Faithfully

"... a verdade é que durante muito tempo, ele escrevia por medo de ser esquecido... aquelas mensagens, com as palavras cuidadosamente escolhidas, eram como o último fio em que ele se agarrava na esperança de não ser dragado pelo mar do esquecimento. Mas, no fundo, sempre soube que tudo aquilo parecia inútil... e assim, quando chegou o tempo, em um gesto final, simplesmente abriu os dedos e se viu distanciar de tudo aquilo que ele acreditava amar...

Na imensidão do azul, conforme o tempo foi passando, teve a chance de perceber várias coisas, dentre elas, talvez a mais perturbadora, foi que mesmo após tanto tempo, ainda podia senti-lo sob seus dedos... e assim entendeu, que nada adiantara se debater, ou tentar se agarrar, tudo sempre esteve consigo, ainda que não o visse nunca mais, poderia senti-lo... poderia amá-lo, como aquele amor libertário que ele tanto havia lido nos livros, e essa ainda era a sensação mais forte, e intrigante, para ele...

Se ele estivesse contando o tempo, teria consciência de vários meses se passaram, mas de fato... isso não era importante, afinal... a quem importava o tempo?! Talvez, um dia, ainda possam se esbarrar nas curvas e desvios da vida, talvez não, mas por agora, valia a certeza de que guardou o que de melhor construiu da história deles, se nem tudo é da forma que gostaria, aceitou o fato de as coisas são da forma que sentimos, e assim, se sentia conectado aquela história... não preso, mas ligado, a aqueles momentos que o definiram para o resto de seus dias.

Lançou uma última carta, dentro de uma garrafa, talvez ela retorne com notícias, talvez não, a verdade é que nestes dias pouco importava a resposta, pois trás dentro de si, quase todas as sensações do mundo..."

E é tempo de festa! Pessoas importantes, e queridas, celebram seus aniversários por esses tempos, e isso é muito bom! O último final de semana reservou um período daqueles de muita festa e felicidade, foi tão bom, que nem as caras de "furão", dos meus colegas de trabalho, foram capazes de arranhar o sorriso em minha face.

Dentre as várias surpresas preparadas para o aniversário de uma pessoa querida, o ponto alto ficou por conta de um casal contratado para fazer uma apresentação de dança árabe, aniversariante e convidados foram surpreendidos pelo apagar as luzes e o som da música invadindo o ambiente. Não teve quem não ficou impressionado com a beleza da dança, da música e dos dançarinos... cof cof cof

E por fim, eu tenho andado meio sumido né?! Em partes, isso é culpa de algumas questões [boas] do trabalho, a possibilidade de um projeto me levou de volta "a prancheta"... e, naquela linha: uma ideia na cabeça e uma folha de papel na mão, fiquei muito feliz quando eu vi as coisas tomarem forma. Agora vamos esperar as avaliações, mas a verdade é que me deu um grande bem estar vê-lo pronto! 

E assim vão se passando os dias na estrada de tijolos amarelos... ;-)

Abração a todos...

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma
outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo,
se o que quero dizer-te é que te amo?"
(FERNANDO PESSOA)

5 comentários:

Unknown disse...

http://www.youtube.com/watch?v=b64HQK6yPx8

Raphael Martins disse...

Lata, o post começou estilo " As pontes de Madison " e acabou meio animadinho... :D

Fazendo a social ainda nos aeroportos?

M. disse...

"....e assim, quando chegou o tempo, em um gesto final, simplesmente abriu os dedos..."

Me lembrei de parte de um poema...

".....
Bendigamos o amor que foi tão curto,
O sonho vago que expirou tão cedo,
Sossobrado no porto antes do surto!
Feliz o idílio que não teve história!
Salvando-nos do tédio, o nosso medo
Foi uma porta de ouro para a glória! "


Quanto a festa...rsrrs... gostei daquela "espada" que o dançarino passava a mão...kkkk

Beijos meu lindo

Serginho Tavares disse...

nem estou a te achar tão sumido assim, já estiveste mais sumido e agora andas a dar as caras com maior regularidade por sinal!
estou a adorar isso

beijos

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

"... a verdade é que durante muito tempo, ele escrevia por medo de ser esquecido... aquelas mensagens, com as palavras cuidadosamente escolhidas, eram como o último fio em que ele se agarrava na esperança de não ser dragado pelo mar do esquecimento. Mas, no fundo, sempre soube que tudo aquilo parecia inútil... e assim, quando chegou o tempo, em um gesto final, simplesmente abriu os dedos e se viu distanciar de tudo aquilo que ele acreditava amar...

Na imensidão do azul, conforme o tempo foi passando, teve a chance de perceber várias coisas, dentre elas, talvez a mais perturbadora, foi que mesmo após tanto tempo, ainda podia senti-lo sob seus dedos... e assim entendeu, que nada adiantara se debater, ou tentar se agarrar, tudo sempre esteve consigo, ainda que não o visse nunca mais, poderia senti-lo... poderia amá-lo, como aquele amor libertário que ele tanto havia lido nos livros, e essa ainda era a sensação mais forte, e intrigante, para ele...

Se ele estivesse contando o tempo, teria consciência de vários meses se passaram, mas de fato... isso não era importante, afinal... a quem importava o tempo?! Talvez, um dia, ainda possam se esbarrar nas curvas e desvios da vida, talvez não, mas por agora, valia a certeza de que guardou o que de melhor construiu da história deles, se nem tudo é da forma que gostaria, aceitou o fato de as coisas são da forma que sentimos, e assim, se sentia conectado aquela história... não preso, mas ligado, a aqueles momentos que o definiram para o resto de seus dias.

Lançou uma última carta, dentro de uma garrafa, talvez ela retorne com notícias, talvez não, a verdade é que nestes dias pouco importava a resposta, pois trás dentro de si, quase todas as sensações do mundo..."

o que dizer disto?

apenas q estou ruminando tudo bem devagar para perder uma gota sequer de sua essência ...

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