casa quando eu era criança, era a de um homem, "amigo do meu pai". E de repente, encontro um "senhorzinho", ainda ativo e bem disposto, cuidando de sua própria empresa, mas que já apresenta na pele as marcas do tempo e, cabelos bem branquinhos! Caraca, meu pai não tem os cabelos brancos, apesar da idade, ele ainda esta um pouco grisalho apenas e talvez seja por isso o meu espanto inicial.

Outro ponto alto da visita, foi a casa de um amigo de infância ele, dessa vez em Campinas, sabe aquela casa que você ia criança?! Foram várias festas de Natal, aniversários, almoços de domingo, casamentos, em que estivemos juntos. Cresci chamando-os de Tio e Tia, e lá me sinto tão a vontade, que já havia voltado outras vezes sozinho, e dessa vez, com o meu pai, a coisa foi como das outras vezes, é como se por uma tarde, eu tivesse a chance de voltar no tempo.

A casa, os móveis, a dinâmica da coisa toda... o café da tarde preparado, que apesar do delicioso bolo de chocolate que havia sido feito, parecia que a qualquer momento veria sob a mesa aquele "famoso" rocambole [com goiabada] que a Tia sempre fazia e que eu adorava!

Infelizmente, o tempo também tem seu preço... teria sido uma tarde igual aquelas de antigamente, não fosse a lembrança daqueles que já partiram ao longo desses anos e das histórias de doenças, e hospitais, que sem fazer cerimônia passaram a ganhar maior espaço nas conversas. 

De qualquer forma, fiquei feliz em vê-los conversando... além da certeza que quase sempre não somos capazes de reconhecer a sorte que tivemos [ou temos], serviu para reforçar a certeza que quando temos amigos de verdade, não importa a distância, ou os dias que se passaram, sempre é tempo de poder "viajar"! 

E agora, vamos a segunda fase... novos destinos, novas cores, novas histórias, novas conversas...

Este vento que está soprando as ondas
Continuará soprando depois que todos se forem
E o mar revolto e os sussurros do mar
Ainda estarão aqui quando outros dias vierem
A areia da praia, transformada em torres pelas crianças
Ainda estarão aqui, mesmo depois de crescermos
E este sol que desaparece tão de repente
Ainda irá iluminar outras vidas
Nem tudo o que existe é levado pelo vento
Nem tudo está morto e enterrado na areia
Banhado pelos oceanos
Melhor não saber tudo
Para seguir em frente, sem perguntar tanto
Para cair, para levantar, sem ter que lembrar
Para dar amor, dar amor