Desafio - Completa a Frase...

Meu amigo do blogue Três Egos generosamente me convidou para participar do desafio "Completa a Frase...", que basicamente consiste em completar "com a primeira coisa que nos vier à cabeça" algumas frases. Gosto imenso de participar desses desafios e fico muito honrado pela lembrança e convite... 

Então, vamos as regras
  1. Completar todas as frases.
  2. Indicar dois blogues para responderem a tag.
  3. Marcar quem te indicou no post.
  4. Comentar com o link da tua resposta no blogue de quem indicou

Sou muito... estranho! (Fazer o quê, vou mentir?!)

Não suporto... injustiças ou pessoas mal agradecidas.

Eu nunca... consegui entregar os presentes de aniversário que comprei para algumas pessoas que eu gostei, isso é meio que um trauma! (ou uma "maldição", ainda não sei :P

Já me zanguei... por não ter tido a coragem para dar a resposta que alguém merecia ouvir em algum momento. Mesmo que tivesse razão, muitas vezes eu "engoli o sapo"!

Quando era criança... eu era bem simpático! Apesar de ter uma bronquite terrível, eu era um garotinho de cabelos fartos, que usava botas ortopédicas e tinha uma bicicleta amarela. :)

Morro de medo... de insetos e anfíbios! (Sério! Ainda mato baratas "pela honra", mas se um bicho desses entrar por um lado, eu disparo pelo outro).

Sempre gostei... de romances e filmes de espião! (Tá eu não ia falar nada, mas curto os super heróis também).

Se eu pudesse... não dava risada em momentos em que eu não deveria rir! É um terror, só falar que não pode dar risada e todo mundo me olha... 

Fico feliz quando... estou em casa, em meio a uma jantarada, em uma festa ou mesmo quando estamos em casa e fico a observar todos brincando e sorrindo, compartilhando verdadeiramente aquele momento, sem preocupações, sem meias verdades, todo mundo "apenas" feliz...

Se pudesse voltar no tempo... diria para o meu "eu mais novo", que apesar das "nossas" preocupações serem válidas, não é preciso esperar tanto para tocar a vida. Que apesar das coisas ainda não serem exatamente como nós imaginamos, elas vão caminhar bem. O negócio é ir no "vamos que vamos"... (Ah! Diria também para não esperar muito para pegar o segundo pedaço do bolo no casamento "daquela" nossa amiga, o bolo vai acabar rápido!!! E tava muito bom...)

Quero viajar para... Portugal! É uma viagem que venho planejando a tempos, em breve espero poder tirá-la do papel. Meus pais casaram e eu fui batizado aqui no Brasil na igreja de N. S. de Fátima, preciso ir visitar a casa de Fernando Pessoa e tenho contas a fazer com Santo António (ainda não me esqueci de uma peça que ele me pregou por conta de uma moedinha)... Mas falando sério, tenho imensa simpatia por Portugal.

Eu preciso... te falar... (Ué, a regra era para publicar a primeira coisa que viesse à cabeça, o que eu posso fazer... )



Não gosto de ver... que posso ter perdido um tempo precioso, me debatendo com perguntas que eu não precisava responder... 


Como eu sou "revoltado" (ehehe), não vou fazer indicações - até porque estou meio atrasado com as respostas, mas gostaria que, se alguém passar por aqui e simpatizar com a ideia, se sentisse convidado a participar! Só dá um "salve" para a gente poder ir conferir os comentários.

Grande abraço!

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Bom, a vida segue! Agradeço muito a todos os que comentaram no meu último post, já tinha um tempo que eu vinha tentando escrever sobre e não conseguia... agora é dar tempo ao tempo.

Conta comigo!

Nas últimas semanas tenho me debatido com uma situação bastante nova (não no sentido bom) e angustiante para mim, um amigo está em um momento bastante delicado da sua vida, e no meio de tudo o que está acontecendo eu tenho me sinto “meio” perdido, sem saber ao certo o que fazer ou mesmo como ajudar... Assim, angustiado, inquieto, irrequieto, fico a espera de alguma notícia que pode, ou não, chegar a qualquer momento.

