Um Ponto!


E mais uma vez lá estava o Outro....

Parecia estar ainda mais bonito desde a última vez que se viram, poucos dias antes... Ele, do canto do saguão, acompanhou-o com o olhar durante algum tempo, viu quando pegou sua bagagem e começou a vasculhar a sala com o olhar. Recostado em uma parede, Ele permaneceu estático, não demorou até que o olhar d´Outro encontrasse com o d´Ele.

Sorriram!

Apertos de mão, tapinhas nas costas, aos costumes começaram a conversar... e como conversam. Ele sempre se encantou com as sonoras gargalhadas que o Outro dava com as bobeiras que Ele costuma falar... Já em casa, o Outro sem cerimônias tomou posse do sofá, enquanto Ele preparava o café. Na "exótico", mas junto dividiriam a bancada, as últimas novidades, algumas risadas e pequenas confissões. Partilharam boa parte daquela manhã assim, até que era tempo do Outro completar a viagem... Ele, por sua vez, faria o "traslado"!  

Tal qual um ponto ao final de uma sentença, o abraço apertado no meio da sala fechava aquele momento, aquele encontro. Abrindo um novo parágrafo para eles... tinha em si a sensação de que o Outro lidava muito bem com a situação, Ele talvez ainda precise de um pouco mais de tempo para se habituar com as regras dessa nova "gramática"...

De qualquer forma, apesar das dúvidas, o clima entre eles não poderia ser melhor... Por uma ironia dessas da vida, Ele se deu conta que talvez Ele e o Outro estejam mais juntos do que jamais estiveram, mesmo quando ensaiaram ser um "Eles".

E no outro dia, lá estava o Outro novamente em seu sofá... 




"...I know who you are
and I love you so far..."



(I KNOW YOU - The Passersby)

Encontros



Perdas & Ganhos



"Não sei porquê, mas eu sei lidar mais com a perda do que com a posse.

Acho que é porque eu sempre perdi mais do que ganhei."


Vi essa frase em um texto, muito bacana por sinal, nesta semana. De certa forma ela ficou reverberando na minha cabeça nos outros dias, acho que no fundo me identifiquei, não que eu queira fazer o papel do "sofrido" aqui, mas confesso que a frase de certa forma fez todo o sentido para mim. 

Ainda que de verdade eu não considere que tenha "perdido" nada, muito pelo contrário, a sensação em alguns momentos foi a de perda mesmo. Mas a questão é que eventualmente também se ganha! E é nesse momento, que a frase me pareceu ainda mais "verdadeira", visto que nesses momentos acabo ainda mais perdido, inseguro e cheio de ansiedades. Nessas horas me dou conta que assim como as tais "doenças infantis", há na vida também situações em que precisamos ser expostos ainda jovens, sob o risco de termos sérias reações adversas quando somos mais velhos.

Mas tenho que reconhecer que tenho aprendido a lidar melhor, ou pelo menos tentado [ehehe], com tais situações. Ainda que a primeira reação seja a de voltar "a prancheta", mapear valores, rever cálculos e fórmulas para ajustar parâmetros, velocidade e curso, em algum momento tenho me dado conta que as vezes tudo o que é preciso fazer é deixar o tempo ser tempo e ir resolvendo as coisas on the fly.

-- x --

Momento "autocritica": Eu sempre me sai melhor onde os outros geralmente acreditam ser mais complicado ou então me seduzi por aquilo que normalmente não seduz a maioria das pessoas. São as improbabilidades como eu brinco, aquelas situações mais improváveis mas que eu vou lá e acabo conseguindo fazer "alguma coisa" inesperada.

Também tenho que reconhecer que eu fui o adolescente "mais velho" que eu já tive notícia até hoje, agora que já sou um homem feito, sou praticamente um "Benjamim Button" da vida e com o passar dos anos tenho a sensação de estar ficado mais leve, menos sisudo e mais jovem (eu espero!). Aliás, "ser jovem" parece que vai ser minha sina, minha aparência física nunca esteve de acordo com minha idade cronológica... E isso rende algumas situações interessantes, outras nem tanto. 

De qualquer forma, tenho que reconhecer que minhas improbabilidades, quase sempre tem como resultado a probabilidade mais clichê. Fato!

Mas quem sabe uma hora dessas, não é?! 

