Senhores, em suas marcas...


"Apesar das ruínas e da morte
Onde sempre acabou cada ilusão
A força dos meus sonhos é tão forte
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos estão vazias"
(Sophia de Mello Breyner)


O tempo é uma coisa engraçada, cada um de nós tem seu tempo...

Tempo de se descobrir, tempo de amar, tempo de se curar, tempo de mudar. Inevitavelmente o tempo de cada um há de chegar, na grande maioria das vezes não temos paciência para esperar que as coisas se encaminhem, mesmo porque a vida não se guia pelo "nosso tempo".

Seja o que for que por ventura esteja esperando (trabalho, um amor (ou vários, ehehe), um momento, uma vida de verdade, o que seja), no momento certo elas virão, por mais que aparentemente estejam demorando. Acredito que nunca devemos perder a confiança de que elas chegarão, e não se trata de conformismo, cada um tem o dever de favorecer o seu tempo. Alguns são mais rápidos para aprender as lições e conseguem acelerar esse relógio. Outros, antes de mais nada, precisarão aprender a acreditar em si próprios, para que então o tempo possa chegar.

O tempo causa um efeito estranho em nossas vidas, a grande paixão de ontem torna-se o completo estranho de hoje, os tempos de tristeza e angustia dão lugar a tempos de alegria (e vice-versa) e vida continua seguindo seu curso.

Que todos consigam encontram em si, a força, a coragem e a perseverança para lutar por tudo o que acreditam e querem, transformem-se em merecedores de tudo o que desejam.

Façam dessa, uma ótima semana! ;-)

(Inté)

UPDATE:

* Não sei para vocês, mas para mim, Domingão é um dia esquisitíssimo para mim... sem falar que me dá insônia!!! (o duro é que amanhã as 07h30 já tenho que na labuta.
* Eu tentei colocar os comentários em dia, mas o Blogger definitivamente tem alguma coisa contra mim...
* Meu amigo me ligou!!! Aquele que eu achei que estava estranho comigo, comento sobre isso depois.

Abração apertado... boa semana!

The show must go on...

"Estamos atendendo!" ;-)

Vi essa chamada na página do UOL e fui atrás para ver do que se tratava, de certa forma a carapuça me serviu. Devo confessar que sempre fui avesso (preconceituoso mesmo) com relação a psicologia, como sempre queimei a língua. Quando estava na faculdade tinha várias amigas psicólogas e entre um "xaveco" e outro, passei muitas noites fazendo testes psicológicos para elas, ehehehe.

Sabe que mudei minha forma de pensar... ehehe

Abraços a todos (e muito obrigado!).

(Inté)


Se eu não tivesse certeza que não fui em nenhum terapeuta, jurava que ele estava falando de mim... [Notícia original - G Magazine]