Nossa amizade começou como muitas amizades começam, de uma maneira despretensiosa e sem maiores expectativas, de fato, no início eu não acreditava que seriamos amigos, afinal parecíamos partilhar tão poucas coisas em comum. Se “Ele”, era o cara malhado (facilmente lido como “bonito” pelos padrões de beleza que a sociedade adora cultuar) e  tinha um jeito meio marrento e seco, muitas vezes até áspero, por minha vez, “Eu” era o “gordito” com cara de menino criado pela avó! :)

Enfim, certa vez o ouvi comentar sobre uma situação que era muito parecida com a que eu também passava naquele momento, tomei coragem e chamei-lhe para uma conversa. Isso fez com que a barreira do pré-julgamento que eu havia imposto fosse quebrada, e assim descobrimos partilhar não só aquela situação, mas como várias dúvidas e questionamentos, da mesma forma que inseguranças, medos e sonhos. Daquele dia em diante longas conversas foram se desenrolando e no fim, pude perceber que o cara bem “apessoado”, tinha muito mais em comum com o garoto gordinho com cara de menino criado pela avó do que talvez eu e ele pudéssemos imaginar.

Da mesma forma, alguma coisa me fez ver que o jeito marrento escondia na verdade um garoto “agridoce”, muitas vezes frágil e com uma autoestima bastante ferida pela caminhada que fizera até então. Foi assim que nasceu uma amizade sincera entre nós... apesar de termos poucos anos de diferença, eu acabei sendo uma espécie de “irmão mais velho”, que ouvia as histórias, muitas vezes puxava as orelhas e tantas outras ajudava a colar os cacos que sobravam de histórias e das porradas da vida.

Não há nada de “científico” no que eu vou falar, mas a impressão que eu tenho é que existem pessoas que levam mais porradas da vida do que outras, até poderia recorrer a algumas teorias para explicar isso, mas deixemos apenas como uma percepção. Ele era uma dessas, reconheço que muitas vezes os tombos foram maiores por insistência do próprio ou por decisões equivocadas que ele tomou, mesmo sob meu protesto ou alerta, mas é verdade também que antes disso ele também já tinha sido muito machucado por aqueles deveriam amá-lo e protegê-lo.

Se a semeadura é opcional a colheita é sempre obrigatória, diz uma “lei” no Espiritismo, e recentemente algumas coisas começaram a não resultar bem para ele... talvez, o correto seja afirmar que muitas coisas começaram a não dar mais certo, ruindo o mundo que ele acreditava ter construído como refúgio! O duro é que muitas dessas coisas o atingiram em pontos realmente sensíveis para ele e apesar de ter certeza que ele teria plenas condições de superar tudo o que estava acontecendo, tais eventos chegando em cadeia acabaram por provocar grandes reverberações, praticamente um tsunami na vida dele.

Isso talvez tenha sido demais para ele...

Neste momento, já faz mais de um mês que não tenho notícias dele, por meio de um parente fiquei sabendo que ele se encontrava hospitalizado e que os pais estavam com ele... depois disso apenas o silêncio mais barulhento e inquietante que eu já senti/ouvi na vida...

Eu não culpo os culpo por não me darem maiores detalhes, eu sou aquele ilustre melhor amigo desconhecido, eu os conheço, mas eles não me conhecem... Admito que eu sei como contata-los novamente, mas diante a gravidade dos fatos, não sei se isso é o mais correto a fazer, mas confesso que isso tem me deixado muito mal. O celular dele está desligado, sem e-mail, se possibilidade de contato fico à espreita de alguma notícia ou algo que possa me dar uma pista dele.

Li e reli diversas vezes nossas conversas vendo se havia alguma indicação, se havia deixado passar algo, rezei, pedi, fui à missa, ao centro espírita, pedi para todas as pessoas que de alguma forma eu sabia que pudessem ajudar... Escrevi várias mensagens para ele, tentando de alguma forma dar força, tentando mostrar que ele não está sozinho nessa e pedindo que não deixe de entrar em contato!

Mas ao mesmo tempo me assusta não saber ao certo o que poderia fazer para ajuda-lo, caso ele entre em contato... :(

Eu sempre fui aquele cara otimista, às vezes acho que até meio bobo ou “Alice”, que acredita que no final tudo vai dar certo, que o bem vence o mal e que apesar do “felizes para sempre” não existir, pelo menos existe o “felizes enquanto quiserem” é possível... Sempre procurei mostrar para ele que a mudança estava a um segundo na frente dele, que era possível e que ele podia e tinha todas as condições de vencer qualquer que fosse a dificuldade. De forma alguma, nunca quis ignorar ou relativizar a história de vida complicada que ele tem e tudo que eu disse sempre foi de coração e por acreditar que ele tinha um grande potencial...