Enquanto isso, no meio tempo, vamos que vamos! kkk





"Eu achava estar pronto pra me apaixonar, mas na verdade só ter
desejo, não é ter encontrado o começar da paixão, uma pessoa muito
especial na minha vida falou pra mim que eu escrevia sobre paixão mas
não a queria de verdade, pensei, na verdade eu queria tudo vindo lindo
e prontinho, não estava pronto pra semear, fiquei frustado, pois
descobri que não sou um bom agricultor...
Uma outra pessoa me escreveu falando que eu não
sou agricultor e sim artista, e vejo que é muito difícil, você ter uma
visão a frente dos outros, uma visão apaixonante pela vida,
sentimental demais, extremista no orgulho, com medo da velha maneira
de se apaixonar... mas não posso dizer que sou auto-suficiente,
preciso encontrar o chão da minha árvore..."
(Desconhecido)



O menino de Humanas...


Já era fim de tarde, como eu iria ficar até mais tarde naquela segunda-feira "braba", resolvi ir até a cantina para tomar "aquele" café, necessário para dar coragem para as últimas duas horas que me esperavam naquele dia.

Lá chegando, me deixei seduzir pela apetitosa aparência de um salgado, a essa altura da vida eu já deveria ter entendido que aparência não conta muito nas relações, vale o que está por dentro! Mas, vamos que vamos... Me sentei em uma mesinha no canto, estrategicamente escolhida para ficar lá, quieto...  apesar do salgado não ser lá essas coisas, o café estava excepcionalmente bom, muito bem tirado!

E foi quando eu o vi!

Em pé, conversando com uma pessoa mais velha, provavelmente um professor (?)
Um típico "menino de Humanas"... magrinho, camiseta regata azul marinho, bermuda puxando para um tom de verde, chinelos, não era exatamente um menino a julgar pela barba que ostentava, bem aparada e de certa forma desenhada... talvez um "Q" de árabe?!

Fico admirado como ele parecia tão bem vestido apesar da simplicidade das roupas, como nossas mesas não eram tão distantes, pude ouvir um pouco da conversa... algo relacionado à políticas! Fiquei a observar os gestos, a forma como ele falava... definitivamente era alguém que conseguia prender a atenção. Deu vontade me juntar a conversa!

E dai olhei para mim, típico "menino das Exatas"... jeans, minhas botinhas e hoje, no auge da rebeldia, não estava usando camiseta polo, optando por uma funny t-shirt vermelha com o Homer Simpson no peito! Os óculos e o cabelo meio grande (eu devia ter cortado já) com certeza contribuíam para me deixar com mais cara de maluquinho.

Diferente da minha sede oficial, onde #somosTodosEngenheiros, o Campus onde passo a maior parte do tempo tem uma grande diversidade de cursos e por conta disso o perfil dos alunos é bastante plural, é muito legal conviver com essa diversidade.

Terminei meu café, conferi os últimos e-mails pelo celular e vi que novas pessoas chegavam para a conversa, na saída, enquanto ia deixar minha xícara no balcão, nos cruzamos na entrada, um sorriso, um aceno de cabeça e fui embora para o meu mundo de Exatas, quem sabe qualquer dia nos esbarramos de novo por lá...

Pedaços do meu dia nessa semana quente! 

E essa foi uma daquelas semanas em que não teve diversão! Geralmente eu diria que trabalho sem diversão fazem do Latinha, um chatão! Mas até que não posso reclamar, apesar da canseira, de ter sido naquele esquema de chegar de manhã e sair de noite, acho que o saldo ainda vai ser positivo!

E, "vamos que vamos"...

-- x --

Então, teve uma pessoa que me deixou um recado em um post mais antigo, queria agradecer e dizer que fiquei com muita vontade  de responder a mensagem. Por isso, quando essa pessoa ler esse post, queria pedir que se ela quiser me envie um e-mail (algernon.br@gmail.com), seria legal conversarmos. E como diria minha Abuela, tenha calma que tudo com tempo tem tempo! ;-)

(WE ARE YOUNG, Fun. feat. Janelle Monáe)

"...The moon is on my side
I have no reason to run
So will someone come and carry me home tonight
The angels never arrived
But I can hear the choir
So will someone come
And carry me home..."

I´m a weirdo


Tripulação, check de portas!

