Na Regressiva...

E a vida é assim... uma sucessão de chegadas e partidas, uns chegam, outros partem, alguns despedem outros saem "à francesa", tem os que voltam depois de um tempo, haverá aqueles que nunca mais teremos notícias, mas em algum momento todos "existiram" e pertenceram aquele lugar.

Não sei, na minha vida as vezes acho que mais pessoas partiram do que chegaram... isso pode soar "ilógico" em um primeiro momento, visto que todo mundo que partiu, tecnicamente chegou! Mas não, considero que alguns apenas passaram por mim, se bobear, "nem me viram", mas dentre todos eles tem aqueles que chegaram e que em algum momento houve uma conexão, partilhamos algo. Mas nem todos ficaram, alguns se foram...

Lembro de tanta gente que parece não se lembrar de mim...

Do meu amigo Renato, lá dos tempos da 5a. série em Santo André, nunca esqueci do dia que encontramos uma cachorrinha, a Lulu80 (nunca entendi porque batizamos ela assim), choramos juntos quando nossas mães fizeram a gente devolver a cachorrinha. Das meninas do segundo grau e das intrigas amorosas que rolavam, e quem diria que eu já vivi "triângulos" amorosos (ehehehe). Além de algumas pessoas muito especiais, tiveram também os amigos da faculdade, do mestrado, nossa... como eu gostava das nossas viagens na época do Mestrado, aqueles foram definitivamente alguns dos melhores anos da minha vida.

Às vezes a gente tenta carregar todo mundo junto, mas acho que esse não é o espírito da coisa... um dia as pessoas se vão, se ocupam, descobrem novos interesses e encontramos aquelas bifurcações da vida. Claro que sempre existirão às exceções, ontem mesmo recebi uma mensagem de uma dessas pessoas amigas chamando para um almoço na semana que vem, momentos que para mim são como uma máquina do tempo e que me permitem reconectar com aqueles bons momentos do passado.

Enfim, isso vai parecer um mimimi, mas de verdade eu queria um dia ter o poder de saber se essas pessoas que passaram um dia passaram pela minha vida se elas de alguma forma, sentem falta de mim do mesmo jeito que eu sinto delas.... porque olha, se sentem, algumas disfarçam muito bem! kkk

(Pra rua me levar - Ana Carolina e Maria Bethania - voz e violão (e arvorezinha))

Bom, tempo de arrumar a mala novamente... eu acho que já devia ter me acostumado, mas há algo de diferente no ar... vejamos o que me reserva esse estranho mundo estranho e para que mares eu irei!

Enfim, pensamentos soltos de uma manhã infernal de sábado...

Ainda preciso achar um lugar para morar... alguém ai a fim de adotar um maior abandonado?! Eu sou limpinho, cheiroso e é só dar café que eu sou ótemo! kkkk

Já que a semana foi dela, Maria Bethania, vou deixar um vídeo que me encanta, a qualidade é péssima, mas eu adoro essa coisa delas duas cantando "sem compromisso", só com o violão e voz embaixo de uma árvore...

E vou deixar a rua me levar... ;-)

Update [14.02]: Meu vídeo foi bloqueado por questões de "copyright", já previa isso, é muito difícil achar essa versão da música, que por sinal é a que mais me toca... de qualquer forma vou deixar uma outra versão aqui... só para quem não conhece poder ouvir...


7 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

A vida é assim mesmo para todos nós. Quantos chegaram e quantos partiram da minha também.
Gostei muito disto e repriso aqui para não esquecer:
"Enfim, isso vai parecer um mimimi, mas de verdade eu queria um dia ter o poder de saber se essas pessoas que passaram um dia passaram pela minha vida se elas de alguma forma, sentem falta de mim do mesmo jeito que eu sinto delas...."

Beijão ...

ps: Fui comentar isto em outra postagem ... Blogger endoidou. ... rs

Anônimo disse...

Adoro sua honestidade!

No Limite do Oceano disse...

Latinha por vezes tenho dias em que penso que a vida serve apenas para passarmos uns pelos outros, como se criar laços fosse uma tarefa para alguns de nós, para outros, uma sucessão de passagens com direito a porta de entrada e de saída.

Wildeman disse...

Lata, vivemos em tempos de amizades líquidas. Que bom que a nossa não é. Apareça no RJ. Tem café pronto.

Três Egos disse...

Seu texto diz muito, Latinha! Também fico pensando que muito mais gente partiu do que ficou, acho que ficar seria a palavra certa. Porém, após refletir sobre isso também, acredito que certas pessoas sempre ficarão, serão poucas, mas ficarão. As outras que foram embora foi porque não foram fortes o suficiente o elo que prendia a gente. Acho... Rs

Grande abraço!

andré maia disse...

«...de verdade eu queria um dia ter o poder de saber se essas pessoas que um dia passaram pela minha vida, se elas, de alguma forma, sentem falta de mim do mesmo jeito que eu sinto delas...»

...

Talvez a maior parte delas não sinta, de facto, essa falta.

Existem pessoas - creio que irão existir para sempre - a que, uma vez por outra, temos necessidade de regressar. Àquilo que, numa determinada época, significaram na nossa vida. Esse, contudo, raramente é um sentimento recíproco.

...É uma estrada de sentido único - aquele que nós percorremos!

Talvez, no entanto, essa seja uma consequência do monótono desfolhar dos calendários. A maior parte das pessoas, à medida que vão crescendo - vamos admitir que elas crescem!... - encontram outras pessoas. Com algumas acabam por partilhar sonhos, corpos, vidas...! As outras, com as quais construiram o passado, talvez só restem num canto esquecido de uma memória muito curta.

Depois, há os outros!... Aqueles que não encontraram outras pessoas com as quais possam partilhar sonhos, corpos, vidas... Esses, possuem pouco mais do que a solidão. Para esses, fica mais fácil recordar.

É bem provável que, estes últimos, jamais venham a conhecer as cores da felicidade, mas... que coisa é a felicidade?

Unknown disse...

Tomara que você encontre um lugar pra morar e que tudo dê certo! (Sou falso, que nem uma nota de 3 reais, né... rsrsrs). Enfim, penso que a essência da vida é exatamente isso: chegadas e partidas. Umas temporárias, outras definitivas. E não esqueça que nós também chegamos e partimos...

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