O Último Nó...

Tem um tempinho que eu falei que precisava desatar um último nó, para ver livre de uma situação onde me sentia preso entre dois mundos... pois bem, a partir de amanhã, eu começo a desatar este último nó... vamos ver no que vai dar...

Nessa brincadeira, duas coisas me passaram pela cabeça.... a primeira delas é the price of admission, em determinadas situações, assumir o papel de vitima tem lá suas vantagens, é tão bom ter planos, opiniões, decisões e, não precisar pagar por elas. Eu queria tanto aquele romance, mas o outro (ou a outra) é que não quis... Eu faria tantas coisas, mas ninguém me deu a oportunidade... sempre a culpa é do outro! Bacana isso, não?!

Pois bem, agora, por conta e risco, eu estou no comando e todas as faturas são a partir de agora, são minhas! Todos os sucessos e fracassos, serão creditados a minha arrogância talvez, ou mesmo a falta de vontade... olhando de perto, isso as vezes parece ainda mais assustador do que realmente temos que fazer.

A segunda, veio ao longo da semana, durante uma ida à Brasília, uma cidade "estranha" que eu aprendi a conhecer e a me reconhecer nela... durante a viagem, me peguei pensando nas transformações pelas quais passamos, então, talvez não seja exatamente uma nova questão, quem sabe uma subseção da primeira questão.

E foi assim que as borboletas surgiram...  gostando ou não, todos reconhecemos a beleza delas, suas cores, formas, tamanhos de asas e tudo mais... Mas, não pude deixar de pensar que aquela borboleta um dia foi uma lagarta, que durante um tempo dentro de um casulo acabou mudando completamente.

Ainda que a maioria das pessoas as reconheça como belíssimas, será que aquela lagarta "sabia" tudo o que a esperava pela frente?! Será que ela "sabia" que tudo terminaria bem?! 

De qualquer forma... ao ver a cidade se aproximando, a única coisa que eu meio a mente é que as vezes apenas precisamos deixar a vida seguir seu fluxo, parar de lutar contra "a natureza"... ainda que, aceitar o resultado desses processos seja um desafio, visto que nunca sabemos o que poderá sair do casulo...

Mas gosto da ideia de alguém, em algum lugar ou dimensão, possa saber que ao final tudo terminará bem... ;-)

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Estar entre pessoas amigas, boa comida, boa conversa é sempre muito bom! E já que tenho a sorte de ter pessoas especiais espalhadas por esse mundão de meu Deus, só me resta atender ao chamado do vento, para ter o prazer de dividir algumas linhas do livro da minha vida com eles...

"Eu sou essa pessoa, a quem o vento chama,
a que não se recusa a esse final convite,
em máquinas de adeus, sem tentação de volta.

Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza.
Eu sou essa pessoa a quem o vento leva:
iá de horizonte libertada mas sozinha.

Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,
dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho?
Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.

Pelos mundos do vento, e meus cílios guardadas
vão as medidas que separam os abraços.
Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:

Agora és livre, se ainda recordas."
(CECÍLIA MEIRELES, in Solombra)

13 comentários:

Lucas disse...

Amigo, com toda a minha sinceridade, acredite... não entendi o seu texto, a mensagem contida nele. Pra mim soou como se você estivesse escrevendo pra você mesmo! Se essa foi a intenção, parabéns! Ficou lindo!

Caso contrário... bem, desejo a você toda a sorte do mundo em tudo o que você quer pra sua vida!

Beijos.

Uma Cara Comum disse...

Olha, desatar nós é sempre muito importante e libertador. Ótima pedida isso aí!!

Abraços!!

Latinha disse...

Lucas, de certa forma você está certo. kkk
Foi um "Momento Autista" mesmo...

8-D

Willians disse...

Achei lindo a analogia da borboleta que era lagarta!

Unknown disse...

O importante no meio de tudo isso, é que estejas bem Latinha :)
beijinhos

Math disse...

Uma vez você me disse - "Se joga" - bom, eu me joguei, e apesar de as vezes ficar meio apreensivo, confesso que estou bem melhor do que antes.

Nesse seu caso, só posso lhe dizer - "Se joga" - por mais que o novo seja estranho, que cause algum sofrimento de imediato, pode ter certeza que algo de bom ele dá, sempre.

Não se arrependa, não seja vidente do passado (como vc mesmo me diz) e siga em frente, sempre. Se cair, levante, se perder, recomece, se topar com uma pedra, agradeça, pois podia ser algo pior, no mais, a vida se encarrega de tudo, basta que acreditemos nela.

Eu acredito...e sei que você também acredita.

E que venham novas viagens, logo....kkkkkkkkk.

Abraços.

Sérgio disse...

Como canta a Mafalda Veiga:

"Às vezes é preciso
Desfazer o nó
Desancorar por dentro
Quem se amou
Deixar seguir
Abrir os braços
E ver o que ficou"

Boa sorte :-)

Cesinha disse...

Meu lindo, posso te informar (affe, que ousadia a minha!) uma coisa? Durante a nossa vida não existe o tal do “último nó”! E dê graças a Deus por isso! Na vida, quanto mais “nós” temos pra desatar, melhor. Significa que estamos vivendo na mais completa plenitude. O dia que você desatar o seu ultimo nó, infelizmente, não poderá contar pra gente o resultado... entende?

Beijão.

FOXX disse...

eu qria tanto entender do q vc tá falando...
sempre parece q eu perdi alguma coisa qndo leio seus textos...

Raphael Martins disse...

kkkkkkk

O Foxx melhorou minha auto estima. Me sinto menos perdido. Desculpe, mas não entendi bulhufas... rs

Prisioneiro 0001 disse...

E aí, desatou?

Só uma coisa meu pequeno homem de lata (=)) eu acho q muitas vezes vale sim lutar contra a natureza, transpor, domar... Ou pelo menos padecer tentando.
Sei lá se tá certo isso.

Um abraço e um bjo.

Carlos Roberto disse...

É, decisões são tão complicadas, principalmente quando temos a consciência das consequências... Desate esse nó querido, desate e respire com o peito aliviado.Deixe o vento guiar sua pessoa como faz com as plumas numa manhã de verão :D

Fred disse...

Tá "todo, todo", então!
Pela Nossa Senhora Desatadora de Nós que continues sempre mais e melhor!
Mega-blaster Páscoa para toda família Lata!

E "Mamãe arrumei um emprego na Texaco" foi MASTER! Hahahahahaha! HugZÃO!!!!!!

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