Solidão e Auto-suficiência: os dois lados da mesma moeda

"A queixa do novo paciente não diferia muito da de tantos outros que me procuram com o desejo de fazer psicoterapia. Na faixa dos trinta e poucos anos, personalidade atraente, bem-resolvido em relação à sua orientação afetivo/sexual, encaminhado profissionalmente e com um razoável círculo social, esse paciente não consegue entender porque continua sozinho. Como geralmente acontece na primeira entrevista nesses casos, ele passou boa parte do tempo discorrendo sobre as dificuldades “externas”, ou seja: como é difícil encontrar alguém verdadeiramente interessado em um relacionamento sério, como o meio gay é promíscuo, como os outros são complicados, etc. No meio disso, apenas um questionamento autocrítico: será que sou muito exigente? Com o passar do tempo, à medida que as sessões foram transcorrendo e que pudemos ir nos aprofundando na sua psicologia, vários aspectos, entretanto, até então completamente desconhecidos para ele vieram à tona. Foi aos poucos se lembrando de fatos e situações da sua infância que pareciam não ter muita importância, mas que voltavam agora sob um novo ângulo. Junto com essas lembranças, vários sentimentos, alguns não muito agradáveis, foram revividos e, com eles, emoções carregadas de afeto puderam se manifestar mais livremente. Percebendo-se desde muito cedo diferente dos outros meninos (irmãos incluídos) e sentindo-se como se não pertencesse àquela família, ele foi desenvolvendo um quadro de isolamento, permeado por inúmeras fantasias de fuga. Entre elas, a de que um dia seus pais verdadeiros viriam buscá-lo. Nesse processo de escape de uma realidade com a qual não sabia lidar adequadamente, refugiava-se em livros e filmes. Foi ficando cada vez mais solitário, mais fechado num mundo próprio no qual era o único habitante de carne e osso. Com o decorrer dos anos, a socialização escolar o obrigou a desenvolver recursos de interação com outras crianças, mas ainda assim sem nenhuma conexão afetiva muito significativa. Os anos da adolescência, como não poderia deixar de ser, foram bem mais difíceis por envolver todas as complicações decorrentes de se descobrir homossexual e de ter que lidar com elas, mais uma vez, de forma solitária. Agora, a fuga não estava apenas nos livros e nos filmes, mas, sobretudo, nos estudos aos quais passou a se dedicar com enorme afinco. Brilhante, passou no vestibular, concluiu o curso com sucesso e ingressou numa ótima organização na qual vem fazendo carreira. Sua auto-estima se elevou, ganhou o respeito da família e, depois de muito sofrimento interno, assumiu-se para eles. Eles o aceitaram de forma condicional: tudo bem, desde que mantivesse a discrição e o assunto ficasse à distância. Escolhi esse caso para comentar por seu caráter recorrente na clinica homossexual. Evidentemente o simplifiquei bastante para adequá-lo ao objetivo deste espaço. Esse paciente, assim como muitos outros que atendi ao longo dos anos, acabou caindo numa armadilha complicada. Como forma de compensar aspectos de sua psicologia que não puderam ser integrados à sua personalidade consciente (tais como sua sensibilidade e criatividade) desenvolveu-se psicologicamente de uma forma unilateral. Ou seja, investindo boa parte de seus recursos psíquicos na construção de uma persona fortemente atrelada ao campo profissional. Com isso, para ser bem-sucedido e, portanto, aceito pela família e respeitado pelos amigos, teve que deixar de lado os aspectos mais afetivos e relacionados à capacidade de troca e de estabelecimento de intimidade emocional. Crescendo na solidão de uma vida que não parecia ser a sua, precisou criar mecanismos poderosos de defesa para atravessá-la de forma satisfatória. Compreendeu muito cedo que só seria amado se pudesse atender às expectativas familiares e sociais e que, em última instância, não poderia depender de ninguém. Tornar-se auto-suficiente, financeira e, principalmente, emocionalmente, reduziria sua vulnerabilidade e o colocaria numa posição de controle sobre sua própria vida. O problema dessa “estratégia” psíquica é que, no outro lado da auto-suficiência defensiva, podem estar os verdadeiros motivos para a sua solidão amorosa. Incapaz de se arriscar e de se lançar na experiência nebulosa do amor sem estar sempre com os dois pés atrás, cada tentativa frustrada reforça sua crença básica inconsciente de que não pode mesmo contar ou depender de ninguém. E com o tempo, se nada mudar, é bem possível acabar mesmo acreditando que pode viver muito bem sozinho. Será?"

Klecius Borges é Psicólogo (CRP 06/6283) e atua em terapia afirmativaterapiafirmativa@uol.com.br
O Galileu nunca foi um cachorro que teve consciência de classe, ele realmente acreditava que era parte da família, e como aproveitou sua vida. Me lembro do dia que fui buscá-lo, ele tinha exatos 45 dias (Fevereiro de 2000), cheguei na casa da veterinária e enquanto conversávamos, vejo passar resmungando pela sala uma porcheria dourada. Com um "teco" de focinho amassado, parecia calçar um par de meias brancas, enfim, a coisa mais linda! Minha irmã se abaixou e fez um gesto e prontamente ele veio e pulou em seu colo. Pronto, amor à primeira vista!