Foi só nesse momento que realmente me dei conta de tudo que tinha acontecido! Talvez a correria para antecipar o embarque em um voo mais cedo naquela tarde quente de domingo, não tenha deixado espaço para que tivesse a exata noção de tudo o que estava acontecendo. Foi naquele momento, já com os cintos afivelados é que o sangue "esfriou"...

Me dei conta que novamente, lá estava eu em uma situação que havia prometido a mim mesmo não passar novamente. Mas, de que vale a vida se a gente não pode quebrar uma ou outra promessa feita a nós mesmos, não é?! Assim, na mesma velocidade que o giro do motor aumentava prestes a decolar, aumentavam o número de pensamentos que passavam na minha cabeça...

Tal qual quem vai acordando de um sonho, o céu azul ensolarado foi dando espaço ao cinza sisudo que reinava naquela tarde em São Paulo, de volta a realidade das coisas! Confesso que não me importei muito, coloquei meu casaquinho de velho e caminhei em direção ao estacionamento. Se pouco mais de 24 horas antes eu cruzava aqueles mesmos corredores cheio de dúvidas e inseguranças, naquele momento eu trazia na mochila novas dúvidas e várias "outras coisas" a pensar e a organizar. Longos dias seria necessários até que pudesse começar a entender, estabelecer relações e conhecimentos.

Conforme era possível prever, várias xícaras de café, em silêncio, foram necessárias para [tentar] colocar a cabeça em ordem, várias outras pelo jeito ainda virão... 

Em meio as incertezas, em algum momento me dei conta de como havia reagido diferente dessa vez, não mais sentia o medo pela perda, mas experimentava um assustador bem-estar pela experiência vivida, ainda que isso fosse até mais assustador. Na minha vida, tenho aprendido que algumas coisas não se repetem, há ainda o fantasma do "quase", mas diante todas as possibilidades do futuro, eu esteja aproveitando o "só hoje".

E hoje, foi um dia muito bom!

Ao entrar no carro, a primeira música a tocar aleatoriamente foi uma velha conhecida, coincidentemente a mesma que tocou quando cheguei ao meu então destino! Impossível não lançar um olhar desconfiado para o rádio, enquanto virava mais um carrinho em meio a tantos outros carros...

(CREEP (Cover) - Brian Justin Crum)


"...
I wish I was special
You´re so fucking special
But I´m a creep, I´m a weirdo
what the hell am I doing here?
I don´t belong here
..."

Eu sou maior...

Quando o Latinha nasceu, eu andava em um momento "estranho" da minha vida... apesar de na época já ser um mocinho feito, eu ainda não tinha sido tocado por uma série de sentimentos, tais como: amor, desejo, atração. Naquele tempo, após ter experimentados alguns deles pela primeira vez, sentia uma dor que até então desconhecia... sentia a falta do que nem conhecia.

Foi então que apareceu o Latinha, como eu não tinha culhões para assinar um blogue com minha própria carinha de menino criado pela avó, ele me pareceu o melhor Avatar para aquela missão de tentar expor o que se passava, eu precisava falar e ele me representava, que conste dos autos que levei bons dias até chegar a conclusão de que Persona assumiria, até que cruzei com a figura do Homem de Lata... e nos encontramos!

Os anos se passaram, mas os sentimentos ainda estão lá...

O "jovem senhor" que eu sou hoje, vez por outra se reencontra com aquele "jovem sonhador" de outrora e juntos chegamos a conclusão de que ainda há muito a ser absorvido e entendido... Ainda há dias que nós nos perdemos, ficamos perdidos sem nem ao menos conseguir distinguir se o que estamos sentindo é dor ou é algo bom... E lá ficamos perdidos em pensamentos!

Se durante um tempo o Jovem Senhor ainda se parecia muito com o Jovem Sonhador, pelo menos nos últimos anos eles se distanciaram... e ainda que partilhemos dúvidas, inseguranças e alguns medos, hoje posso dizer que eu sou maior...


MAIOR - Dani Black feat. Milton Nascimento


"Eu sou maior do que era antes

Estou melhor do que era ontem
Eu sou filho do mistério e do silêncio
Somente o tempo vai me revelar quem sou..."

Até ;)

É Primavera...



