Teve uma época em que eu queria lutar grandes batalhas, dominar o mundo, acho que até me preparei para isso, sempre me senti meio que um daqueles navegadores, se jogando ao mar aberto em busca de algo que nem se sabe o que é... Fico imaginando o que levaria um Tuga a deixar seu país (Portugal, no caso), a família, a sua vida e se lançar no Atlântico, sem garantias de voltar, muito menos de chegar... Com certeza alguns não tiveram escolha, mas dentre todos, também consigo imaginar que tiveram aqueles que foram de bom grado, talvez algum antepassado da Bisavó Maria, que me deixou de presente esse "gene da inquietação".
Aos poucos, fui entendendo que o único grande descobrimento que eu precisava realizar, era o meu próprio, que por si só já se constituía em uma grande oceano, cheio de perigos, incertezas, uma ou outra região de calmaria, mas quase sempre agitado... Espero que isso seja o que chamam de crescer, ou envelhecer! Nessa brincadeira, acabei percebendo a importância das pequenas vitórias, dos pequenos gestos... De repente, nos damos conta que uma vitória, seja ela grande ou pequena, será apenas uma vitória quando não temos com quem partilhá-la, com quem celebrá-la... Que a melhor comemoração, é na verdade sentir-se acolhido entre os braços de quem queremos bem, e se possível, ficar assim, quietinho... por um bom tempo!
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Okay, esses "pensamentos soltos" eu comecei a escrever essa semana, no final de um dia, não deveria ser um texto "pesado", mas ao lê-lo novamente me pareceu que andei forçando o grafite sobre o papel... Preciso pensar nisso!
Tenho um causo para contar, senta que lá vem a história...
Teve uma vez, em um Baile, que foi uma tragédia grega na minha vida! Foi um dia que eu quis pagar uma de descolado, essa história tem alguns anos já, o pessoal mais antigo deve se lembrar da Tarada da Écharpe (link para o post).
Resumindo uma longa história... depois de uma confusão em um baile, onde eu ia ficar alguém e acabei ficando sem ninguém, uma amiga do meu primo encarnou o Pepe Le Beau, e começou a me "caçar" pelo salão do Baile. Para me safar eu grudei na minha irmã e nunca dancei tanto em um baile como aquele, mas o ponto alto da festa, foi quando ela me sacou e écharpe e começou a me "laçar" na festa! Hora de bater em retirada!
Essa semana eu aceitei um convite para ir jantar com um amigo, quase sempre jantamos pelo menos uma vez por semana juntos, então, no restaurante, conversa vai, conversa vem, uma pessoa vem cumprimentá-lo, quando ela se vira... tchan tchan tchan, chuta quem era?! Quem? Quem? Pois é, a própria!!! A diaba da garota tá morando na mesma cidade que eu e como se não bastasse, é a vizinha do meu amigo... Ay Caramba!
Depois dos tradicionais, "mas não acredito que você conhece...", cada um foi para sua mesa, ela estava em uma mesa cheia de mocinhas casadoiras! Medo define meu sentimento, creio que vou mandar blindar meu carro [ahuahuahuhaua]. Dizem que quando os santos querem nos castigar, eles atendem aos nossos pedidos, mas isso também já é sacanagem, nzé?! E a vida não tá fácil pra ninguém! :P
Espero que todos estejam bem, grande semana!
That´s all folks!
PS. Eu não queria ser um greyhound...
13 comentários:
Rsrsrs... Gente, vai ver que ela é o seu karma! Só o que tenho a dizer é: conviva com isso! Rsrsrs... Brincadeirinha... Mas eu teria muito medo se estivesse no seu lugar! Rsrsrs
Abraço!
Odeeeeeeeeeio gente grudenta! Eu já tomava um banho de sal grosso que é pra ver se o encosto saia! Hahahahahaha
rsrsr ninguém merece Latinha rsrs realmente a vida é muito irónica :s
mas esse texto foi realmente uma mistura de coisas.
sobre esse aprendizado da vida, é engraçado. esses dias ouvi uma música que dizia algo parecido, só que com um pouco mais de rancor. reclamava que a juventude era desperdiçada com gente jovem. não tem nada mais real.
A música é um pop bobinho do filme Begin Again, desse ano.
Lost Stars - Adam Levine
Quem mandou ser esse doce?!? Tu atrai as mulheres, môbeim! Como abelhas ao mel.... hahaha! E na dúvida: te joga - nem que seja pra variar o "menu"... hahahahahaha! Hugzoens!
Esta sua nota dos santos é portentosa ... anotei e guardei ... kkkkkkkkkk
Em minha vida tb sempre fui vítima destes santos danados ... ninguém merece mesmo ... aff
Blinda mesmo meu caro ... acende velas, faz despacho e o q mais tiver para ser feito ...
Mulher tarada e q ainda caça de echarpe!!!! #MEDA ... isto me define ...
Beijão
Acho muita maldade o senhor não se dispor a preencher o vazio existencial dessas moçoilas! (rs) Faz parte do crescimento humano, sabia? E, vai que... mente aberta é tudo nessa vida! (rs)
Apesar de eu ser jovem, não nasci com esse espírito audaz, de mudar o mundo, de partir rumo a novas aventuras (se os portugueses do século XV fossem como eu, bom, não teriam chegado a lugar algum). Realmente, às vezes eu culpabilizo-me de ser tão inerte. Sou muito sossegado, adoro estabilidade e segurança. Areias movediças deixam-me inquieto. Não gosto de dúvidas, e sim de certezas.
A moça que grudou em ti... Coitado, né? :D Mas deve ser muito chato ter alguém grudado em nós.
um abraço!
Eu acho que a felicidade está nesses momentos de vitórias, sejam elas grandes ou pequenas, tendo alguém pra partilhar, ou não, essas coisas colocam mesmo um sorriso no rosto da gente ! E agora José ? Que venha a próxima, acho que é assim !
E quem não tem medo de mulher de meia idade solteira ou descasada ? Não são todas, claro, mas vejo algumas por ai que são bem agressivas até ! hahaha ! Se cuide !
E essa do Coldplay é #fueda !!
dois textos otimos em duas direçoes diferentes! eu ja tive umas estórias destas de echarpe, num passado nem tão remoto..
Eu tb passei por este momento de descobrir que não lutaria as grandes batalhas a que tinha me proposto, e me frustrie um pouco por isso durante um tempo.. mas depois descobri um prazer "inenarravel" nas estorias pessoas! abraços e obrigado por dividir isto! me fez ficar pensando
ótima reflexão sobre as pequenas vitórias. isso aí! a metáfora do oceano foi show.
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