Definitivamente ele era um europeu, tinha o bom gosto francês para a comida (enquanto os demais cachorros voavam na comida, ele não comia nada que sem antes dar uma boa cheirada, e se notificar se não havia algo mais interessante que sua ração), tinha a engenhosidade alemã (sabia roubar comida como ninguém, aprendeu abrir as portas dos quartos quando queria um lugar mais calmo para dormir e muito cedo aprendeu onde os biscoitos ficavam) e por fim tinha um certo ar esnobe como os ingleses - além de fazer um ar blazé, se houvesse visitas em casa, ele fazia questão de passar pelo meio da varanda, a passos lentos, como se ninguém estivesse por alí.

Também não pedia carinho, simplesmente vinha e parava ao seu lado, como quem diz...
"Estou aqui, se quiser alisar... pode... mas, não estou pedindo nada".

Comigo, era diferente... afinal, tinha regalias. Com livre acesso ao meu quarto, quando alguém descobria algum buraco no quintal, ou minha mãe percebia que mais uma de suas roseiras tinha sido podada por ele, lá vinha o "foguete dourado" correndo para dentro do meu quarto, como quem diz, aqui ninguém me pega. Parceiro nas noites de insônia, assistimos muita tv juntos, fazíamos a "ronda" pela cozinha e fizemos muitos trabalhos madrugada a dentro, eu no computador e ele deitado embaixo da mesa.

Também me aprontou várias!!! Como a vez que deixei-o preso no meu quarto e qunado voltei descobri que ele havia puxado todas (t-o-d-a-s) as minhas notas de aula e solenemente feito xixi sobre elas. Certa vez, em um fatídico churrasco, notamos que a carne havia sido pouco, visto que diferente do que acontecia não haviam muitas sobras. O que fomos descobrir no outro dia é que, no melhor estilo "while you're sleeping" (enquanto você dormia), Galileu deu uma de Missão Impossivel e roubou da cozinha o maior pedaço de carne assada... terrivel. Sem mencionar os 3 anos que paguei para um treinador, costumo dizer que no final, era ele quem treinava o treinador.

Atualmente, sua paixão eram os biscoitos...

Sentirei falta das travessuras que ele aprontava, sentirei falta da festa ao chegar em casa, sentirei falta da companhia... mas, é a vida, uns vão outros vem, apesar de para mim ele ser meu "Super Mega Dog++", tenho que admitir que ele "apenas" mais um cachorro....

Epitaphìus
Galileu, Beloved Dog
(11/1998 - 08/2007)
Deixa um dono arrasado, uma família um tanto quanto chorosa, e umas 2 dezenas de filhotes espalhados pela cidade. Nos seus 8 anos de vida construiu uma extensa lista de estripulias e de muitas lembranças felizes. Adeus Amigão...

O Avesso da Vida

...Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
e não tivesse mais irmandade com as coisas...

...Estou hoje perplexo,
como quem pensou e achou e esqueceu...


...Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!

E há tantos que pensam ser a mesma coisa
que não pode haver tantos!...

...Fiz de mim o que não soube
e o que podia fazer de mim não o fiz...

(Tabacaria, Fernando Pessoa/Álvaro de Campos, 1928)


Infelizmente minha semana não vai ser boa, meu cachorro terá de ser sacrificado. Tento me acostumar com idéia, pensar em algo que abonasse minha culpa, mas a dor na boca do meu estômago não diminui. Sinto-me um traidor a cada afago que lhe faço no pêlo e a cada "arte" que o vejo fazer fatalmente penso se aquela foi a última vez.

Enfim...

Abraços a todos!

(inté)

Until now, so far so good.

"Tenho fases, como a lua
fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vem,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)

No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desaparece..."
(Cecília Meirelles, Lua Adversa)


Devo não nego, comento quando puder! Ando meio sem inspiração para escrever ou comentar. Apesar das coisas não estarem assim, um espetáculo! Nem posso reclamar de nada, está tudo dentro dos conformes... (Inté)


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não
ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem

não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do

hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.


Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o

negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um
redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos
olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz,

quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um
sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da

sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de

iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não
responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Morre lentamente...

(Pablo Neruda, Morre lentamente)

You body is wonderland

Final de semana chegando... MAS, ainda vou trabalhar agora a tarde... ou seja, "a luta contra o crime nunca acaba". Sem problemas, eu nem queria ficar em casa mesmo, passar a tarde enrolado no meu super edredon vendo montes de filmes e tendo pensamentos "mundanos". ahuahuahua

Enfim, lá vou eu de novo... em retaliação, depois do trabalho, vou a minha cafeteria favorita me afundar em uma xícara de expresso (bem forte!) com direito a uma fatia de bolo de nozes quase obsceno que tem por lá, super light é claro!