E de repente a primavera chega, novas cores, invadem o cinza sisudo dos dias nublados. O Sol traz uma nova luz deixando essas cores ainda mais vibrantes, dando um toque especial a cada fresta, a cada canto... E assim, andando distraído em meio a esse montão de cores é que às vezes enxergamos aquela flor, algumas são mais exuberantes, outras mais tímidas, mas que por alguma razão nos chama a atenção e vencida a resistência de ir "inspecionar" mais de perto, começamos a conhecer aquele mundo, que para nós é tão novo.

Todas as flores possuem sua beleza, precisamos apenas ter olhos para ver. Para além daquelas que nos seduzem ao primeiro olhar, confesso que prefiro as “tímidas”, algumas vezes aparentemente mais simples, mas que quase sempre guardam em si uma beleza e mistérios únicos. E assim, instigado por um detalhe aqui, com a “complexidade” dos desenhos presentes em cada uma de suas pétalas, pelas marcas carregadas em seu corpo, vamos nos sentidos encantados por aquela rosa.

Tem Rosas que duram dias, algumas irão durar por apenas uma estação, há também as que só aparecem vez por outra, mas o mais importante é que todas elas nos tocaram em algum momento e assim, sempre deixam uma nova cor, um novo perfume em nossa vida...

E isso é sempre muito bom...
 
“... e então aconteceu: do fundo de meu coração, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E não havia jeito de obtê-la. [...] no meio do meu silêncio e do silêncio da rosa, havia o meu desejo de possuí-la como coisa só minha.
Eu queria poder pegar nela.
Queria cheirá-la até sentir a vista escura de tanto perfume...”

(CLARICE LISPECTOR, em Cem Anos de Perdão)



I´m back! :)


On the Road!


(Fast Car - Tracey Chapman)

Relembrando os "velhos" tempos, estou viajando... Já fui, já voltei e estou indo de novo! As vezes acho que minha vida é meio que uma mistura de chegadas e partidas, estar em muitos lugares e não pertencer a nenhum, mas uma hora falo mais sobre isso.

E estamos em Setembro! 

Até breve! :)

A Resposta...

Então...



Vi essa imagem alguns dias atrás... desde então estou intrigado com ela... confesso que eu não sei a resposta! Tem o que eu acho certo pedir, o que eu gostaria de pedir, o que eu creio que mereça pedir e no fim não ia pedir nada...

Reconheço que esse é o tipo de coisa que eu poderia passar dias (como estou pensando) [kkkk], não sei de onde a gente aprende que não pode errar ou se arrepender das escolhas que faz, mas... é muito custoso, pelo menos para mim...

Teoricamente eu poderia pedir o que eu quero e, simplesmente, foda-se! Se deu certo deu, se não deu, tudo bem...  

Mas vai fazer isso na prática!


Muy bien, no meio tempo, hora de voltar para casa... mas nem vou desfazer a mala, porque já chego com dia para partir novamente. Como nos velhos tempos, eu diria...

E assim... levem casacos nos próximos dias, porque tipo... eu tenho um encontro!

Grande semana... 

Coisas a Fazer!

Vi isso no facebook e achei bacana, resolvi colocar aqui para ver a quanto andam as coisas...  ;-)


Se apaixonar ?  
(Esse item está sob análise, apesar dos ensaios acho que ainda não posso considerar como feito)

Casar  
(mas se eu nem apaixonei, gente)

Separar 
(vou ignorar!)

Faltar a escola  
(Já faltei, mas que conste dos autos do processo que eu sou aquele que sempre tem mais de 95% de presença nas disciplinas)

Ver alguém nascer ✔ 
(Acompanhei a chegada do meu sobrinho, não "literalmente", mas tava no fervo)

Ver alguém morrer 
(Infelizmente, já)

Andar em uma ambulância 
(Graças a Deus, não)

Visitar o Nordeste  
(Salvador, Olinda, Natal)

Conhecer o Sul 
(Só fui até Florianópolis)

Visitar os EUA 
(Não, na vez que eu tive problemas com a companhia área e não viajei. Falar nisso preciso renovar meu visto.)  :P

Conhecer Paris 

Conhecer Londres 
(Quem sabe quando for a Portugal?!)

Visitar a África 
(Nunca pensei...)

Conhecer a China
(Poucas chances disso acontecer)

Conhecer Buenos Aires 
(Chances de marcar esse item ainda esse ano.)