Mas de repente me sinto uma fraude, me sinto como um charlatão que tenta vender um pedacinho do céu para alguém... e ele confia em mim, certa vez, cerca de um mês atrás, em uma conversa ele me mandou um “obrigado” e partilhou esse texto:



Eu não sei o que fazer, a vida começa a me chamar às minhas responsabilidades e tal qual em uma prova prática eu acho que estou me atrapalhando todo... O ano já começou, tenho minha vida para tocar, mas não queria “deixá-lo” assim... sem ter maiores notícias, não queria que ele pensasse que assim como tantas outras pessoas, que ele foi abandonado...

No fim, relendo algumas mensagens que trocamos e revisitando algumas de suas angústias, hoje consigo entender o que havia de diferença entre o "cara malhado e marrento" e o "gordinho com cara de menino criado pela avô". Se por um lado fico grato por todo o carinho e amor que recebi ao longo dos anos de pessoas que são importantes para mim, fico muito triste que ele talvez nunca venha a saber o que é se sentir amado e acolhido... isso tem sido uma lição muito dura para mim.


Tenho me sentido tão pequeno e perdido...

Eu apenas quero que ele fique bem!!!

Lições

Eu estava lá pelos 7 ou 8 anos e morava em um apartamento em São Paulo... e por isso não podia ter um cachorro, na época minha bronquite e gatos não combinavam muito, por isso não podiamos ter animais de estimação. Talvez tenha sido por isso que um dos vizinhos nos deu um pardal, dos vários que ele criava, o Chiquinho! Bom, vale dizer que não é bonito ter um passarinho engaiolado em casa, mas naquela época e acredite que tem alguns bons anos, podemos dizer que ainda era aceitável, vamos dizer assim...

E o Chiquinho era "um fanfarrão"!!! Conta minha mãe que todo dia pela manhã, ela entrava na cozinha, onde ele estrategicamente dormia e logo após o "Bom dia", ele começava a cantar!

Mas naquela manhã Chiquinho não cantou, amuadinho ficou lá em sua gaiolinha...

Minha mãe, com a sabedoria que só as mães possuem, percebeu que algo não ia bem, Chiquinho já era o centro das atenções naquele momento e conta ela que enquanto cozinhava, fez uma sentida prece à São Francisco de Assis, pedindo que cuida-se do Chiquinho e não permitisse que ele sofresse. 

Algum tempo depois, se ouviu o barulho do Chiquinho caindo sobre o forro de sua gaiola, Chiquinho tinha partido! Minha primeira reação, foi dizer que tudo o que eu gostava ia embora! (Meu avô havia falecido poucos meses antes...)

...

Achei esse rascunho incompleto enquanto fuçava no meu bloguinho, não me lembro porque comecei a escrevê-lo, mas hoje lendo essas palavras, meio que entendi o recado! Tenho me debatido com alguns "questionamentos" nesse início de ano e me dei conta que neste momento talvez eu já tenha feito tudo o que podia, restando como única coisa a fazer, rezar! Tal qual minha mãe fez pelo Chiquinho naquele dia!

Não sei, sempre tive para mim que muitas vezes não precisamos "entender", apenas "aceitar" as situações, que o entendimento viria com o tempo! Pois bem, acho que chegamos ao dia da prova prática... 

E estamos em 2016!

Apesar de algumas preocupações, estou bem e feliz pelo ano que chega! Ele vem cheio de novidades, esperanças e mudanças para mim, algumas literalmente. Depois de quase 4 anos, estou de mudança novamente, certa vez um amigo me disse que meu "destino" era em São Paulo, na época não acreditei... mas eis que estou voltando novamente - vou explicar isso melhor em um outro post.

Os planos para Fevereiro já não me permitem estar ainda na casa dos pais, de alguma forma já terei de estar "em novo endereço"! Nesse meio tempo preciso dar continuidade aos trabalhos e me desvencilhar de algumas coisas, como entregar meu apartamento, trazer alguns poucos móveis para a casa dos meus pais e achar um novo lugar... Vamos que vamos! ;)

Espero que todos estejam bem e tenha tido uma excelente passagem de ano... Mais que isso, espero que cada uma das pessoas que passar por aqui, se lembre que sempre vale a pena lutar, perseguir aquilo que acreditamos e que não faltem forças nem determinação para fazer desse ano, um belo ano!

Abração!