Por falar em pensamentos mundanos, estou com saudades...
Saudades de um corpo, para ser exato... vai ser uma longaaa taaarrrdeeee.... ;-)

"Temos a tarde inteira
Você reservou este quarto pra nós dois
Só tenho uma coisa a fazer
É me descobrir
Descobrindo você

Uma milha
Para cada polegada
Da sua pele, que parece porcelana
Seus lábios doces como uma bala
E sua língua de chiclete

Porque se você quiser amor
Nós o faremos
Num mar profundo de cobertores
Desfaça todos os seus grandes planos
Nós vamos demorar..."

Bom final de semana a todos, um abraço apertado para cada um.
Pais de plantão, minhas sinceras felicitações pelo vosso dia.

(Inté)

Não existem homossexuais

Adorei esse texto publicado no caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo de hoje (08/08), muito bom!

Não existem homossexuais
JOÃO PEREIRA COUTINHO
Acreditar que um adjetivo se converte em substantivo é uma forma de moralismo pela via errada

NÃO CONHEÇO homossexuais. Nem um para mostrar. Amigos meus dizem que existem. Outros dizem que são. Eu coço a cabeça e investigo: dois olhos, duas mãos, duas pernas. Um ser humano como outro qualquer. Mas eles recusam pertencer ao único gênero que interessa, o humano. E falam do "homossexual" como algumas crianças falam de fadas ou duendes. Mas os homossexuais existem?

A desconfiança deve ser atribuída a um insuspeito na matéria. Falo de Gore Vidal, que roubou o conceito a outro, Tennessee Williams: "homossexual" é adjetivo, não substantivo. Concordo, subscrevo. Não existe o "homossexual". Existem atos homossexuais. E atos heterossexuais. Eu próprio, confesso, sou culpado de praticar os segundos (menos do que gostaria, é certo). E parte da humanidade pratica os primeiros. Mas acreditar que um adjetivo se converte em substantivo é uma forma de moralismo pela via errada. É elevar o sexo a condição identitária. Sou como ser humano o que faço na minha cama. Aberrante, não?

Uns anos atrás, aliás, comprei brigas feias na imprensa portuguesa por afirmar o óbvio: ter orgulho da sexualidade é como ter orgulho da cor da pele. Ilógico. Se a orientação sexual é um fato tão natural como a pigmentação dermatológica, não há nada de que ter orgulho. Podemos sentir orgulho da carreira que fomos construindo: do livro que escrevemos, da música que compusemos. O orgulho pressupõe mérito. E o mérito pressupõe escolha. Na sexualidade, não há escolha.

Infelizmente, o mundo não concorda. Os homossexuais existem e, mais, existe uma forma de vida gay com sua literatura, sua arte. Seu cinema. O Festival de Veneza, por exemplo, pretende instituir um Leão Queer para o melhor filme gay em concurso. Não é caso único. Berlim já tem um prêmio semelhante há duas décadas. É o Teddy Award. Estranho. Olhando para a história da arte ocidental, é possível divisar obras que versaram sobre o amor entre pessoas do mesmo sexo. A arte greco-latina surge dominada por essa pulsão homoerótica. Mas só um analfabeto fala em "arte grega gay" ou "arte romana gay". E desconfio que o imperador Adriano se sentiria abismado se as estátuas de Antínoo, que mandou espalhar por Roma, fossem classificadas como exemplares de "estatuária gay". A arte não tem gênero. Tem talento ou falta de.
E, já agora, tem bom senso ou falta de. Definir uma obra de arte pela orientação sexual dos personagens retratados não é apenas um caso de filistinismo cultural. É encerrar um quadro, um livro ou um filme no gueto ideológico das patrulhas. Exatamente como acontece com as próprias patrulhas, que transformam um fato natural em programa de exclusão. De auto-exclusão.

