A Wish

As vezes... a coisa é tão puxada, que deixamos de ter fé... não só a "religiosa", mas a fé no sentido mais amplo da palavra. A fé em nós, fé nos outros, fé que algo de verdade possa mudar... 

A um ano atrás, eu estava chateado e aborrecido, me via atado a um nó que não tinha a menor noção de como desatar! Me lembro que no brindo, durante a ceia, uma amiga que foi "incorporada" à família, me abraçou e desejou que nesse ano estivéssemos trabalhando novamente juntos!

E cá estou... 1 ano depois, eu mudei de emprego, de cidade, ... e somos novamente colegas, não trabalhamos geograficamente próximos, mas voltamos a ser colegas! Outra constatação é de que não raro, as soluções estão muito mais perto do que pensamos. Nos meus devaneios, eu fui para longe, pensei em atravessar o Atlântico, pensei em mudanças radicais... contudo, em mais um daqueles tapas com luva de pelica que a vida nos dá, todas as mudanças, radicais por muitas vezes, me levaram a apenas 300 Km do meu antigo quarto, até então meu reino encantado!

A vida e seus mistérios...

Talvez, a mensagem que eu queria deixar neste Natal à todos os meus amigos que por aqui passam, é a de acreditar! Não importa no que, mas acreditem... pois tudo pode mudar! No  instante seguinte...

Que a alegria e o carinho sejam fartos nas meses de vocês e que acima de tudo seja um noite especial para cada um de vocês!

Feliz Natal!!!

Então é Natal!!!


Confesso que eu já estava achando que ia rolar um momento Grinch esse ano... mas não é que hoje acordei "imbuído" na causa?! Pois é, acordei de tal forma que já queria sair abraçando todo mundo pela rua, tudo que era árvore...  

Acho que já era hora também, né?!
Aproveitei para um comprar umas lembranças que ainda precisava, por sorte, achei coisas no melhor estilo 3B (Boas, Bonitas e Baratas), acho que as pessoas vão gostar... Por muitas razões, esse está sendo um Natal diferente para mim, assim como o ano, estou tendo que fazer algumas adaptações... As vaquinhas não andam tão gordinhas como outrora, então é hora de por a criatividade para funcionar, o que não é de todo ruim, pois apenas exige um pouco mais de atenção com as pessoas... Mas acredito que elas vão gostar! Também estou feliz, porque teremos visitas neste ano!

Minha casa é meio que a Suiça dos meus amigos, quem está longe da família, quem já é divorciado ou ainda aqueles que por alguma razão não querem, ou não podem, passar com suas famílias, adotaram minha casa e funciona meio que como um refugio para eles. Fico feliz, primeiro, porque se as vezes é difícil juntar os nossos próprios parentes, pensa achar alguém que escolhe estar junto de nós em uma noite que querendo ou não é especial! Segundo, por toda a muvuca que isso sempre proporciona!

Tenho esperança que serão dias especiais!

Engraçado como a vida nos surpreende, parece que é só teimarmos um pouco que ela parece conspirar para nos mostrar o quanto nada sabemos sobre as coisas! E assim, de repente, nos vemos surpreendidos de formas que não poderíamos imaginar...  ;-)

"Não importa o quanto essa nossa vida nos obriga a ser sérios.
Todos nós procuramos alguém para sonhar, brincar, amar e
tudo o que precisamos é de uma mão para segurar
e um coração para nos entender"


(01h06) Update
Hoje foi a confraternização "da Firma", aquilo que todo mundo já sabe... colegas de diversas divisões vieram para a celebração. Eu estou fazendo a linha desencanado, não sei e não vi, cabem em todo lugar! Agora a grande ironia da noite foi porque tradicionalmente, no final da comemoração, que teve um show muito bacana, rola uns sorteios, sendo o grand finale, o sorteio de uma tv mega ultra power. Agora chuta quem ganhou a bagaça?! Pois é... sambei na cara de geral!!! kkk ;-)

Update 2 - Julieta...
Lembra do Julieta!? Pois é, como semana retrasada eu estive fora "da Firma", na segunda passada eu cheguei e como de costumei procurei ver como ela estava... na correria do dia-a-dia eu não via nem naquele dia, ou dias que se seguiram, fui ficando intrigado! Até que na sexta-feira, eu fui perguntar para uma funcionária que eu sei que também cuidava dela...

Ela meio que constrangida me disse que havia levado ela para casa, que levou para dar um banho, para evitar mosquitos e que tinha deixado ela lá, que tem um gramado e ela fica faceira brincando e, por fim, me disse que tava pensando, que não dava para levar e trazer sempre e por isso estava deixando ela lá! Resumindo, ela adotou a Julieta!

Fiquei feliz, gosto da cadelinha, eu mesmo se tivesse morando em uma casa eu teria levado ela... mas confesso que sinto falta da festa que eu ganhava ao chegar no prédio, corri na minha sala e catei as latinhas de comida que eu tinha mocado lá e entrei para ela levar... Espero que a  Julieta traga muitas alegrias para Ela, e que Ela possa dar conforto e carinho para a Julieta... sentirei falta dela! Agora tem o Romeu! kkk

Aqui, vai a última fotinho que eu fiz da Julieta... foi no dia em que fui viajar, eu tinha colocado comida para ela... e resolvi fotografar, mal sabia que seria a última vez que a veria... 

