Como sempre ocorre quando algo vai acontecer, aquela foi manhã que começou quente e ensolarada, contudo, escondia um entardecer negro e soturna... Tal qual como um roteiro bem elaborado, bastou que todos baixassem a guarda para que as nuvens mais escuras e pesadas se instalassem sob o início daquela tarde, não tardaram os trovões e os raios mostraram a que vieram.

E foi assim que a noite invadiu o dia...

A essa hora o barulho da chuva fazia ouvir-se de longe... irônico eu diria, justo hoje... o dia que milhões de dúvidas e incertezas caiam sob minha cabeça, parecia que o céu também iria desabar a qualquer minuto. Definitivamente é o fim, pensei... talvez seja um sinal divino, afinal, o azul e o canto dos pássaros supostamente poderiam até me dar um um alento, mas, who cares! Inês é Morta!

Enquanto olhava pela janela, sorveu em um gole a bebida que tinha no copo que segurava e esperou a chuva cair... forte e ruidosa, viu as árvores se debatendo ao vento...

Na primeira oportunidade, entrou em seu carro e seguiu o seu caminho, naquele dia parecia ver a cidade apenas em tons de branco e preto, e estranhamente se diria para o lado mais escuro daquela cidade... a cada metro a frente, parecia que entrava mais a fundo nas entranhas daquela tarde negra, e nos seus próprios pensamentos.

De repente, se deu conta que tal como sua vida, não tinha a menor idéia sobre como seria o dia de amanhã... Frio?! Sol? Chuva? O calor escaldante que tanto o incomodou nos últimos tempos? Que seja... sua única certeza é que estaria lá... e seu dia ainda estaria em tons de cinza. Mas também não queria pensar muito a respeito, por ora, lhe bastava sentir os pêlos eriçados de seu braço por conta do vento frio e úmido que cortava aquela noite...

Enquanto seguia caminhando por aquele longo corredor, que o levaria até o seu destino, lembrou-se de uma canção francesa... os mais atentos talvez o tenham murmurrar algumas poucas estrofes, outros, nem notaram quando ele desapareceu na noite negra, se misturando em meio aos "populares" que por ali passavam...



Chasse,
Traque la en moi, ce n'est qu'en moi qu'elle vit,
Et lorsque tu la tiendras au bout de ton fusil,
N'écoute pas si elle t'implore,
Tu sais
Qu'elle doit mourir d'une deuxième mort
Alors,
Tue la... encore.
(Ma Memoire Sale, Alex Beaupain)






Cace,

Persiga-o em mim, é apenas em mim que ele vive,
E quando o tiver na extremidade do teu fuzil,
Não ouça se ele te implora,
Você sabe
Que ele deve morrer de uma segunda morte
Então,
Acaba com ele... outra vez.



----

;-) Abração!


6 comentários:

FOXX disse...

um conto?

Serginho Tavares disse...

um conto?²

du disse...

.as incertezas definitivamente me instigam a desbravar o amanhã....para o bem ou para o mal.

.abraço

Anônimo disse...

Faço das perguntas de FOXX e Serginho Tavares a minha. Um conto? De toda forma muito chic cantarolar em francês um bela música como esta. Abração Latinha

Gay Alpha disse...

Coisa muito phina, isso!!! Quando eu crescer, quero ser igual a você, mon petit... hehehe!!!
E é óbvio que lembro do seu talco, ora pois... hahaha!!!
Abraços!!!

S.A.M disse...

Eu AMO essa canção e tenho todo esse cd no mp4!

Saudade de vc Latinha...tenho me distanciado tanto dos amigos...to de VORTA!

:D

Postar um comentário