Eu, se fosse "homossexual", sentiria certa ofensa se reduzissem a minha personalidade à inclinação (simbólica) do meu pênis. Mas eu prometo perguntar a um "homossexual" verdadeiro o que ele pensa sobre o assunto, caso eu consiga encontrar um no planeta Terra.

Viajante do Tempo

Bom, esse post foi escrito a um certo tempo atrás (30/06), junto com ele existem outros que estão em um "calabouço" onde deixo alguns rascunhos, em sua maioria são meus devaneios e observações.

Decidi que vou "resgastá-los"! Assim, vez por outra (quando der na telha), vou publicá-los do mesmo jeito que os salvei, vão com os erros, omissões, palavras comidas e tudo mais, quando muito suprimirei alguns erros ou fatos que julgar desnecessários, tá bom, é censura mesmo!!! hauhauahua

Abraços a todos... ;-)

"Existem pessoas que chamam a atenção pelo simples fato de existirem, impossível ficar indiferente ao Poison, por exemplo, e duvido muito que ele passe desapercebido por qualquer lugar que vá. Outros, chegam devagar, "tímidos" e de repente capturam a atenção das pessoas - caso do nosso amigo Oz, seja pelo jeito, seja pelas palavras, também vai acabar atraindo olhares e atenção. E também não poderia faltar aqueles que chegam a 15 segundos da bomba explodir o mundo e com um chiclete e a tampa da caneta Bic salvam todo mundo, são os Jack Bauer da vida, né Edu, fala pouco, mas quando fala resolve a questão.

(E olha que em todos os casos, nem estou considerando atributos físicos, hein!!!) ;-)

Eu estou entre as pessoas que observam.

Bom, também sem namorar a tanto esse tempo, eu tinha que descobrir algo para fazer, ahuahuahua. Mas falando sério, eu sempre fui um bom observador, de certa forma isso acabou se refletindo na minha vida profissional, eheheheh. Essa minha característica ficou mais acentuada, durante a época que eu viajava.

Tudo começou em 2002, quando eu comecei viajar a trabalho, nessa época eu viajei toda semana durante o ano todo, trabalhava até quarta-feira em um lugar, quinta e sexta-feira estava em outro. Nesse período fiz grandes amigos, éramos 9 e com o tempo houveram casamentos, fim de casamentos, nascimentos, falecimentos e isso tudo foi nos aproximando cada dia mais. Hoje estamos um pouco distantes, não temos mais atuando em grupo ainda mantenho contato com eles, mas tenho certeza de que se um de nós precisar, todos podem se juntar novamente para ajudar.

Nessa brincadeira toda, além das horas, milhas e kilometros acumulados, tenho uma vasta experiência com rodoviárias e aeroportos. Já deu para perceber que eu poderia ser qualquer um daqueles lacônicos leitores de jornal que fica sentados nos cafés olhando para o nada. Por cima do meu jornal já vi despedidas, encontros, re-encontros, já vi o dia amanhecer depois de uma noite esperando o vôo, já passei medo, já dei risada.


Isso teve dois reflexos em minha vida, o primeiro é uma coisa meio esquizofrênica, mas que eu gosto/gostava quer o fato de ter duas vidas, mesmo que por um curto período, eu podia simplesmente colocar uma placa de "volto logo" e me transformar em outro. Deixava minha roupa de responsável trabalhador, filho e tudo mais pendurada em casa, e me transforma em um mero "popular" pelas ruas, mais um rosto na multidão. Ninguém me conhecia, eu não conhecia ninguém e podia colocar minha mochila nas costas e simplesmente caminhar por ai.


Mas isso também teve um reflexo negativo, que apenas muito tempo depois fui perceber. Hoje eu não pertenço a nenhum lugar, eu não tenho raízes. Meus amigos estão espalhados por vários cantos do país, eles são maravilhosos, mas às vezes a gente precisa de alguém perto. Eu sempre fui meio independente, tímido e desconfiado, eu sempre quero saber onde estou pisando - o que não raro me rende umas observações como metido, individualista, chatinho ou esquisito.


Com alguns eu tive a oportunidade de desfazer essa má impressão, outros, infelizmente não.