Inté...

The Bridge



 Pior do que "ser expulso" da nossa zona de conforto, é quando, de alguma forma, criamos a consciência de que é chegada a hora de deixá-la, mas como?! Se durante tantos anos fizemos tudo para construir esse lugar, buscando deixá-lo o mais parecido possível com a vida?!  

Por onde começar?! O que se faz primeiro?!


Visitando o passado, eu chego a conclusão que apesar de ter feito bastante, foram poucas pontes no caminho, talvez a última grande, tenha sido lá pelos meus 13 anos, quando deixei São Paulo, para uma temporada no interior, em uma pequena cidade distante 200 quilômetros de São Paulo - aquile fato teria grande impacto na minha vida. E com minha bicicleta, eu tinha todo um mundo novo a explorar, o que me rendeu uma clavícula quebrada! ;-)

Mas eu creio que esqueci esse garoto lá, quando tive que voltar à cidade grande, desde então, eu entrei em um modo "padrão", me esforçando ao máximo para seguir as regras "do livro". Nas coisas que eu acreditava não me encaixar, aprendi como adaptar de forma que aquilo fosse transparente, nas outras me esforcei para fazer "tudo certo".

Nessa brincadeira, a gente acaba se esquecendo da nossa própria história... já que temos que gerenciar tantas outras histórias, ainda que tudo tenha sido devidamente explicado e justificado. De início isso não parece tão problemático, já que parecemos ter tantos caminhos, que podemos passar desapercebidos... mas, para todos, chegará um dia em que nos deparamos com uma ponte... e surge uma questão, atravessar ou ficar?!

Talvez você até queira atravessar, afinal sabe que por melhor narrador que seja, seu repertório um dia findará... contudo, não faz ideia do que o espera do outro lado da ponte. Todos os seus cursos e pós-graduações parecem não tê-lo preparado para o que vem depois. Até mesmo porque você está relativizando, como sempre fez, afinal, de fato, ninguém sabe o que vem depois... e talvez seja justamente isso que se chame viver!

Do outro lado, de longe, você visualiza apenas uma pessoa, de quem além do semblante amigo, você sabe apenas o nome... 


Eu fiquei uma porção de tempo tentando ser "legal e maduro",
"uma presença leve e agradável" —
porque eu tô ainda muito inseguro de mim mesmo, e não acreditando
absolutamente que alguém possa me curtir bem assim como eu sou.
Eu não tenho quase experiência dessas transações, me enrolo todo,
faço tudo errado — acabo me sentindo confuso.
Tudo isso é tão íntimo, e eu já estou tão desacostumado de
me contar inteiramente a alguém, tão desacreditado
na capacidade de compreensão do outro, sei lá,
não é nada disso, sabe? 
Conviver é difícil — as pessoas são difíceis — viver é difícil paca."
(CAIO FERNANDO ABREU)

Pensamentos soltos...

As vezes a gente olha ao redor e, por mais pessoas que possam estar nos cercando, por um momento, nos sentimos só... talvez seja por saber que nenhuma daquelas pessoas está ali por você, mesmo quando você, ainda que sem querer, esteja lá por alguém.

Em momentos como esse, pouco importa se no futuro teremos alguém, se no passado já tivemos ou ainda se vamos encontrar alguém no minuto seguinte... o fato é, que naquele instante nós estamos só! E contrariando todas as leis da física, aquele minuto parece ter a capacidade de parecer ser mais longo que todos os outros que o antecederam.

Não sei, mas acho que tenho me sentido só nos últimos dias... como diria Zeca Baleiro: "Ando tão a flor da pele, qualquer beijo de novela me faz chorar...". Pior que eu não tenho medo desse "estar só", afinal, "esse cara sou eu", sempre foi assim e que bom que foi assim, pois isso me levou a lugares que eu nem podia imaginar [e que se registre que não estou reclamando].

Mas se tem uma coisa que eu sempre achei bacana, são aqueles casais de velhinhos andando por aí, seja na pracinha, seja viajando, em que você percebe uma cumplicidade, mas do que um casal, são parceiros de uma caminhada. Pensando no teste da semana passada, talvez minha intransigência e intolerância seja em função de nunca ter aceitado  bem as chamadas "arte & manhas" do amor - onde muitos dizem A querendo falar B, omitem, mentem... Mais do que intolerante e exigente, eu acredito que sempre fui meio desconfiado sô.

E cá estou de novo... desde o último post, eu já voltei e retornei de novo... dessa vez, mais alguns kilometros por esse mundo de meu Deus... dessa vez, eu optei por ônibus, afinal... as vezes é um bom exercício se deixar conduzir ao invés de ser o condutor! ;-)

Enfim, pensamentos soltos... 



"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades, às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!!"
(MÁRIO QUINTANA)

Ainda que  possa parecer melancólico e cheio de dor de cotovelo, vale registrar que não é nada disso... são apenas pensamentos soltos mesmo, quem sabe decorrentes de uma noite meio mal dormida! 

8-P


Inté!!!