Aparecer em um filme 

Aparecer na TV  
(Érr... como dizer... além de já ter aparecido em um programa infantil quando era criança. Eu já dei entrevista por conta de um projeto) #maeToNaGlobo

Se apresentar numa peça de teatro  
(Fui o lobo mau na peça da pré-escola. EEPG Brasílio Machado (SP), a long time ago. Tenho fotos!)

Se apresentar num espetáculo de dança  
(Eu e dançar na mesma frase não dá muito certo!)

Dançar na chuva  
(Claro! E adoro tomar banho na chuva.)

Cantar no karaoke  
(Érr...Prefiro não comentar)

Chorar de tanto rir  
(Sempre!)

Chorar de soluçar até as lágrimas secarem  
(Eu já fui "o" durão! Nos últimos anos tenho ficado mais mole, não ando passando vontade não)

Realizar um sonho 
(Acho que estou realizando)

Tomar um porre 
(Alguns...)

Ter um filho 
(Não vai ser nessa vida, só se adotar...)

Plantar uma árvore  

Comprar uma bicicleta  
(Para ser sincero eu ganhei, era uma Caloi 10 que eu dei para o meu primo alguns anos atrás, ele tava precisando)

Escrever um livro
(Mais ou menos, eu tenho um conto publicado em um livro em Portugal).

Ter um animal doméstico 
(aTive/Tenho cachorros, já tive um Hamster também)

Nadar sem roupa 
(Então... já sim... cof cof cof Mas tava sozinho #chupaSociedade)

Andar de moto  
(Já andei, mas não gosto!)

Saltar de um avião
(Tô fora!)

Saltar de bungee jump 
(Pouco provável)

Andar a cavalo

Aparecer no jornal (escrito) 
(Com fotinho e tudo mais!)

Fazer uma cirurgia 

Ficar internado 
(Última vez, 3 dias internado no isolamento em um quarto de chumbo! Não recomendo)

Achar que ia morrer  
(Já sim)

Ir ao cinema sozinho  
(Sempre, né?!)

Por um piercing 
(Nem morto!)

Fazer uma tatuagem
(Pouco provável)

Dirigir um carro automático  
(Sim, e nunca pisei no freio achando que era a embreagem, mas meu carro é manual)

Fazer mergulho 

Viver sozinho  
(Vamos que vamos, né?!)

Ficar na parte de trás do carro de polícia 
(Então, uma vez cheguei em casa no banco de trás do carro da Polícia... Por conta de um assalto em que eu acabei como refém, a Polícia me levou em casa)

Ganhar multa por excesso de velocidade 
(Então, nunca chegou nenhuma multa em casa... )

Ter um osso quebrado 
(Quebrei a clavícula na adolescência)

Ter pontos em algum lugar do corpo  
(Vários no pescoço, por conta de uma cirurgia. Mas o médico fez "pontos de plástica" então não aparece muito...)

Viajar sozinho  
(Sempre! De ônibus, avião e carro)

Mudar de cidade  
(Duas vezes por minha conta, várias enquanto crescia - por conta do trabalho do pai)

Ganhar um prêmio em um bingo  
(Quem nunca ganhou os fradinhos fanfarrões?!)

Comprar carro novo 

Colocar tudo numa mala e começar a vida num novo lugar  
(Sou desses...)

Virar noite acordado festejando  
(Uma das noites mais doidas da minha vida. Cheguei "cedo" em casa no outro dia, quando fecho a porta, dou de cara com meu pai... Você está chegando ou saindo?! foi a pergunta dele. Minha resposta: Posso responder daqui a pouco!? )


That´s all Folks! Qualquer coisa é só perguntar que eu respondo, quem gostar e quiser responder, fique a vontade! ;-)



(Damien Rice - I DON´T WANT TO CHANGE YOU)

Like a miracle

É atribuída ao Einstein a seguinte frase:


Minha mãe, tem aquela sabedoria peculiar às mães, aquela que faz com que elas digam as coisas com uma certeza "quase profética" [e contra todas as probabilidades]... Começo desse ano, eu tinha um grande problema nas mãos e estava encurralado sem saber como resolvê-lo. Na verdade, a "treta" em questão estava relacionada ao falecimento do meu amigo, algo que já comentei aqui algumas vezes nesse semestre, mas isso se aplica a n situações que já ocorreram.

