Lições

Eu estava lá pelos 7 ou 8 anos e morava em um apartamento em São Paulo... e por isso não podia ter um cachorro, na época minha bronquite e gatos não combinavam muito, por isso não podiamos ter animais de estimação. Talvez tenha sido por isso que um dos vizinhos nos deu um pardal, dos vários que ele criava, o Chiquinho! Bom, vale dizer que não é bonito ter um passarinho engaiolado em casa, mas naquela época e acredite que tem alguns bons anos, podemos dizer que ainda era aceitável, vamos dizer assim...

E o Chiquinho era "um fanfarrão"!!! Conta minha mãe que todo dia pela manhã, ela entrava na cozinha, onde ele estrategicamente dormia e logo após o "Bom dia", ele começava a cantar!

Mas naquela manhã Chiquinho não cantou, amuadinho ficou lá em sua gaiolinha...

Minha mãe, com a sabedoria que só as mães possuem, percebeu que algo não ia bem, Chiquinho já era o centro das atenções naquele momento e conta ela que enquanto cozinhava, fez uma sentida prece à São Francisco de Assis, pedindo que cuida-se do Chiquinho e não permitisse que ele sofresse. 

Algum tempo depois, se ouviu o barulho do Chiquinho caindo sobre o forro de sua gaiola, Chiquinho tinha partido! Minha primeira reação, foi dizer que tudo o que eu gostava ia embora! (Meu avô havia falecido poucos meses antes...)

...

Achei esse rascunho incompleto enquanto fuçava no meu bloguinho, não me lembro porque comecei a escrevê-lo, mas hoje lendo essas palavras, meio que entendi o recado! Tenho me debatido com alguns "questionamentos" nesse início de ano e me dei conta que neste momento talvez eu já tenha feito tudo o que podia, restando como única coisa a fazer, rezar! Tal qual minha mãe fez pelo Chiquinho naquele dia!

Não sei, sempre tive para mim que muitas vezes não precisamos "entender", apenas "aceitar" as situações, que o entendimento viria com o tempo! Pois bem, acho que chegamos ao dia da prova prática... 

E estamos em 2016!

Apesar de algumas preocupações, estou bem e feliz pelo ano que chega! Ele vem cheio de novidades, esperanças e mudanças para mim, algumas literalmente. Depois de quase 4 anos, estou de mudança novamente, certa vez um amigo me disse que meu "destino" era em São Paulo, na época não acreditei... mas eis que estou voltando novamente - vou explicar isso melhor em um outro post.

Os planos para Fevereiro já não me permitem estar ainda na casa dos pais, de alguma forma já terei de estar "em novo endereço"! Nesse meio tempo preciso dar continuidade aos trabalhos e me desvencilhar de algumas coisas, como entregar meu apartamento, trazer alguns poucos móveis para a casa dos meus pais e achar um novo lugar... Vamos que vamos! ;)

Espero que todos estejam bem e tenha tido uma excelente passagem de ano... Mais que isso, espero que cada uma das pessoas que passar por aqui, se lembre que sempre vale a pena lutar, perseguir aquilo que acreditamos e que não faltem forças nem determinação para fazer desse ano, um belo ano!

Abração!


8 comentários:

Homem, Homossexual e Pai disse...

OPA! bem vindo a SAMPA! vamos marcar aquele café sim! podemos convidar os outros blogueiros destas paragens!

No Limite do Oceano disse...

Como detesto o inicio do ano novo, é escusado dizer que esse sentimento deve de criar alguma forma especial na minha vida, pois é mesmo para esquecer este arranque de 2016. O que me vale é ter a alegria do meu sobrinho ao pé de mim.

Mark disse...

A sua história em criança lembra a minha. Sempre quis um animalzinho de estimação; porém, devido à asma, nunca pude ter mamíferos ou pássaros. A minha babá deu-me, então, uma tartaruga, que ainda hoje se encontra comigo. :)

É sempre bom mudar quando precisamos ou quando não nos sentimos bem onde estamos. Eu também pretendo providenciar umas mudanças neste ano. Veremos. :)

Paulo Silva disse...

Maravilhoso! Eu sempre tive uma infância rodeada por cães, meus pais tinham, meus avós tinham, todos os meus tios tinham e por fim eu acabei tendo um também. Triste, revoltante ver como algo tão frágil, tão nos necessário é levado com apenas um fôlego.
Enfim. Pequenos gestos podem fazer toda a diferença.
Agora temos um pássaro, eu e meus avós, que já pertencera aos meus tios: tem 12 anos e se chama Chico. Então encontrei alguma familiaridade nas tuas palavras.
Um abraço e feliz 2016.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Precisamos coincidir nossas datas de ida a SP... rs
Nós, de algumas gerações passadas, tivemos infância e adolescência embaladas por sonhos semelhantes.
No mais é tocar a vida por mais este ano q se inicia.

Felicidades meu caro.

Beijão

Gustavo disse...

"Aceitar" ao invés de entender muitas vezes é tarefa sobre-humana e só nos resta "rezar"...
Boa sorte com a mudança e bom 2016!

Sam Peregrine disse...

Você me fez lembrar de um pequeno cachorro que eu tive por rápidos 12 meses. Na sua morte, que cocorreu forma estranha, decidi não mais ter animais de estimação. Me senti como você, que tudo que eu amava partia rápido demais.
Mas nem sempre é assim, não é.
Que nesse ano possamos aceitar mais, entendermos o que for possível e rezarmos sempre.
Abraço, meu amigo.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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