Foi em uma noite como essa...

Foi em uma noite como essa... quieta e tranquila que ele o encontrou... a primeira vista, talvez passasse desapercebido por ele, mas foi do outro o primeiro movimento, aquele movimento que mudaria o rumo das vidas deles. E como se tivessem ensaiado uma dança, os próximos passos foram se seguindo.

As palavras, provavelmente escolhidas a dedo, o sorriso e o queixo [ah! aquele queixo], a cada minuto o encantavam mais e mais, desfazendo qualquer tentativa de resistência... e assim, àquela altura o destino dele já estava selado e sua vida estaria marcada para sempre.

Quis a vida que se despedissem em uma manhã ensolarada de domingo... a última imagem  que ele terá, será sempre a do outro, com o rosto banhado pela luz dourada do sol e com o vento a brincar os cabelos dele, imaginou seus dedos entre os fios castanhos escuros daquele cabelo.  Foi esse mesmo vento que ele sentiu na face depois, e que a todo momento trazia até ele o perfume deixado pelo outro em seu corpo... 

Foi esse mesmo vento, que agora o despenteava, conforme observava ao outro se afastar dele... e pensar, que foi em uma noite como essa... que tudo começou...

---

8-P


6 comentários:

Unknown disse...

Ah esses posts sem cic/rg/foto... Me matam de curiosidade! :-)

Júlio César Vanelis disse...

Desprendimento sempre será uma coisa difíciu enquanto formos humanos. Nosso cérebro é tão perfeito que faz coisas que não gostaríamos que fizesse: certas associações, por exemplo... Enquanto pudermos fazer isso, desprender vai ser sempre um trabalho arduo. Mas se não fizermos, quem poderá nos chamar de seres humanos?

Um abraço, Latinha! Até o próximo

FOXX disse...

me deixou suspirando...

Math disse...

Não ta na hora de enterrar os cadáveres, não???

Anônimo disse...

me deixou suspirando... [2]

Deu pra imaginar a cena daqui :)

Xêro!

Anônimo disse...

Nossa! Adorei o texto, consegui imaginar a pessoa passo a passo, adoro textos descritivos. Ainda nao conhecia seu blog, mas gostei muito.

Postar um comentário