Engraçado que essas viagens continuam presentes em minha vida. São Paulo já é um destino certo para os próximos dias, na volta ou de lá mesmo eu vá para outro destino... Brasilia!? Talvez, mas acho que vou deixar o "famoso vento norte" me ajudar.

Em todo esse tempo, houve uma única vez onde deixei que meu coração fosse o condutor, me permiti sair do meu mundo e me aventurar no mundo de verdade. Foi diferente, é algo que vou me lembrar por muito tempo e de onde tirei várias lições. E o coração?! Bom, ele nunca mais foi o mesmo, como tudo o que fica preso por muito tempo, trompou, caiu, se machucou até aprender a lidar com tanta coisa nova, mas acredito que tem se tornado mais forte, tanto que sonha por outros momentos de liberdade.


As vezes me sinto como um Viajante do Tempo, que andou por diversos lugares, conheceu diferentes pessoas e no momento em que estou diante daquele grande painel de partidas, com minha indisfarçavel cara de menino criado pela avó como diria minha irmã, fico pensando que a cada dia se faz mais próximo o momento de escolher "um tempo" para viver, e meu peito se angustia com a incerteza sobre para qual portão de embarque devo me dirigir.

(interrompido)"

Que venha a segundona!!!

"Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja.
Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)

(Inté)

"Não precisa mudar..."

Eu, Latinha, pelo poder a mim investido e no uso das atribuições que o cargo me confere, declaro que hoje é "Coffee Day"!!!! uhuuu oilerê.

Já adiantei o planejamento das atividades de hoje e como vou trabalhar somente a noite, durante a tarde me jogarei (como diria o Sun) pela cidade. Já fiz uma lista no melhor estilo "things to do" e lá vou eu!!! Vou aproveitar para comprar umas coisas que estou precisando, tomar o bom e velho café e por ai vai.

Hoje amanheci com uma música nas orelhas, engraçado como tem músicas que marcam a gente, essa em especial marcou uma viagem que fiz recentemente. Me lembro de estar dirigindo, calor, vidros abertos e nós cantarolando dentro do carro que nem uns insanos essa música. Ela também me lembra um amigo querido, que é uma peça rara (em todos os sentidos), que eu não sei bem de que lugar veio mas que eu espero ter por perto por muito tempo.

Enfim, sempre que eu escuto me vem coisas boas a mente...



Bom, vocês viram que eu ando em uma fase meio "perigosa", depois do "dirty dancing" de ontem e do jeito que a coisa anda, no próximo post vai rolar um momento Sidney Magal básico, ahuahuauaua.

"Tenho,
um mundo de sensações,
um mundo de vibrações
..."

Abração a todos!!!
(Inté)

Back to the Game

Senhores, façam suas apostas!

Tal qual "The Pinky and the Brain" eu estou de volta os porões do laboratório ACME às voltas com planos para tentar conquistar o mundo!!! Na verdade se conseguir chegar ao fim do meu projeto já vou ficar contentinho.

Até lá, estou sobre uma espécie de sursis jedi, o grande conselho jedi não vai me transformar em um mestre jedi apesar de eu já poder participar do conselho. A vida imita a arte?!

Momento Sessão da Tarde

Por falar em arte, hoje passou pela trocentésima vez Dirty Dancing (1987), como estava trabalhando em casa, foi possível chacoalhar os ombros entre um parágrafo e outro. Me lembrei do antigo desejo de ir fazer dança de salão, quem sabe ainda esse ano, "se me der nas ventas", eu vou chacoalhar meus esqueletos por ai, alguém tem um rodo para me emprestar, eheheh. Apesar da falta de coordenação, houve uma época que eu já dancei vanerão e polca paraguaia, ultimamente ainda rola uma valsa de vez em quando, rapaz "eclético".

"With my body and soul
I want you more than you'll ever know
So we'll just let it go
Don't be afraid to lose control, no
Yes I know what's on your mind
When you say, "Stay with me tonight"
Just remember

You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love because

I've had the time of my life
No I never felt this way before
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you "

Como diria um querido amigo, "só não peleia quem está morto", por isso vou tocar a corneta da 7a. cavalaria (já que equitação está na moda aqui no Brasil) e vou nessa.

Prometo colocar as visitas em dia!!! ;-)

(Inté)