Na época, no auge da minha inquietação, minha Mãe disse para ter paciência que as respostas viriam... Óbvio que não havia lógica que explicasse tal fato, meu amigo era a única ponte entre eu e a família dele (como eu disse, eu era aquele melhor amigo desconhecido - fazia um tempo que ele morava em outra cidade), além disso, como?! Meu único contato com alguém da família dele, foi com a irmã, quando ela me contou do falecimento dele... isso quase dois meses depois.

Mas eis que essa semana sou surpreendido por um e-mail dela... após pedir desculpas pela mensagem "estranha", ela dizia ter ficado com os dispositivos eletrônicos dele e que por isso, até para que pudesse entender melhor tudo o que aconteceu, havia lido os históricos de conversa dele e que assim havia tomado ciência sobre mim. Terminava dizendo o quão difícil esses tempos estavam sendo para eles e agradecia por eu ter sido um amigo para o irmão dela.

Uma nova ponte se estabeleceu naquele dia e a partir dali tivemos a chance de trocar contatos e não tardou até que passássemos uma tarde ao telefone conversando sobre o meu amigo... Acho que isso trouxe um pouco de paz para ela, já que eu podia talvez esclarecer algumas coisas e, por outro lado, permitiu que acabasse com algumas das minhas inquietações...

No fim de tudo, após muitas coisas pensantes na minha cabeça, fiquei com a ideia de como minha Mãe consegue sempre estar certa e que de alguma forma, meu amigo "fez acontecer" esse encontro tão improvável entre eu e a irmã dele... Ao desligar o telefone aquele dia, com a promessa de e breve sentarmos para um café ao vivo e continuarmos com a conversa, já que há muito a ser conversado, essa frase do Einstein me veio a mente... 


(Lean on me - Bill Withers)


Com parte dos pensamentos do post anterior resolvidas, é tempo de seguir para os "outros pensamentos", esses talvez exijam um pouco mais de tempo... enfim, não dá para ganhar todas...

Essa semana é semana de ganhar os ares... "Vou me embora para Pasárgada, lá sou amigo do Rei, lá tenho a mulher que eu quero, na cama que escolherei..." (Manuel Bandeira). Okay, a coisa toda é bem menos pomposa e não tem mulher, nem "cama"... mas vai ter Sol, então...  

Vamos que vamos...


That's what I'll do

Porque hoje é 5a. feira...
Porque está "fresquinho", mas eu acabei de fazer café...
Porque passei a tarde pensando, pensando, pensando, ...
Enfim...

(I´LL BE YOUR SHELTER - The Housemartin´s)

...Just like a shelter, in a time of storm
I´ll see you through, that´s what I´ll do
When your dreams are scattered
Just like the windblown sand
And you feel, you feel you need a friend
I´ll be there, reach out your hand...

E porque, vamos que vamos..

B Check


E Julho começa a entrar na reta final, meio ano se passou! Confesso que eu achei que ia ser mais fácil, aparentemente eu tinha começado o ano com tudo encaminhado, acreditava que estava entrando em velocidade de cruzeiro e a partir daí era só acompanhar o ritmo. Ledo engano, teve turbulência, vento cruzado, raios, trovões e tudo mais, se o ano passado foi um ano fisicamente puxado, esse até o momento me desgastou mais psico e emocionalmente, teve de um tudo

Apesar de tudo, acho que olhando "a parcial" ainda estou bem na fita... Tem uma parte de mim que está "respirando no saco", sabe que "tudo" poderia estar melhor, tenho consciência disso, mas a outra parte - ainda que com certo peso de culpa, entende que está tudo bem, é o que temos para o momento. Vamos que vamos, né?!

Segundo semestre trás um novo panorama e novas questões... quem sabe novos personagens!? Na verdade, é tempo de reavaliar algumas atividades, atualizar planejamentos e ver para onde a vida me leva. Meu projeto entra em uma nova fase, precisamos começar a dar corpo para ele, também é tempo de repensar algumas "questões internas", esse tempo me permitiu adicionar novas variáveis, fazer simulações e me vejo confrontado com meus próprios discursos. 

