Mãos abertas!

Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza! E assim foi, de certa forma, meus apaixonamentos foram mais tardios quando me comparava aos meus amigos, foi assim na escola e acho que fui um dos poucos que saiu "ileso" da faculdade. Não entendia que força era aquela que mobilizava todos ao meu redor, que levava o povo a fazer loucuras e a um estado diferente dos demais.

Tal qual quando um adulto tem as chamadas doenças e tem uma série de complicações, porque eram doenças de criança e não de adulto, esse "apaixonamento tardio" me trouxe alguns problemas quando aconteceu, me expondo a uma nova sorte de situações, e eu que sempre vivi da lógica escrita em detalhados algoritmos, de súbito fui lançado ao mundo das possibilidades e incertezas.
O tempo passou, as perguntas ficaram e as respostas foram sendo construídas, mas um algo novo ficou... algo que parecia resistir ao tempo, ao frio, a chuva.... vieram as semanas, os meses até mesmo um ano inteiro se passou, e no final, ele ainda estava ali. Apesar de inalterado, as coisas ao redor foram mudando e talvez por isso, hoje ele era sentido de uma maneira diferente.

A mão que um dia tentou a todo custo agarrar e segurar, é hoje a mão que encontra serenidade para se abrir, aberta, apenas o sente brincar entre seus dedos, tal qual o vento que entra pela janela. O medo da perda transmutou-se na certeza, e na necessidade, da continuação... o coração aquecido serve hoje para adicionar uma nova gama de cores ao olhar...
Talvez a mágica nunca mais aconteça, talvez, ao sair para o escritório, encontre na próxima esquina uma nova cor para sua cartela... ou ainda, é possível que durante algum tempo tenha que se aquecer somente em suas memórias... mas de fato, excepcionalmente hoje sentia-se bem... e ainda que sem nenhuma comprovação científica ou prova matemática, tinha para si que tudo ficaria bem...

...
E no mais a semana se encaminha para o final... confesso que chego na banguela! Semana puxada fisica e emocionalmente, arrastada! O ápice foi ao passar pela passarela que dá acesso a outro prédio, ver ao mesmo tempo, chuva, sol e uma certa neblina pairar sobre a a cidade, definitivamente tempos estranhos!

Já que relatórios, pepinos e abacaxís irão comigo para a próxima semana, amanhã vou tomar um café com direito a um bolinho, no meu café de eleição. E ver a vida passar...

E no mais, tudo caminha... 

Inté! ;-)

...
I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over
Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you too
Don't forget me, I beg, I'll remember you say:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"
...

1 comentários:

Rodrigo disse...

Bom finde, gato.

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