Assim, aproveitando que o pesquisador-líder está de férias da Firma, pelos poderes a mim investidos, vou cair nas estrada ou me jogar nas nuvens talvez... Aproveitando que as coisas que preciso fazer podem ser feitas a distância, no começo de Agosto vou viajar! Nada muito exótico, mas acho que vai me fazer bem... Não é férias, Deus sabe que se falar essa palavra perto do laboratório é capaz de alguém infartar, mas digamos que um "B Check" - aquela volta ao hangar que aeronaves são obrigadas a fazer de 6 em 6 meses para inspeção.

Essa semana, preso no trânsito resolvi deixar meu pendrive rolar solto, "antigo" companheiro de viagem, fazia tempo que não ouvia as músicas que estavam nele, até porque durante alguns meses tinha deixado meu carro na casa dos pais. Foi legal, tinha me esquecido um pouco daquelas músicas... tudo bem que naqueles dias eu apenas abria a janela e ficava brincando com o vento, agora a coisa mudou...[kkk], já que a gente fica mais parado do que andando, mas deu para chacoalhar um pouco o corpo dentro do carro...

(Bryan Adams - Summer of 69)

Boa semana para nós! ;)

A pequenina luz... que se apagou!

Normalmente dizemos que os "tempos modernos" têm influenciado a forma como vivemos, nos relacionamentos, alcançando todos os campos do nosso cotidiano, inclusive depois que já não mais estamos por aqui. Hoje, todos nós estamos de alguma forma nesse mundo virtual, seja por meio de redes sociais, aplicativos de relacionamento e comunicação, redes de trabalho, dentre inúmeras outras. E assim, surge uma nova questão, o que fazer com essa vida virtual quando aquela pessoa já não está mais entre nós? Alguns dizem que devemos deixar e de certa forma aquele perfil se tornará um memorial, mas há que defenda que aquilo acaba por trazer mais sofrimento para quem fica.

Confesso que não consigo ter uma opinião "lógica e racional" a respeito... Pensando nisso, fui atrás do perfil de uma pessoa conhecida, que faleceu de forma inesperada em um acidente de carro. Apesar dos quase 4 anos, os amigos ainda deixam mensagens, mandam "recados" e havia inúmeros depoimentos de familiares. Por outro lado, pouco mais de dois anos provavelmente, uma colega de trabalho perdeu a filha em consequência de uma cirurgia. Ela, a mãe, é uma pessoa muito lúcida, pesquisadora atuante e com uma formação sólida tanto moral quando em conhecimentos, chegou ao ponto de processar a empresa responsável por "aquela famosa rede social" para que o perfil da filha fosse devidamente apagado, já que seus inúmeros pedidos foram ignorados. Na época, isso chegou a figurar nos jornais, tendo sido objeto de uma matéria na televisão.

Essa questão acabou voltando a mim esses dias, como profissional de Tecnologia da Informação eu posso dizer que estou razoavelmente conectado, nessa brincadeira, o Skype é uma ferramenta de trabalho para mim e um dos meus contatos "favoritos" era justamente o meu amigo que faleceu no início desse ano... Durante todo esse tempo, ele ainda aparecia conectado, ironicamente "ausente", mas estava lá. Confesso que por diversas vezes me assustei ao "vê-lo" online lá, era uma sensação estranha me deparar com aquela "luzinha" a me olhar... mas o tempo foi passando e eu me acostumando com "a ideia".

Mas dia desses, eis que lá estava eu em uma call, quando me dou conta que a luz do avatar dele havia se apagado, offline. Imagino que durante esse tempo algum dispositivo dele ainda estivesse conectado e por isso a luz ainda permanecia lá, confesso que foi um pouco triste, terminei a call e fiquei encarando a tela sem saber ao certo o que fazer.

Na verdade não tem muito o que se fazer, mas confesso que ainda estou olhando aquela luz, agora apagada e não sei exatamente o que sinto, talvez seja como perdê-lo novamente... sei lá... Não foi difícil entender a atitude aparentemente extremada da minha colega, ele não tinha perfil nessa rede, mas tinha na rede de fotos, que nas primeiras semanas eu ainda a visitava, revi fotos, relembrei histórias, acho que foi minha forma de dizer um até breve na época. Me dei conta então que já tem um tempo que não vou por lá... mas imagino que aquele perfil ainda esteja lá...

...

Enfim, mais uma questão da modernidade para lidarmos...


(Luz Negra - Cazuza)